PRIMAVERA
Talha-se o tempo na vaidade,
Deste Mundo quotidiano,
Numa procura da verdade,
Esse esforço sobre-humano.
E a vida se vai escondendo,
Por entre a verdade e a mentira,
Primavera que vai morrendo,
Miséria que ninguém as tira.
São crianças com sede e fome,
No lixo procuram a sorte,
De uma mágoa que as consome,
Vidas cruzadas com a morte.
Procuram pela primavera,
Triste humanidade perdida,
Tendo a morte sempre à espera,
No inverno da sua vida.
É o contraste de um mundo cão,
O Mundo da desigualdade,
Onde muitos vivem sem pão,
E outros não vêem a verdade.
Nesta primavera florida,
Flores murchas vivem no jardim,
Olhando a vida divertida,
Esperam sós, pelo seu fim.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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