Acerca de mim

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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

sexta-feira, 30 de setembro de 2016



À BEIRA MAR

À beira mar, olhando aquele oceano sem nome
O irregular ondular dos barcos à vela,
Entre fracas nuvens que própria luz as consome,
Sinto aquela terra distante, sem poder vê-la.

Às vezes, impedido pelo próprio horizonte,
Outras vezes na cegueira dos raios solares,
Sem te ver, sei que te encontras mesmo ali defronte,
Libertando no ar, a magia e teus sabores.

Vezes sem conta, sinto-te nos meus pesadelos,
Guerra que me escorraçou e separou de ti,
Imagens de irmãos mortos que me recuso a vê-los
E todo aquele triste horror que também eu senti.

À beira do mar, sentado na areia dourada,
Revendo aquele lindo passado por mim vivido,
Recordo com saudade as noites de batucada,
Alegres cantares e danças dum tempo já ido,

Recordo esse irmão amigo que por lá ficou,
Essa terra onde nasci e sempre será minha,
Todas as frutas saborosas que aquele sol doirou,
Aquele doce luar que ainda à noite me acarinha.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 29 de setembro de 2016



LÓTUS ENCANTADO

E o sonho, por vezes, abre-se como uma flor,
Naquela noite miraculosa, abriu-se assim,
Não era uma flor qualquer, naquele sonho de amor,
Flor de Lótus, rosa forte que sorriu para mim.

Num lindo seio de mulher, pende a haste fina,
Do nenúfar belo e sedoso como cetim,
No meu sonho apareceu como milagre ou sina,
Refrescando meus lábios com seu beijar, sem fim.

Linda flor que assim nasceu, perante o meu olhar,
Entre os suspiros serenos do meu coração,
Fez surgir a esperança, numa noite sem luar.

Voou o nenúfar bem antes de eu acordar,
Entre nuvens que intensificaram a solidão,
Desaparecendo e com ele, este meu sonhar.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 28 de setembro de 2016


TERCEIRA IDADE    

Antigos sentidos de uma vida passageira,
Peregrino furibundo nesse seu viver,
Moídos sentimentos dessa vida trapaceira
Que o engana, entre olhares daquele triste padecer.            

Passa o tempo como relâmpago destemido,
Que cruza o céu naquele frenético traço luz,
Lembrando com saudade do belo tempo já ido,
Nesta vida desgastada que não o seduz.

Em vez de velho inútil, mostra a sabedoria,
Dos anos vividos noutros tempos desiguais,
Onde habitava o respeito da devida história.

Hoje, estando só, no seu eterno caminhar,
Asilado desta vida sem soltar seus ais,
Afaga as lágrimas, afogando o seu chorar.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 27 de setembro de 2016


NOITADAS DA BELEZA

Aquele deliro…Rugas da cor da saudade reflectem a sua dor,
E desse silêncio de uma cegueira que transpira,
Sobram as rugas dum xaile que  há muito perdeu sua cor,
Descolorido nos acordos de uma guitarra que já não inspira.

Noites, após noites, no deslumbre das luzes da nocturna ribalta,
Claras madrugadas, onde marcharam mais flores das que por lá havia,
Teceram tédios de uma triste vida, naquela vincada avidez que maltrata,
Toda a estátua mulher tolhida pelo fumo e outros vapores que sentia.

Naquele vestir de deslumbre de uma vida traçada, mas não sentida,
Joguetes de um destino que a própria vida pretende ignorar,
Joga-se a juventude naquela ânsia sempre vivida de uma vida perdida,
Num fado desse triste destino com o seu eterno e doentio caminhar.

Ao longe, ouve-se o silêncio por entre os forçados risos dos anjos caídos,
Que ao perderem toda a beleza e graça aos olhos do seu senhor se perdem,
Deixando apenas fluir aquele perfume de aromas já não sentidos,
Naquelas outras noites de alegria e paixão nas paisagens que não existem.

Carlos Cebolo
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domingo, 25 de setembro de 2016


CALMA TEMPESTADE

Jaz o mar na sua calmaria,
Gemem no segredo, os calmos ventos
Cativos naquela noite fria,
A noite de todos os sentimentos.

Neptuno dorme no seu sossego,
Envolvido em sonhos de magia,
E eu neste desassossego nego,
Amar-te nesta hora já tardia.

A minha alma voa ao teu encontro,
Embalado nessa calmaria,
Que a refresca e solta do seu antro,
Trazendo-lhe um pouco de alegria.

Surgiu o vento no seu lamento,
Neptuno acorda de mau humor,
Fustiga as ondas no seu tormento
E minha alma solta a sua dor.

Rápido, regressa ao seu astral,
Esta alma que se pôs a viajar,
Voltou e tudo ficou normal,
Até a vontade de te amar.

Dessa calmaria, à tempestade,
Nem um beijo furtivo roubou,
Nem encontrou a sua liberdade,
Por entre as ondas por onde andou.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 22 de setembro de 2016



OLHANDO O OCEANO

Imagino o horizonte, olhando o oceano,
No formar das ondas, o seu engano,
Taciturno, profundo e encantador,
Cheio de beleza, encanto sonhador,
Reino de maior senhor que Adriano.

Roma antiga prestou-lhe vassalagem,
Orações e ofertas em cada viagem,
Que esse mediterrâneo consagrou,
Ajudando quem por ele viajou,
Trazendo na mente, outra miragem.

As miragens do povo Lusitano,
Gente com outro perfil mais humano,
Que fez o rei tritão estremecer
E ao rei D. João segundo obedecer,
Chamando-lhe de grande soberano.

Na luta, subjugou o Adamastor,
O mostrengo de tão grande valor,
Juntou o Índico ao velho Atlântico,
Em nome desse poder monástico
Que de mundos e mares foi senhor.

Ultrapassou o cabo e foi mais além,
Esse povo que saiu de Belém,
Na glória não temeu o mar profundo,
Levando a fé e sua língua ao mundo,
Mostra o valor que a lusa gente tem.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 21 de setembro de 2016



RENASCER        

Chove!...Uma bênção da natureza!...
Nos campos as papoilas rubras salpicam a paisagem.
Malmequeres de vários tons, mostram a sua graça
E a vida renasce na sua delicadeza.
Verdadeiros obreiros da vida, surgem com a sua coragem.
Grilos, borboletas, joaninhas, afugentam a desgraça
E mostram que o Mundo tem continuidade.
Aquele lumaréu que deflagrou nos montes e pinhais,
Foi agora apagado por essa bênção pluviosa que surgiu.                                                                                  
Não afogou a natureza que das cinzas se renovou
E fez surgir novamente aquele alegre chirriar dos pardais,
Mostrando que a vida por cá se mantém. Nada partiu…
As queimadas destruíram a linda paisagem
E o cinzento agreste mostra os sinais da maldade.
Mas a Natureza se renova e segue em viagem.
Uma viagem, não para sitio distante, como no humano, seria natural,
Mas sim, uma viagem no renascer de toda a beleza.
Entre as cinzas se fixam e embelezam aquele mesmo local,
Onde outrora, na terra fecunda mostraram a sua certeza.
Nós, Seres humanos, temos muito que aprender!...
Outros seres, vegetais e insectos mostram-nos o caminho certo,
Para não fazermos deste planeta lindo, um autêntico deserto.

Carlos Cebolo
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UMBELA FLORIDA
                                                   
Umbela de buganvília em flor,
Por esse teu reino cor-de-rosa,
Onde habita o triste sofrimento,
Esquecido nesse real valor,
De mulher bela e misteriosa,
Com seus sonhos e seu pensamento.

Sem esquecer quem foi em criança,
Sonhos lindos como ninguém teve,
Lembranças da eterna juventude.
Nesta vida não há semelhança,
Da realidade que chega leve,
Mantendo firme a sua atitude.

Mais madura no agir e pensar,
Na cavalgada com várias cores,
Talhou na vida, vários momentos.
Na cabeça tons de prata ao luar,
No seu peito, guarda seus amores,
E em sonhos vive seus pensamentos.

Na umbela florida, seus ideais,
Guardados num tempo de alegria,
Sem a solidão da sua mente.
Protege dos ventos Outonais,
Seus sonhos, sua eterna magia,
Nos delírios que o corpo agora sente.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 20 de setembro de 2016



PARA TI COLHO FLORES

E sempre a pensar em ti, colho estas lindas flores,
Entre papoilas rubras dum campo verdejante,
Rosas vermelhas, colho para ti minha amante
E com elas, constelações de intensos odores.

Nessa conjugação perfeita do pensamento,
Traço linhas de luar nessa escura solidão,
Vincadas em sulcos profundos da minha mão,
Que a cigana lê, traçando este meu sentimento.

Estrelas em rodopio se fundem assim,
Nessa constelação de perfeitas emoções,
No sentir distante, as dores dos nossos corações,
Este cativo Ser, que sinto dentro de mim.

Nesse sentir, querendo atingir a liberdade,
Sensações palpitantes de um coração sem calma,
Atinge profundamente a dor, nesta triste alma,
Que procura na ilusão, uma outra claridade.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 19 de setembro de 2016


REFÚGIO

Um coração que anoitece entre sonhos idos,
Consome a própria chama de um amor ardente,
Entre delírios de um frenesim que se sente,
Naquela angústia dos sentimentos vividos.

Foge aquela ilusão deste oásis da vida,
Que por momentos se sentiu ser verdadeira,
Essa visão desejada e não passageira,
Que se mantém por essa alma, assim dividida.

O náufrago procura no sabor do vento,
O gosto do corpo sonhado e não sentido,
Naquele momento esperado sem ser consentido,
Ouve no ar toda a tristeza do lamento.

Nesse refúgio da gruta onde se escondeu,
Sacode da memória seu momento triste,
Procurando esquecer tudo que não existe,
E guardando apenas aquele momento seu.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 16 de setembro de 2016



TERRA DISTANTE

E a chuva cai no terreiro,
Quente, poisa a poeira no ressequido chão,
Alertando aquele guerreiro,
Que espera pela ocasião
De na brincadeira à chuva, ser o primeiro.

 Na terra dura e batida,
 Que absorve a chuva como uma grande bênção,
 Também pula divertida,
 A criança na sensação
 De encontrar uma felicidade perdida.

África chama por mim…
Pelo filho perdido que voou com o vento,
Sem pisar aquele capim,
Que nasce no seu lamento,
E com o tempo, também encontra seu fim.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 15 de setembro de 2016



ESPELHO MEU

Há!... Porque teimas em mostrar somente essas rugas?
Mostra também estes meus belos cabelos prateados,
Tão belos como a neve que cobrem o prado verdejante
E eu mostro-te a alegria de viver, cantar e rir e as fugas
Constantes da juventude ao encontro de namorados.
Nem me venhas com sermões com esse teu semblante
Sisudo de mau protector.
Foste e serás meu seguro companheiro na beleza
Desta eterna juventude que só me traz certeza.
Lembras-te daquelas noitadas que só acabavam com o Sol nascente?
Hoje são tão doces como outrora, mas com mais vigor,
Com mais certezas do que quero e sem a preocupação de viver um grande amor.
Aquele grande amor procurado na juventude,
É hoje encontrado com a serenidade do momento,
Com o querer e poder que a idade me proporciona
E que a minha beleza continua a ditar as regras do jogo.
Hoje, mais madura, sou como a bela fruta do pomar que a boca cobiça.
Sou, neste meu belo corpo que o espírito jovem adiciona
Aquela pequena dose de malícia que reacende o fogo
 De uma alma liberta de toda e qualquer preguiça.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 14 de setembro de 2016



DIÁRIO DA SAUDADE

Este vento levou o pensamento,
Na tristeza de pura poesia,
No olhar, lágrima de sofrimento,
Onde o poeta chora de alegria.

Naquela tristeza da saudade,
Sem falar ou ouvir o que sentia,
Sofre o poeta nessa actividade,
Escreve o que não sente em poesia.

Prevê todos os males do mundo,
Corações na ânsia do sofrimento,
Emoções sentidas bem profundo,
Traça linhas de alheio lamento.

Chora o poeta as mágoas da amizade,
No sofrer do seu imaginário,
Relembra o fervor da mocidade,
Em linhas traçadas nalgum diário.

Esse diário da sua saudade,
Tempos passados dum grande amor,
Na frescura sem eternidade,
Que a vida levou, deixando a dor.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 13 de setembro de 2016



 PAREDES MEIAS

Naquelas horas em que a insónia avança,
Dominando nesse universo o sono,
Onde a mente se fixa e não descansa,
Da minha alma, deixo de ser seu dono.

Ela vagueia pelo Mundo Orfeu,
Com seus fantasmas nessa noite oculta,
Sem dor ou gozo neste Mundo meu,
Naquela clareza que teima e insulta.

E sempre alheio naquele Mundo estranho,
Sem o descanso daquela fadiga,
Olhar vidrado num esforço tamanho.

Naquela sombra, o delírio da clareza,
Dor e gozo duma vida já antiga,
Que na noite, traduz sua tristeza.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 12 de setembro de 2016



DESTINOS TROCADOS

Algumas noites e outras tantas madrugadas,
Despiu-se o hábito da insónia aventureira,
Duma vontade que se torna passageira,
Suspenso no limbo das almas desgastadas.

Foram suspeitas de um amor aventureiro,
Que se abateu no cofre sagrado do amor,
Por entre os sonhos desfeitos naquele fervor,
De uma vontade naquele querer derradeiro.

Naquela loucura de muito padecer,
Esse mel do amor se tornou avinagrado,
Por ser amor distante e muito desejado,
Na força da vida de um querer sem poder.

Já assim, Romeu e Julieta também viveram,
Na desgraça de um amor impossível ter,
Soluços que sufocam e fazem sofrer,
Aquelas almas que por momentos sonharam.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 9 de setembro de 2016



DELÍRIO

A alma voa no seu próprio pensamento,
Seu delírio nessa cegueira em que me fito,
Na incessante luta deste encantamento,
Sem entender o modo como medito.

Murcham todas as flores deste jardim,
Na grande catedral de amores desfeitos,
Tentar viver com a angustia dentro de mim,
Outros amores que da alma são eleitos.

Simplesmente a alma voa para onde quer,
Sonhos fluídos desse meu pensamento,
Entre o silêncio do encanto da mulher.

Lâmpada apagada de um temor medonho,
Voa essa alma nas noites do seu tormento,
Na alegria de a encontrar pelo seu sonho.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 8 de setembro de 2016



TEU DIA…MÃE!

Oito de Setembro foi feliz,
Foi sempre o teu dia mãe saudade,
Protectora mãe, imperatriz,
Estrela guia na realidade,
A verdadeira força motriz.

Em ti, com os teus ensinamentos,
Tracei rota segura na vida,
Em todos os meus difíceis momentos,
Valeu essa força em ti sentida,
Que me fez vencer todos os tormentos.

Partiste, desgastada da vida,
Na ausência de memória presente,
Duma vida madrasta sentida,
Tristeza espelhada que a alma sente
E o corpo ignora a triste partida.

Onde te encontras, olharás por nós,
Como sempre o fizestes por cá,
No pensar não estaremos sós,
E o teu amor, em nós ficará,
Assim como o som da tua voz.

Carlos Cebolo
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ALMA VIAJANTE

Para onde não quero ir,
Irei num dia qualquer,
Por lá, tudo então serei…
Terei quem também me quer.

Fixarei meu pensamento,
Por onde não há certeza,
Nem tão pouco sentimento
De por lá haver beleza.

Esta incerteza do Ser,
Por amar sem condição,
Tudo querer e não ter,
Fere este meu coração.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 7 de setembro de 2016


CARÊNCIA

Serena voz de mulher eleita,
A falar de amor e do encanto,
Com quem, na sua cama se deita,
Nesse afagar do seu triste pranto.

Flaches, formam na ideia sonhando,
Naquele amor que sempre esperou,
Ouvindo-a no seu interior soando,
 A voz serena por quem chamou.

São brumas naquele mar dos seus sonhos,
Janela aberta do seu abraço,
Sonhos serenos, agora tristonhos,
Alma fechada no seu espaço.

Serena essa vida que a rejeita,
Mulher honrada no seu perder,
Em sons de cristal será eleita,
Sofrida nesse seu padecer.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 6 de setembro de 2016


FLAMA

Flama o espírito no ardente desejo,
A beleza no sentir que não existe,
Sem a conquista do teu doce beijo,
Que torna a minha alma, ainda mais triste.

Beijo que turva a minha lucidez,
Na busca daquele desejo perdido,
Que o amor procura encontrar na avidez,
Desse teu doce beijo oferecido.

Mas o que adianta assim imaginar,
Êxtase do teu corpo percorrido,
Derradeiro sonho do meu pensar,
Com aquele nosso toque mais atrevido.

E flama o corpo com seu sangue ardente,
Longe da dor, no sentir do prazer,
Que a fecunda mente deseja e sente,
No beijar teu corpo, meu renascer.

Carlos Cebolo
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