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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quinta-feira, 31 de março de 2016


SOL DA VIDA

Para quando será brando o seu pensamento,
Como brando será o sol de um triste inverno,
Naquela cor, será o céu assim eterno,
Na brandura de um dia com o seu sofrimento.

Aquele tom azul celeste de um dia radiante,
Quisera ele que assim fosse o seu pensamento,
Abraçando todo aquele alegre momento,
E assim pudesse sonhar e seguir adiante.

Para quando a alegria estampada no rosto,
Daquela pobre alma nessa sua revolta,
A cinzenta nuvem que produz seu desgosto.

Que hora maligna traçou o seu nascimento,
Sempre com a nuvem cinzenta onde o sol não volta,
Traçando a sua triste sina e seu lamento.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 30 de março de 2016


MENTIRA

Diz o povo com toda a razão,
É curta, toda e qualquer mentira
E longo o mal que daí se tira,
Quando se mente por convicção.

Fingir amor, prazer e alegria,
Mata uma tão bela relação
E a desculpa fica sem perdão.

Toda a mentira provoca horror,
Por mais inocente que ela seja,
Só vem mostrar apenas inveja,
E quem a ouve, sente pavor.

Ódio sentido na descoberta,
Da mentira que foi praticada,
Num amor não será desejada,
Se essa alma, não se sentir deserta.

Em saco roto cai a mentira!...
Diz o povo na sabedoria,
Ser tudo que o amor, não merecia.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 29 de março de 2016


FRESCA SENSAÇÃO

Neste meu mar, ainda por descobrir,
Existe uma consciência da ilusão,
Com esse toque encantado da tua mão
Que desliza o meu corpo ainda a dormir,
Naquele desejo que acaba de sentir.

Sem saber se voltará a regressar,
O sentir suave da fresca sensação,
Que deixou no ar toda aquela emoção,
Procuro de novo teus lábios beijar,
Na certeza de querer voltar a amar.

É esta doce sensação de prazer,
Ainda guardada bem fundo na mente,
Que sossega esta dor que o coração sente,
Naquele carinho de dar e receber
Todo este amor que em nós, está a nascer.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 28 de março de 2016


ÀS VEZES

Às vezes, canto o amor que me dói,
Às vezes, poiso o meu silenciar,
Às vezes, procuro não falar,
Às vezes sinto o ciúme que rói.
Às vezes, o passado não foi,
Teima em ficar cá dentro de mim,
Naquele sentir que se torna ruim.
Às vezes, não sinto a triste dor,
Nessa esperança de encontrar o amor,
Colho flores no triste jardim.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 25 de março de 2016


PÁSCOA

Da paixão se criou amor,
Amor dado e não recebido,
Um coração triste e ferido,
Num corpo que sentiu a dor.

Dor que iluminou este mundo,
Com aquela maneira de ser,
Caminhou no seu padecer,
Como cordeiro triste e mudo.

Festejou a Páscoa do além,
Reino do pai, senhor do céu,
Neste mundo foi passagem
E deixou o espírito Seu.

Senhor dos passos e da vida,
Com parábolas, deu seu carinho,
Ensinando qual o caminho,
Preparando sua partida.

E esta Páscoa se renovou,
Com o iluminismo do seu Ser,
Crucificado ao entardecer,
Na cruz, deixou o eterno amor.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 24 de março de 2016


HORA TARDIA

Neste silêncio de uma cegueira só minha,
Fito-te em sonhos rubros da minha paixão,
Segredos suaves traçados da nossa união,
Que pouco a pouco se desvenda e se adivinha.

Aquele delírio traçado na própria mente,
Que gela e murcha a mais bela flor do jardim
E enche de tédio o pouco que existe em mim,
Calando todas as emoções que o corpo sente.

Serei fantasma de mim mesmo, na magia
Sentida numa triste noite de ilusão,
Que acalenta esta tristeza do coração,
No silêncio e sossego dessa hora tardia.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 23 de março de 2016


PRIMAVERA

E surge o arco-íris da vida,
Os sabores florais enchem o ar,
Escorre essa neve derretida,
Água pura no seu caminhar.

Nessa ténue lembrança ou saudade,
Verão que está prestes a chegar,
Segue este seu ser em liberdade,
Activa este amor que se quer dar.

E ébrio no sabor da beleza,
Sente essa natureza florir,
Primavera com sua certeza,
Forma esta vida sempre a sorrir.

E esse amor estará no ar,
Certeza na alegria que traz,
Os corpos quentes à beira mar,
Beijar teus lábios e ser capaz.

Entre esse sossego do arvoredo,
A vontade de te ter também,
Em revelar este meu segredo,
Sem medo, na esperança que tem.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 22 de março de 2016


NO SURGIR DA PRIMAVERA

Primavera no encanto sem flores,
Neste oásis, na folha deserta,
Sangue derramado, seus horrores,
Será apenas uma sombra incerta.

Entre o olhar sentido na folhagem,
Ténue lembrança de liberdade,
Fraco vento forma sua aragem,
Sem ter lugar, sem trazer verdade.

E esta primavera surge fria,
No coração de um mundo liberto,
Sem as flores que o mundo merecia,
No terror que se encontra desperto.

Principio ou fim de um crer absoluto,
De um fanatismo sem ter valor,
Será tudo, menos impoluto,
Alma negra que provoca horror.

No escuro da vida, haver aragem,
Surgirá a resposta que se espera,
Segura, libertando a passagem,
Neste surgir de outra primavera.

Carlos Cebolo
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RESPIRAR

Sempre aquela tela irreal da vida,
Ternura doce no teu olhar,
Pintada na alegria sentida,
Neste meu eterno respirar.

Respirar neste mar de poesia,
Aguarela pintada com arte,
Ilustrando toda essa magia,
No espelhado quadro que se parte.

Naquele silêncio do teu sorrir,
Sinto o anseio desse teu fervor,
No triste sorver do teu sentir,
Beijando teus lábios com amor.

Abrir todas as portas ao vento,
No ar que respiro a eternidade,
Só escrevo emoções e lamentos,
Lembrando os tempos da mocidade.

E vou respirando esta saudade,
Deixando fluir meu pensamento,
Buscando a eterna felicidade,
Perdida algures no firmamento.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 21 de março de 2016


IMPRECISÕES DO CREPÚSCULO

Ânsias roçam pela minha alma,
Deixando-me assim absorto,
Pensamento quase morto,
Corpo que aos poucos se acalma.

Neste crepúsculo dourado,
Com imprecisões visuais,
Olho para o longínquo cais,
Sem ver destino traçado.

O silêncio é absoluto,
O sol procura dormir,
Entre as nuvens a sorrir,
Trazendo um manto de luto.

A luz em estagnação,
Deixa a tristeza no ar,
De uma hora triste a chegar,
Naquela confirmação.

O amor também se perdeu,
Na imprecisão da mente,
Sem negar a dor que sente,
No dia que escureceu.

Carlos Cebolo
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sábado, 19 de março de 2016



MEU PAI

Só muito tarde percebi aquela maneira de ser,
De enfrentar de frente a vida e sorrir,
Apesar das grandes dificuldades que viveu.
Meu pai!... Era como o vento.
Forte na adversidade da vida,
Suave no seu ensinamento.
Como o vento, muitas vezes estava ausente,
Na procura de soluções para estar sempre presente.
Lutou contra o preconceito da raça e cor,
Vencendo todas as dificuldades da vida,
Angariou respeito e admiração.
Às vezes parecia um raio de sol entre a escuridão,
Que atravessava os ares transportando amor.
De todos os ensinamentos que com carinho me passou,
Há um que se mantêm sempre presente em meu pensamento.
Dizia ele: - É com honestidade vivida e praticada que se faz um nome.
Esse nome que é nosso sem o ser, por ser herdado.
O nome vindo do pai, passará de filho para filho e será sempre lembrado.
O direito de o ter, deverá ser sempre acompanhado com o dever de o honrar.
Meu pai!... Era como o vento.
Sempre em movimento, traçando o seu destino,
Endireitando veredas, alargando caminhos.
Na saudade que deixou, sinto a falta do seu carinho, do seu ensinamento
Que só muito tarde percebi.
Tão tarde que não tive tempo para lhe dizer cara a cara. Amo-te Pai!..

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 18 de março de 2016


O CANTAR DO PASSARINHO

Naquele sossego da madrugada,
O cantar belo do passarinho,
Seu encanto, beleza e carinho,
Doce regaço de minha amada.

E canta a ave no seu paraíso,
Um cantar de ternura e beleza,
Igual beleza tenho a certeza,
Só comparada com teu sorriso.

Na madrugada do nosso sonho,
Beijar tua boca á luz do luar,
Ao ouvido, meu amor revelar,
Ver e sentir, teu olhar risonho.

Este belo prazer de viver,
Com o cantar belo do passarinho,
Beijar os teus seios com carinho,
Bem antes do dia amanhecer.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 17 de março de 2016


ABDICAÇÃO

Recua a onda no seu amarar,
Bela e sublime quando chegou,
Para beijar a rocha que abraçou,
Morrendo naquele doce beijar.

Move-se por uma forte atracção,
A bela onda no seu cavalgar,
Sempre com a pressa de querer chegar
E à rocha entregar seu coração.

Estranha forma do seu amor,
Renovação da própria energia,
Adquirida com aquela magia,
De um bater suave sem causar dor.

Um fraco abraço sem aquecer,
No sentir da dor que não se acusa,
A tristeza da tua recusa,
No amor que não se deixa morrer.

Carlos cebolo
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quarta-feira, 16 de março de 2016


PAI

Sagrado cálice de rubro vinho,
Que nas minhas veias depositaste,
O teu sangue, tua luz, teu carinho,
Respeito este teu nome que me deste.

No teu crer, a minha fé no momento
De te lembrar em singela homenagem.
Teu dia, o meu dia, o encantamento,
Eterna vida que segue em viagem.

O futuro que traz todo o passado,
O dever cumprido, ensinando bem,
Ontem vivias tu angustiado,
E hoje, eu, assim me sinto também.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 15 de março de 2016


TÉNUE LEMBRANÇA

Ténue lembrança ou saudade,
De um tempo sem tempo gasto,
Viver sem perder o rasto,
Manter sua identidade.

Oco encanto sem ter fim,
Assim é meu pensamento,
Guardado naquele momento,
Eterna tristeza em mim.

Princípio ou fim do que foi,
Segue minha alma liberta,
Sentir calmo que desperta,
A ferida aberta que dói.

Voando com o brando vento,
Segue a alma com o seu eu,
Traços deixados no céu,
Vincados no pensamento.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 14 de março de 2016


LÁGRIMA SECA

Neste corrupio arrepiante, choram as flores,
Na saudade do invisível, aquela chuva veio,
Traçando o seu coração com todo o seu receio,
O som triste do arco-íris sem as suas cores.

Aquele triste pensamento de uma vida irreal,
Na garganta, sente bater esse coração,
Nessa dor abstracta traçada por outra mão,
Puro maltratar movido por ciúme infernal.

A lágrima seca retida no seu olhar,
No compasso da chuva miudinha sempre cheia,
Vai levando a mágoa com esse irreal soprar.

Esse constante uivar de doido,ouvido à distância,
No silêncio reparador que sua alma anseia,
Traz com ele a triste dor, de uma forte fragrância.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 11 de março de 2016


EXÍLIO

Ter ou não ter pátria por nascimento,
Perdida no silêncio, por prenuncia,
Dessa pátria que foi, o seu lamento,
Nas vozes que se elevam na renúncia.

Num querer sentir e ouvir aquele auxílio,
Com irmãos de alma e sangue separados,
Dos avós, ouve-se a voz nesse exílio,
Onde seus corpos ficaram enterrados.

Ouve-se a voz do mar no pensamento
Duma lei sem ter sua autoridade,
Esquecido ficou o sentimento.

Que medo atroz, a triste alma atormenta,
Negar o ser, ferir a mocidade,
Nesse próprio ódio que a alma se alimenta.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 10 de março de 2016


TÉDIO

Esse viver, sem viver realmente,
Vazio dos sentidos no existir,
Sempre nas horas tardias da mente,
Amanhece o sinistro de um florir,
Nesse castelo triste que alma sente.

Sem gesto no sentir e sem ter cor,
Porto seguro que já não existe,
Segue as velas negras de um coração,
Esse agreste caminho sempre triste,
Por um mar que não lhe traz condição.

Esse tédio que no seu crer é real,
Sem ter a segurança no seu porto,
Dias escuros de um nocturno mal,
As águas tristes de um lago já morto,
Triste vê, ter chegado o seu final.

E é nessas águas que procura ter,
Algum momento de sossego apenas,
Nessa dignidade que quer viver,
Com as tristes mágoas e sua penas,
Antes do amor acabar por morrer.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 9 de março de 2016


QUANDO A CHUVA CAI

Bagas de água cristalina vertidas pelo céu,
São como lágrimas soltas deste meu triste amor,
Na eterna paixão, sem a compreensão na sua dor
Que sai sofrido e chorado no instante encanto meu.

Quando a chuva cai, rolando pelo teu lindo rosto,
Como brilhante pérola incolor da triste amargura,
Sinto no sabor, a infinita paixão de doçura,
Deixado por esse sofrer espelhado no gosto.

Quando a chuva cai, molhando a tua pele lisa e nua,
Sinto correr pelo teu esbelto corpo, o sentimento
Fluido de um coração que sofreu esse momento.

Quando a chuva cai em traços sulcados pela lua,
Beijo os teus lábios sequiosos desse ardente sabor,
Sorvendo por eles, o licor de tão grande amor.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 8 de março de 2016


BELEZA DA ALMA

Pela beleza da alma,
Pela imensidão do seu olhar,
Sentem a poesia com toda a calma,
Naquele seu eterno caminhar.
Sem cor,
Sem traço,
Sem raça,
Como a maré que permanece,
Mergulha nos sonhos o seu sorriso,
E por ser mulher, não desconhece
Como se forma o paraíso.
Há mulheres que trazem a luz no olhar,
Amor na vastidão da alma
A sinceridade no sentir.
Há mulheres que são a força da razão,
A calma da suave brisa,
Água fresca que desliza,
O suporte da união.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 7 de março de 2016


UTOPIA

Lá longe, muito turvo, um país real,
Que algum mundo parece mostrar ter,
Aquela natureza natural,
Onde a verdade procura viver.

Um sol que aquece a todos por igual
Onde tudo se mostra e tem seu crer,
Um suave vento que não é fatal
E sem políticos a enriquecer.

Lá longe, onde o povo não se esconde,
Por ter medo da bela liberdade,
Não há Reis, rainhas nem senhor conde,
O povo vive na mesma igualdade.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 4 de março de 2016


ESTREITOS CAMINHOS

Pela ladeira abaixo vai rolando,
Cabeça baixa, pensamento activo,
Ser deste triste tempo, seu cativo,
O seu pensar, o vento vai levando.

Para longe dos seus passos incertos,
Para o horizonte voa o pensamento,
Os acres tempos para sempre desertos,
Ficam guardados neste real momento.

Assim caminha esta alma solitária,
Na sua tristeza sem emoção,
A vontade há muito não solidária
Com o pensamento e dor do coração.

Ela confusa com este momento,
Pela ladeira abaixo vai rolando,
Com esta tristeza que vai levando,
Bem fundo, guardado no pensamento.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 3 de março de 2016


MELODIAS

Melodias de água cristalina,
Ouvidas naquele cantar da fonte,
Compara-se à música divina,
Do vento que assobia no monte.

Longínquo sonhar das emoções,
Por esses caminhos solitários,
Ouvindo aqui e ali confissões,
Actos sagrados e imaginários.

No velar do silêncio absoluto,
De um coração que se encontra ardente,
Se encontra a alma a velar o seu luto,
Na dor que o próprio mundo não sente.

É no sonhar de almas peregrinas,
Sem a pressa da glória alcançar,
Que águas correntes e cristalinas,
Lavam docemente o seu pesar.

Carlos Cebolo
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