Acerca de mim

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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

terça-feira, 30 de junho de 2015


TRANSFORMAÇÃO

Na imaginação de olhos que adormecem,
Sono profundo do frágil pensamento,
Solta-se a pobre alma do seu vil tormento,
No vasto limbo por onde vai e vem,
Deixando as mágoas naquele Mundo sem cor,
Revivendo em pensamento a sua dor.

Naquele lugar de uma saudade estendida,
Onde a alma fora do Ser não desfalece,
E o corpo que dorme também não padece,
Na vontade de o ser, assim compelida,
Para sentir a tristeza no seu amor,
Da alegria que seu corpo tem fervor.

E por mais que a imagem se alongue sem fim,
No breve engano que forma seu tormento,
Leva sua saudade no pensamento,
Para também se sentir livre de mim
E assim fugir daquela tristeza e dor
Que transforma todo este meu grande amor.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/




segunda-feira, 29 de junho de 2015


RÉSTIA DE ESPERANÇA

Do sol, colher apenas um raio
De luz que transforme aquela luz,
Para se ouvir novamente o Gaio
Cantar, no seu poleiro de cruz.

De gregos sermos apelidados,
Por políticos de fraca montra,
Votar bem, quando formos chamados
E mostrar que também somos contra.

Ocaso derradeiro da vida,
Num cessar do agudo grito mudo,
Jejum austero de alma ferida,
Reclama um pedaço deste Mundo.

E o povo ferido e descontente,
Mantém a arma na sua mão,
Coragem necessária na mente,
Para assim, poder dizer que não.

Haja uma vontade de mudança,
Sem ter medo de fazer por tal,
Acabar de vez com a desconfiança
Derrubar quem ao povo, quer mal.

A casa do povo, sem o ser,
Com políticos e corrupção,
Criou todo o novo amanhecer,
Do luso que perdeu a Nação.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 26 de junho de 2015


O MORRER DA ESPERANÇA

Morre a esperança por entre os dedos cerrados,
No correr da vida duma triste lembrança,
Grita por liberdade com olhos velados,
Na angústia de ter deixado de ser criança.

Palavras e intenções apenas por herança,
Aquela terra prometida que não foi
Esse seu testamento que traz na lembrança,
É lança deixada numa ferida que dói.

Assim, ter de viver p’ra não morrer de pasmo,
Com gestos que estrangulam o seu triste grito,
Contrariando nesta vida, o seu marasmo.

De quem nada sabe e nada também viveu,
As memórias contadas em triste conflito,
Daquele usurpador que por lá faleceu.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 25 de junho de 2015


NÃO EXISTEM FLORES

Naquele jardim ressequido,
Não existem flores.
Naquele chão de amor perdido
Estão ausentes as cores
Brilhantes ao Sol,
Daquele lido girassol.

Não existem flores!...
Pétalas murchas dum pensar,
Com as suas dores.
Sol que deixou de brilhar
No cair do amor,
Jardim exíguo de cor.

Jardim outrora querido,
Pecados de amor
Na corpo e alma sentido,
Perdeu seu calor,
Naquele jardim ressequido,
Repleto de dor.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 24 de junho de 2015



AMOR DE VERÃO

Um raio de sol no horizonte,
Naquele ocaso derradeiro,
Sentir claramente sentido,
O esconder-se atrás do monte,
A vergonha de ser primeiro
No outro lado arrefecido.
No lado norte é quente verão,
No sul, arrefece o sertão.

Por cá, temos a sua glória,
Tempo de amor passageiro,
Na luxúria que o corpo sente.
Verão quente que faz história,
Naquele ocaso derradeiro,
O sabor que meu lábio sente,
No beijar tua pele sedosa,
Raio de sol, na pele sequiosa.

Teu encanto, tua beleza,
Sentir profundo da alegria,
Sabor na pele do quente sal,
De tudo e nada, ter certeza.
Amor de verão, sua magia,
Água fresca, sol infernal,
O sentir de fortes emoções,
Traz à mente, recordações.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 23 de junho de 2015


TUA IMAGEM

E naquele dia amor!
No dia em que cruzei com teu olhar,
Tua luz, tua cor,
Teu firme caminhar…
Senti no meu corpo esse teu calor.

Sorriste para mim,
Teu estilo malandro, conquistador,
Perfume de jasmim,
Esse teu suave odor,
Encanto celeste do meu jardim.

Essa tua imagem,
Corpo e alma em perfeita rima e prosa,
Poesia selvagem,
A belíssima rosa,
O deslumbre da minha miragem.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 22 de junho de 2015


ILUSÕES

Entre áleas da avenida estreita,
Solta-se as rédeas do gibão,
D. Quixote que assim espreita,
Os sonhos da sua ilusão.

Contra ventos e vendavais,
O gibão se põe a galope,
Dores sentidas e outros ais,
Espada na mão fere o golpe.

Sonhos sentidos na emoção
De quem de amores se perdeu,
Canta louvores ao seu brasão,
De um Mundo que já não é seu.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 18 de junho de 2015


GOTAS DO MEU SAL

Nestas águas mortas do meu chorar,
Sei o que fui, o que sou e o que serei.
A chuva lá fora que não quer parar,
E lava as recordações por onde andei.

Nestas asas expostas do meu sonhar,
Não fui o que quis nem tão pouco o serei,
Como a chuva que cai e volta a passar,
São sonhos que outrora eu também sonhei.

Esta minha alma está diferente e retida,
Como angustias da lembrança do passado,
São feridas saradas numa recaída.

Tempo findo em alegres recordações,
São as lágrimas de um fim indesejado,
Gotas de chuva que cai aos tropeções.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 16 de junho de 2015


O CHORAR DA FLAUTA

Ao longe, o som suave da flauta que chora,
Perdida naquela escuridão que a exila,
Do raiar luminoso da velha aurora,
Manto negro da nova viúva intranquila.

Viuvez do amor agreste despedaçado,
Quem sabe… A dor daquela flauta que chora,
Neste derradeiro despertar da hora,
Na vida que traz o amor assim traçado.

Esperando ansioso pela tua vinda,
Nesta glória do amanhecer que demora,
Oiço o som triste da flauta que assim chora.

Nesta orgia dos clarões da noite finda,
Os meus lábios na tua boca desflora,
As pétalas rosadas da flauta que chora.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 15 de junho de 2015


DESEJO

À noite, espio as estrelas,
O sentir o seu pulsar,
Que tão bom seria tê-las,
Quando te puder amar.

O seu brilho deslumbrante,
A confundir-me a visão
E poder ser teu amante,
Nesta hora de solidão.

Numa noite sem final,
Teus lábios postos nos meus,
Sabor de um beijo imortal,
A tocar os seios teus.

À noite, olho para a lua
Invejo seu doce encanto,
Desejo de te ter nua,
Neste meu triste recanto.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 12 de junho de 2015


NOVOS VELHOS TEMPOS

Cai chuva rala. O dia cinzento
Espelha a hora que chora e sorri.
Fantasia que se solta de ti,
É vestígio de um triste sentimento.

O tédio do trabalhador que chora,
Com seus medos espraiados na areia,
E banhando-se à luz da lua cheia,
Espera pelo triste chegar da hora.

Sem nada dizer, o pensar cativo,
Olhar que lembra o que não quer viver,
Murmúrios de um sonho p’ra sempre esquivo,
Futuro agreste que quer esquecer.
No sentir da vida se sente vivo,
O trabalhador que não quer morrer.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 11 de junho de 2015


INEVITÁVEL

Este tempo a passar
E com ele, também nós caminhamos,
A correr ou a andar,
Apresados estamos
Com este nosso eterno caminhar.

 Para onde for a ida,
Aquela alma solta que se deslumbra,
Na sua despedida
Fica na eterna sombra,
Fora daquela luz pretendida.

E os sinos vão tocando,
Por este Mundo que só nos quer bem,
Os anjos vão rezando
Indicando o além,
Como bela meta a atingir, orando.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 10 de junho de 2015

  

O DESEJADO

E do nada, surge a luz,
É um sentir bem diferente,
O sentir do próprio povo,
A natureza da gente.
Gente que não se seduz,
Com falas mansas de novo.

Sebastião não voltou,
Não voltou da sua luta,
Forçada no seu ideal,
Lutar por causa impoluta,
Num país que não amou,
Libertando Portugal.

Uma força desmedida,
Que nos desvia a atenção,
Num remar contra a corrente,
Arrefece o coração,
Duma fraca e triste vida,
Que este povo agora sente.

É amar sem ser amado,
Por quem governa a Nação,
Por ser livre e ser cativo,
Neste Mundo de ilusão,
Esperando o desejado,
Sempre a rir sem ter motivo.

Desse Avis não se vê rasto,
Nem do próprio pensamento,
Aguardado na emoção,
Esperando o seu momento,
Com esse tempo já gasto,
Sem se salvar a Nação.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 9 de junho de 2015

   

ONDAS SOLTAS

Debruça-se a noite no seu seio,
Oh! Alma bendita que me afaga
Esta dor do corpo e seu receio
Fogo consumido que se apaga.

Sem saber como ela se espalhou,
Sinto a dor da alma sem esfriar,
Neste triste corpo onde morou,
A nostalgia do teu olhar.

Esta onda solta do meu oceano,
Sereno como o brilho lunar,
Esconde a dor do bom samaritano.

O meu sangue rubro se formou,
Na aventura de te querer amar,
Com a felicidade que se esfumou.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 8 de junho de 2015


PENSANDO EM TI

Pensando em ti!...
Sofro o momento de estar longe,
Querendo-te perto de mim.

Aqui, longe de ti,
Sou o eterno monge,
Entre os recantos do jardim.

Lembro-me do toque suave do teu rosto,
Do sabor ardente do teu beijo,
Entre soluços e o desejo,
Terminar este meu desgosto.

Porque será a vida assim?
Este triste momento que existe
E permanece depois do amanhecer,
Como se a noite não tivesse fim.
Longe de ti, fico triste,
Sem saber o que Fazer.

Estar longe, tendo-te por perto,
Destino deste meu degredo,
Onde sofro as agruras da vida.

Dos fortes elos que não liberto,
Sustento este triste segredo
Da felicidade assim vivida.

Pensando em ti!...
Na nossa felicidade,
Quero-te perto de mim.
Esquecer o que sofri,
Acabar esta saudade,
Dar à tristeza, o seu fim.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 5 de junho de 2015


ONDE NASCI

Eu nasci, ouvindo cantar a Natureza,
O chilrear dos pássaros da minha terra,
Aqueles recantos repletos de beleza,
Que só Angola no seu esplendor, encerra.

Onde a natureza de Deus é mais visível,
Lá no mato onde eu nasci, cheio de pureza,
Amizade se torna muito mais sensível
E a felicidade passa a ter mais certeza.

Oiço a ave cantar a sua canção amena,
Na savana do meu país abençoado,
Naquele seu tom suave, que apenas Deus ordena

Quando oiço cantar uma ave em liberdade,
Com o trinar do belo gorjeio sagrado,
Sinto na minha triste alma, a eterna saudade.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 4 de junho de 2015


ETERNO FEMININO

No teu silencio interior,
As palavras abafadas,
De amor e tamanha dor,
Das vozes desesperadas
Amadas no seu sentir,
Na triste vida a sorrir.

Sem pintar os sentimentos,
Desse rosto amargurado,
Disfarçado nos momentos,
Em que se sente agastado,
De alegria não sentida,
Nessa infelicidade tida.

Como fazer um sorriso,
Com toda essa falsidade,
Sem sentir o paraíso,
De uma vida na verdade.

Ser mulher é quanto basta,
Com sua sinceridade,
Beleza que não se gasta,
Com o avançar da idade.

Como as asas da andorinha,
Tempo ameno vai buscar,
Esse amor que se adivinha,
Estar pronta para dar,
A mulher que assim se sente,
Traz seu futuro presente.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 2 de junho de 2015


(IM)PERFEIÇÃO

Na flor do sentir,
A mesma esperança
Do amor florir,
Eterna lembrança.

Os mesmos gestos,
O mesmo gosto,
Apenas restos
Do meu desgosto.

Para além do dia,
Doce desejo,
Noite tardia,
O gosto do beijo.

Esta perfeição,
Entre dois Seres,
Um só coração,
Se o mereceres.

Chora a rosa
Do teu jardim,
O corpo goza
Delírios de mim.

Nesta perfeição,
Almas perdidas,
De mão na mão,
Estão unidas.

Humano imperfeito,
Ao querer amor,
Na falta de jeito,
Só provoca a dor.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 1 de junho de 2015


SER CRIANÇA

Bola colorida na mão,
No ar o seu pensamento,
Um boneco, arco ou peão,
Apenas vive o momento.

Os momentos de alegria
Que o vento traz a bonança,
Em tudo sente a magia,
De ser apenas criança.

No rosto o sonhar da vida,
No seu olhar, esperança
Com a sua bola colorida,
A alegria de criança.

No sonhar, inventa cor,
Sinceridade estampada,
No seu rosto mostra amor,
Vida longa desejada.

Amigo do seu amigo,
Estraga para aprender,
O sonho trá-lo consigo,
De um dia aprender a ler.

Ser criança toda vida,
Neste Mundo renascer,
Alma alegre e divertida,
Do nascer até morrer.

Carlos Cebolo
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CRIANÇA

Passa a vida a reinar,
Nos seus castelos movidos a vento,
O amor que tem p’ra dar,
É forte sentimento
Daquele coração que só quer brincar.

Somente quer ser feliz,
No ser criança com todos os seus medos,
Receios de petiz
Não guarda seus segredos,
E no querer, é dono do seu nariz.

É perfeito inventor,
Das aventuras que tem p’ra viver,
Faz tudo com amor,
Apenas por querer
Mostrar com quem brinca, que tem valor.

Carlos Cebolo
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