Acerca de mim

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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

segunda-feira, 31 de março de 2014

            

           VIDA

Chuva fecunda a terra ressequida,
Irrompem pelos campos madressilvas,
Com esse emprenhar da terra querida,
Surgem belos frutos nas plantas vivas.

Belos frutos de um amor consentido,
Na pureza da tua alma sentida,
O sabor do teu cálice invertido,
Que do meu amor te faço querida.

Nas silvas que florescem nos silvados,
Inalo teu odor adocicado,
Desse teu feminino abençoado.

Com os teus sentires amargurados,
Teus meigos olhos na incerteza,
Desse renascer da natureza.


Carlos Cebolo

sexta-feira, 28 de março de 2014


TEATRO

Da comédia faz sua vida,
Do belo drama o seu fado,
Naquela vida repetida,
Não mostra o seu outro lado.

Na bela representação,
A beleza do desengano,
É guardado na emoção,
A vida que causa dano.

Correm-se as cortinas da vida,
No palco cheio de emoção,
Na alegoria repetida,
Que esfrangalha o coração.

No primeiro acto tristeza,
Os dramas do quotidiano,
São cantados com a firmeza,
De quem promove o desengano.

Do povo ouvem ovações,
Drama e comédia sentida,
Os risos e lamentações,
Com a triste vida vivida.

Artista também é cantor,
Captam o momento trágico,
Transformam em amor a dor,
No palco também é mágico.

Da sátira fazem alegria,
Lembrando as desgraças do povo,
Com traços de pura magia,
Transformam o velho em novo.


Carlos Cebolo

SEREI SONHADOR?

Serei um sonhador?
Sei que o sou.
Mas não sou fingidor,
Quando me dou.
Escrevo sentimentos,
Sou luz solar,
Guardo os tristes momentos,
No recordar.
Sinto todas agonias,
De uma alma
Nas tristes noites frias,
A luz que acalma.
Meu rosto molhado,
Amar na dor,
Sinto-me cansado,
Do triste amor.
Corro para te ver,
Neste sonhar,
Não te sei descrever,
Para te amar.
Ninguém sabe o que sou,
Sem ter razão,
No presente que dou,
Sem condição.
Gosto de oferecer,
Lindas flores,
No teu amanhecer,
Sentir amor.
Serei um sonhador?
Não sei se sou.
O meu amor passou,
Sem essa dor!...


Carlos cebolo

FILHA DO TEMPO

Com o beijar da lua,
Bailam canções ao som do violino,
Tristeza crua e nua,
Do teu corpo divino,
Na solidão que é somente tua.

No sonho és quem sonha,
És dona de mais do que uma vida,
A dor que se desdenha,
Esperança perdida,
Na magia que a criança tenha.

Filha do tempo e mar,
Que o quente Sol abraça no amor,
Do teu beijar ao luar,
Suas lágrimas de dor,
Presenteiam tristeza no teu amar.


Carlos Cebolo


FACE OCULTA

Angola paraíso tropical
Com os teus males o Mundo se espanta
O valor do povo e do capital.
Tristeza da vida que não encanta.

Duas realidades num país,
De norte a sul sua desigualdade,
Na riqueza com um povo infeliz
O governo sem ter moralidade.

Outra face com o tempo perdido,
Com toda a injustiça que se criou,
O país que continua querido.

Com triste desigualdade a revolta,
De um povo que sofre sem condição
E quer sua liberdade de volta.

Carlos Cebolo
 carlosacebolo.blogspot.com/


segunda-feira, 24 de março de 2014


FUTURO ADIADO

Belo chorar do vento,
A velha canção que “mamãe” cantava,
No seu doce lamento,
Na manhã que passava,
Com seu filho a dormir ao relento.

Os seus dias passavam,
Lágrima na face que não corria,
Sonhos que não sonhavam,
Com gritos que ardia,
Nos corpos e alma dos que ficavam.

Seu destino traçado,
Raios de Sol, na luz do denso luar,
Rosto amargurado,
Com o seu triste pensar,
No seu futuro sempre adiado.

Carlos Cebolo
(Escansão Neolatina)
carlosacebolo.blogspot.com/


sábado, 22 de março de 2014

           

            POESIA

Sentimentos são cantados em glória,
Na felicidade, amor e tristeza,
Os poetas traçam em sua memória,
Os sentimentos sem ter certeza.

Sol e Lua em poesia se unem,
No belo cantar de amor e da dor,
Assim atinge o poeta em alguém
E na alma fria, provoca calor.

A verdade escondida na poesia,
Com todo o seu amor e desamor,
Produz em quem toca, toda a magia.

Como a onda na crista dum rochedo,
Beija a dura rocha com seu amor,
E guarda no bater, o seu segredo.




ESTAÇÃO AMOR

Primavera, bonita flor!...
Pétala aberta e colorida,
Arco-íris, natureza,
Com todo o seu belo primor,
Na cor verdejante sentida,
Só traz ao Mundo firmeza.

Com o chilrear da alegria,
Nova vida que quer criar,
No amor com sua magia,
Abre os corações para amar.

Os casais de namorados,
Esperam pelo Sol raiar,
Para ficarem animados,
E predispostos para amar.

A chuva miúda que cai,
Deixa o Sol envergonhado,
Com a terra fértil florida.
Alma enamorada que sai,
À procura do seu amado,
Sente a primavera ferida.

O rei Sol fica enamorado,
Da terra fértil colorida,
Com harmonia sem idade,
Que promove a felicidade.

Carlos Cebolo




quinta-feira, 20 de março de 2014


   LUA PROTECTORA

Na noite clara chove luar,
Luz tamanha que espelha clarão,
No frio inverno a lua a brilhar,
Lembra as noites do quente verão.
Entre as estrelas sêmea a luz,
Luz dos olhos do meu grande amor,
Que com seu brilho me seduz,
Com seu corpo me dará calor.
Formosa flor, um pouco inocente,
Com amor tamanho do infinito,
Fera enjaulada que a alma consente.
Sigo sempre contente o seu brilho,
Oiço na noite escura seu grito
De mãe que chama pelo seu filho.
Carlos Cebolo
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terça-feira, 18 de março de 2014

           

           MEMÓRIAS

Silêncio da fala, o gritar do pensamento,
Olhar profundo sem ver a tristeza espalhada,
No guardar na alma, todo aquele triste momento,
Com a retrospectiva da finda madrugada.

Saboreia o doce fumo do velho cachimbo,
Com o pensamento da vida então desgastada,
Por entre a lavoura com Sol ou com o cacimbo,
Talha no corpo velho, as rugas da pele rasgada.

Sempre com sorriso na dura face traçado,
Sonha um dia vir conhecer o seu paraíso,
Desde o tempo de menino assim sonhado.

Nas ancestrais raízes do seu conhecimento,
O fumo do seu cachimbo, consome o juízo,
E recorda alegre, o dia do seu nascimento.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 17 de março de 2014


MUNDO SEM FUNDO

Meu amor é como mar sem fundo,
Maior que as tristezas deste Mundo.
Deste Mundo com toda a alegria,
Junto-me ao canto dessa poesia.

Sem fundo com este meu pensar,
Alegria que quero guardar,
Dessa poesia ser mais profundo,
Que todas as mágoas deste Mundo.

Com a luz do luar colher Ofélias,
Ama-las na doçura do amor,
Na beleza das belas camélias.

No palco da vida ser sentido,
O fingimento da minha dor,
Neste Mundo, sem fundo invertido.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 14 de março de 2014


MÁGOAS

Teu destino cruzado,
No sentido dorido pensamento,
Ao seu beijo guardado,
Junta o triste lamento,
Desse amor sentido, não ser lembrado.

Alma incompreendida,
Nesse mistério que se quer profundo,
Na tristeza sentida,
Com mágoas deste Mundo,
Colhe amores na lágrima perdida.

No desprezo sentido,
Entre os lençóis do seu já frio leito,
Amor oferecido,
Negado sem respeito,
Do seu amar, não ser correspondido.

Carlos Cebolo

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quinta-feira, 13 de março de 2014

   
    NOSSO FADO
Bom Português se sentia,
O fadista que cantava,
Com alma de marinheiro,
Naquele mar que escondia,
Mistérios que acreditava,
Ter um país verdadeiro.


Na terra onde o mar acaba,
Ou começa o belo fado,
A guitarra toca firme.
Ver o Mundo que desaba,
Esse destino trocado,
Com algo que o desanime.

A guitarra vai chorando,
Sem pausas e com soluços,
Faz do fadista valente.
O português vai sonhando,
Chora sobre ela de bruços,
Como se ela, fosse gente.
Mares sem navegador,
Nas cordas duma guitarra,
Angústia e incerteza,
Plantam no fado a dor,
Que o próprio mar desgarra,
Na sua triste pureza.
Da boca do marinheiro,
Aquele fado cantado,
Na lua ténue do luar,
O Português foi primeiro,
Naquele mar navegado,
A outros povos amar.
Sente o país sem moral,
Operário sem ter pão,
Sementeira sem sementes.
Este pobre Portugal,
Que não lhe dá condição,
Com a pobreza que consente.
Carlos Cebolo
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quarta-feira, 12 de março de 2014

   

 ETERNO AMOR

Corro as cortinas do pensamento,
Afasto as lágrimas cor do mar,
Em cores de rosas do momento,
Que do teu amor, me faz lembrar,
Todo esse saudoso sentimento.

Na tua voz, vejo-te singela,
No teu rosto, o triste sentimento,
Nos doces olhos, vejo a janela,
Tua alma em grande sofrimento,
Na triste dor que é apenas dela.

Na flor silvestre que quer voar,
Imagino as tuas triste mágoas,
Que teus olhos, brotam o chorar,
Nesse soluçar, soluços de águas,
De um rio que corre para o mar.

No teu corpo, torre de marfim,
Lindos cabelos soltos ao vento,
A magia de um amor sem fim,
Com esse teu nobre sentimento,
Ainda te recordas de mim.

Teu coração entre o meu descansa,
Quieto, por onde outrora ficou,
Nesse nosso sonho de criança,
O tempo que então por lá parou,
Sem trazer uma grande mudança.

Carlos Cebolo
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     CAMÕES O GRANDE
( Lusíadas - 12 de Março de 1572)

As armas e os barões assinalados,
Assim começa o poema de Camões.
Memórias de um povo conquistador,
No canto de glória aos feitos armados,
De quem desvendou mares e sertões,
Louvando a outros povos seu amor.
Com o bom sangue que por lá ficou,
Plantou searas e também amou.

Verdadeiro espírito de amizade,
Na descoberta desse novo mundo,
Sente no corpo a tristeza e dor,
Sentimento de uma imparcialidade,
Que consolida o seu Eu, mais profundo,
E procura sentir a irmandade.
Sem querer trair o seu pensamento,
Guarda memórias do belo momento.

Longe da pátria, resolve esquecer,
Aqueles momentos mui controversos,
Que o levaram à Índia pelo mar. 
Sua nobreza procura esconder,
A revolta sentida nos seus versos,
Da vida sofrida que o faz falar.
Dos avós e pais o triste lamento,
De uma vida vivida em sofrimento.

Hoje, o grande mentor literário,
Tem os dias de glória merecido,
No contraste da penumbra e dor,
Que o fez assim, grande temerário
E foi finalmente reconhecido,
Da língua ser pai e grande mentor.
Sem colher os seus frutos no momento,
Deixou passar a vida em sofrimento.

Carlos Cebolo


segunda-feira, 10 de março de 2014

        
         RETRATO

Na minha terra nascido, não sou…
Não sou o único nem o primeiro,
Na terra onde nasceu e amou,
É agora chamado estrangeiro,
Com as lágrimas que também chorou.

E depois de muito já ter corrido,
Procurando por um lugar querido,
Que vislumbre o seu fraco olhar,
E que dele se possa orgulhar,
Encontrou o seu país ferido.

Neste recanto junto ao doce mar,
Doce mar, com o seu salgado pranto,
Pranto dos filhos que não soube amar,
Perdeu agora todo o seu encanto,
Encanto com tristeza no olhar.

Carlos Cebolo
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sábado, 8 de março de 2014

   

  FLOR DA VIDA

Mãe, amiga, mulher, irmã…
Raio de luz celestial,
Fruto apetitoso, romã!
De natureza sem igual.

Tens amor incondicional,
Aos filhos teus mostras amor,
Com o teu sofrer maternal,
Mostras alegria na dor.

Alma muita vez solitária,
Na tristeza também és flor,
Na triste vida humanitária.

Símbolo de vida paixão,
Cresce o Mundo na tua dor,
Agarrado ao teu coração.

Carlos Cebolo


sexta-feira, 7 de março de 2014

          
      APÁTRIDA

Silencia-se o meu mar interior,
Esgotado pelo tempo passado,
Na contra-dança da vida e na dor
Que formam todo este triste meu fado.

As memórias gritantes dum passado,
Que foi vivido em plena mocidade,
No distante país que foi amado,
Pelo qual, ainda sente saudade.

Tudo aquilo, assim o vento levou,
Com a máscara da realidade,
Que aquele velho Mundo, mascarou.

Apanhados na rede da ganância,
Que lhes retira a nacionalidade,
Adquirida no tempo de criança.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 6 de março de 2014

    


    ENTRUDO

Costume antigo, moda nova,
Assim o Mundo se renova,
Na dança e seu feliz sabor,
O carnaval promove amor.

Vários trajes e seus dizeres,
Grande emoção e seus prazeres,
No esquecer da tristeza,
O Mundo da incerteza.

O esquecer da rude vida,
E na brincadeira vivida,
Com palhaços nos divertimos,
As mágoas que também sentimos.

Entre abraços e doces beijos,
Também se pede bons desejos,
Com samba e sua folia,
Cria-se o Mundo de magia.

A bela máscara desenha,
Sem possuir chave nem senha,
O artista que a quer usar,
P’ra com ela também sambar.

Festa da carne e abundância,
Promove-se a vil ganância,
No desfile e seu festival,
Sem se importar com a moral.

Carlos Cebolo
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CRISTAL

Beleza do meu Ser,
Águas cristalinas do teu sabor,
Que me fazes sofrer,
Amarguras do amor,
Que nos teus lábios, mato o meu saber.

Rosa sangue na cor,
Que teus seios, meus lábios vão beijar,
Bebendo teu amor,
Na tua fonte mar,
Sentir todo o teu húmido calor.

Meu diamante cristal,
Horas vazias, em lágrimas soltas,
Saboreio o teu sal,
Doce mel das revoltas,
Sentidas na falta de amor carnal.

Carlos Cebolo



TEMPO DA JUVENTUDE

Hoje, tombada a flor da minha infância adorada,
Sem o perfume da bela rosa e do jasmim,
Como me lembro do tempo da minha alvorada,
Quando o Sol estendia seus raios sobre mim.

Pensei que fosse eterna a juventude encantada,
Que a bela vida vivida não tinha seu fim,
Assim como seria eterna a rosa encarnada,
Fechada naquela torre feita de marfim.

Mas, hoje sem as asas douradas da infância,
Oiço nos ventos os ais deste corpo que chora,
Com seus ecos ouvidos para além da distância.

Sem sentir temor, mas sempre a extrema saudade,
Solto nas asas do tempo, a vida de outrora,
Do país onde vivi a minha mocidade.

Carlos Cebolo

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segunda-feira, 3 de março de 2014


ESTRELA CADENTE

Tocam os sinos na bruma,
O vento desfralda a vela,
O céu tem tanta estrela,
Por vezes lá cai uma,
Que a nossa visão revela.

Se a cair, for a mais bela,
Dos tristes tempos já idos,
Com os seus filhos partidos,
Daquela baixa da Chela,
Deixa mágoa nos sentidos.

Pitanga que se esmaga,
Pés descalços da desgraça,
De longe o seu filho abraça,
Para fechar triste fraga,
Na igualdade da raça.

Deixa fluir seu amor,
Nas suas veias guardado,
O país que foi amado,
Também causou muita dor,
E roubou o seu legado.

A pedra nua dos becos,
Testemunha angustiada,
Com a infeliz debandada.
Ouvem vozes nos seus ecos,
Dos sons da rapaziada.

Carlos Cebolo
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