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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017


TOQUE DE INFORTÚNIO

O Ser humano continua a não ser perfeito,
Símbolos de amor nessa elegância do pensamento,
Murcham flores, sem pedirem qualquer consentimento,
Na beleza dos seios, símbolo de amor imperfeito.

Na imperfeição de uma sombra escondida do nada,
Vence a força de vencer que dentro de si vem,
Que a faz vencedora na coragem que não tem,
Corando essa palidez de uma face enfadada.

Maldizendo esse dia em que tudo aconteceu,
Mudança repentina de todo esse viver,
Sofre a linda esposa mãe, onde o amor floresceu.

E no combate da vida que lhe foi imposto,
Com a memória do perfeito que a fez florescer,
Esconde essa amargura que lhe assombrou o rosto.

Carlos Cebolo



quarta-feira, 27 de dezembro de 2017


SONHO ALADO

Nessa penumbra de um instante,
Na demência da hora tardia,
Sozinha na cama vazia,
Alma tua, triste e distante.

No sonho alado que se deu,
Artistas na sua heresia,
Colhem a rima já tardia,
Desse poema que se perdeu.

Toco essa minha penitência,
Colhendo as pérolas do teu rosto,
Nessa sombra do teu desgosto,
Nas horas da minha demência.

Por ser natural não pensar,
Na tristeza que causa a dor,
Amante serei do teu amor,
Com todo esse triste cantar.

Florida todas as estações,
Primavera do meu amor,
No renascer da bela flor
Que abre os fechados corações.

Carlos Cebolo






sábado, 23 de dezembro de 2017



NATAL

E do Natal se fez magia,
Nesse criar do que não era,
Foi Cristo a sua primavera
E ao mundo trouxe sua alegria.

Nasceu esse manino monge,
Envolto na sua pobreza,
Com ensinamentos de certeza,
Mostrou a luz que chegou longe.

Tão longe na pouca distância,
Entre a morte e a vida vivida,
Sua parábola foi sentida
E da verdade se fez ciência.

A Era dourada escureceu,
Com três décadas o seu destino,
Na cruz deixou de ser menino
E toda a terra estremeceu.

Carlos Cebolo


sexta-feira, 22 de dezembro de 2017



NATUREZA DO SER

A natureza do ser é só nossa!
Nascemos, vivemos e morremos,
Amamos, choramos e fazemos chorar.
Somos chamados de humanos.
Mas como tal, pouco somos.

O nosso egoísmo nos faz esquecer,
Este caminho que percorremos,
Entre o princípio e o fim
E tudo o que fingimos não ver
Em todo este nosso caminhar.

Nesta natureza que é só nossa,
Sentimos a dor que temos
E o silêncio que nos faz sonhar,
Mas não aquela que não sentimos,
Mesmo ouvindo dela falar.

Na noite longa a esperança!...
Uma prece, talvez um verso,
O grande amor da criança
Que moldou o universo.

E esse Natal que assim surgiu,
Separou a escura noite do dia,
E com aquele amor que nos uniu,
Fez da tristeza a sua alegria,
Talhando estra natureza que é só nossa.

Carlos Cebolo


quarta-feira, 20 de dezembro de 2017


FEITIÇO AO LUAR

Se do meu pensar pudesse falar!...
Sentir em ti esse imenso calor,
Colhendo ao luar todo o teu doce amor,
Sentiria no ar, o teu paladar.

Seria mais feliz em todos os momentos,
Como o caminhante exausto que passa,
Sentindo na brisa essa fresca graça,
Adormece ao luar, com seus pensamentos.

Sem querer ser como o musgo dos pinheiros,
Quedo com esse seu triste amanhecer,
Caminha o pensamento para te ver,
Na ansiedade de serem companheiros.

Todo o feitiço deixado com o luar,
Nas teias do amor todo o seu enredo,
Ter esse pensamento o triste medo,
De amar a vida com esse teu olhar.

Carlos Cebolo




segunda-feira, 18 de dezembro de 2017



ESCURIDÃO

Na ausência de astros, a solidão,
Das árvores em ruína de um Outono,
No inverno que vem para ser seu dono,
Crepuscular que estende a sua mão.

Na luz que se extingue sobre o poente,
Sem correspondência na visão,
A noite sem astros finda o verão,
Que a morte anuncia gradualmente.

Morre a claridade e o seu calor,
No seu leito mortuário se encerra,
Aqueles dias já sem seu valor,
Que a própria noite, o sossego enterra.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017


DESTINO

Na cela da vida onde me prendo e desnudo,
Amo a inerte pedra e todo esse intenso luar,
Assim como a salgada água do imenso mar,
E todos os cristais que afagam esse grito mudo.

Amo os sonhos exaustos dessa madrugada,
No infinito silêncio da sua presença,
Que sentem mas não falam da sua sentença,
Desse grande mistério da sina traçada.

Tendo passado em vão, toda essa mocidade,
Por entre os soluços de um tempo sempre eterno,
Como eterno foi todo aquele amor materno.

Leva consigo o doce cantar de saudade,
Com esse querer bem a tudo e a toda a gente,
Afaga o destino que a sua alma consente.

Carlos Cebolo




quarta-feira, 13 de dezembro de 2017



DOCE ACONCHEGO

Arde o sague no pudor da mocidade,
Nesse êxtase que da sorte se faz pagão,
No aconchego dos corpos somente um senão!...
Ser o fraco forte com essa ansiedade.

Entre amores, onde tudo será verdade,
Nuvens carregadas de um sentimento forte,
Frémito vibrante que traça a nossa sorte,
Beijos de volúpia e toda a sexualidade.

Será sempre o másculo esse perdedor,
No calor suave desse doce aconchego,
Por onde o feminino realça esse seu ego.

No sexo mantido com todo o fervor,
Ilude-se o macho na sua valentia,
E a mulher será dona dessa alegria.


Carlos Cebolo

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017


BEIRAL FELIZ

Dessas brancas pedras que de Paros se ergueu,
Em talha perfeita poli o coração,
Toque suave e carinhoso da tua mão,
Que juntou as pontas soltas do teu ao meu.

E tudo que se imaginou será quimera,
De um orgulho que este tempo o fará distante,
Dessa primavera por onde fui radiante,
Nesses tempos idos, passados e outra Era.

De tudo o que recordo, esse amor não se esquece,
Nem o tempo, o pensamento fará esquecer,
Todo aquele orgulho que ainda hoje entristece.

Hoje, o mármore do coração se derreteu,
E o triunfo do amor não me deixa enlouquecer,
Por este beiral com o teu ninho junto ao meu.

Carlos Cebolo


sexta-feira, 8 de dezembro de 2017


ROSAS DE OUTONO

Por ermos caminhos vagueia o pensamento,
Sem luar, sem ter flores e sempre longe de ti,
Entre noites silenciosas que percorri,
Por dias sem calor, por este meu tormento.

Longe de ti, sentindo as noites invernosas,
Envolto em sonhos por entre negros espaços,
Imagino sentir, calor dos teus abraços,
Nesse aconchego das tuas mãos carinhosas.

Nos dias de inverno onde o névoa foge leve,
Por entre esse apertar constante dos meus dedos,
Como num sonho, tua imagem é sempre breve.

Rosas de Outono dessas camélias que afagam,
Com o sofrer de uma paixão e dos seus segredos,
As gotas de orvalho que pela face rolam.

Carlos Cebolo


quarta-feira, 6 de dezembro de 2017


ENCRUZILHADA

Entre linhas e cruzes, disfarçada
Por ali, onde a vida desespera,
Sossego vindo do nada que espera
Tristeza da alma desassossegada.

Sossego, do sossego se alimenta,
Por caminhos cruzados de amargura,
Onde o próprio lamento se lamenta,
Desfazendo o espírito da aventura.

Numa mistura do sonho e da vida,
Inexistência da luz que irradia,
Num acordar que não importaria
Aquela encruzilhada assim sentida.

E o amor, vence o sossego nessa espera,
Onde o própria sombra se desvirtua,
Por entre esse arvoredo, à luz da lua,
Revivendo tudo isso que Outrora era.

Carlos Cebolo



segunda-feira, 4 de dezembro de 2017


DIAS ADORMECIDOS

Há dias em que a poesia adormece,
Não flui do pensamento para o papel,
No não viver, também nada acontece,
Nem a paixão verte o seu doce mel.

Todo esse frio abrange o coração,
No vasto silêncio, até o tempo é lento,
Ausências escorem nas linhas da mão,
Nesse desencontro do pensamento.

O grito que continua guardado,
Junto a essa saudade que por lá arde,
No preconceito agarrado ao passado,
Desta vida que aos poucos se faz tarde.

Carlos Cebolo