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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

sexta-feira, 30 de março de 2018




SENTIRES DA VIDA

Nesse ressuscitar de uma vontade antiga,
Terceiro dia da esperança que se espera,
Neste passar de um tempo que lhe desespera,
O acordar da alma num sonho de rapariga,
Aguarda a Páscoa num amor que ainda impera.

Que mulher já feita na sua plenitude,
Não sonha poder ainda vir a viver,
Reconhecendo na vida o seu renascer,
Esses dias felizes da sua juventude,
Pintando um arco-íris no seu entardecer.

Nessa provocação de um corpo a envelhecer,
Na sua alma esconde o sentido de beleza,
Desse querer e poder amar, tendo a certeza,
De viver a vida com todo o seu prazer,
Mandando embora, bem para longe a tristeza.

Nesse limbo da vida de um escurecer,
A vontade de ter esse sonho acordada,
Sente o calor em voltar a ser desejada,
Nessa realidade que o corpo quem viver,
Como um vigor sentido pela madrugada.

Carlos Cebolo


segunda-feira, 26 de março de 2018




O TEMPO QUE PASSA

Algo que alguém me disse, pões-me a pensar
Que talvez a própria vida seja a morte
E que o próprio tempo seja contra o tempo,
Na distância que a vida tem que passar,
Talhando esses caminhos da própria sorte,
Deixando a vida parar no contratempo.

Contra a corrente do próprio pensamento,
Sabemos que caminhamos para a partida
E que de cá, nada se pode levar.
Mesmo assim, descuramos esse momento,
Sempre a correr, não pensamos na corrida,
Nem nos anos que vamos por cá ficar.

Talvez esta vida, seja um pouco assim…
A vida vai passando e não se dá conta,
Até a consciência nos chamar à razão,
De que a juventude já teve o seu fim
E que essa eternidade já não se encontra,
Mesmo com a entrega do nosso coração.

Carlos Cebolo


sexta-feira, 23 de março de 2018



ALEGORIAS DA VIDA

Em cada um de nós, há uma vida real,
Aquela vida que não se mostra ter
E que a todos nos parece natural,
Como a verdade que pensamos viver.

Nessa bruma de uma alvorada normal,
Onde o sol não se mostra no seu brilhar,
Apenas vento no seu gemer final,
Dita as leis entre o sentir e o desejar.

Vida real com mágoas e sem o seu fogo,
Dores, sua tristeza e também alegrias,
São sentidas durante o terrível jogo.

Procuramos a irrealidade para viver,
Outra vida com suas alegorias,
Onde tudo se procura merecer.

Carlos Cebolo

quarta-feira, 21 de março de 2018



DO CÉU CAIU UMA ESTRELA

Ao riscar o céu um traço de luz,
A bela estrela cadente caída,
Do tempo passado que não reluz,
Lembrei-me de uma triste despedida.

Numa outra Era, num tempo de desgosto,
Afoga-me a voz por não querer falar,
Daquele tempo que me queimava o rosto,
As memórias que me fazem chorar.

Passa essa hora, passa o tempo de outrora,
As lembranças da minha juventude,
Sombras que me seguem pela vida fora.

Pérolas soltas que turvam meu olhar,
As emoções que esta minha alma ilude,
Num bailado triste querem ficar.

Carlos Cebolo


sexta-feira, 16 de março de 2018




VIVER ETERNAMENTE

Neste nosso destino ao nascer,
No primeiro dia se começa,
Um pouco de tudo a se perder.
Morre-se um pouco nesse nosso amor,
Criam-se dúvidas nesse viver,
Renovando sempre a nossa dor.

Morre-se e renasce-se na tristeza,
Criam-se dúvidas no desejo,
Na felicidade de um doce beijo.
No querer renascer para esse amor
Que proporciona o nosso sofrer,
Procurando manter a beleza.

Mantém-se esse medo de morrer,
O medo da chegada do inverno
Mas quando tudo se deixar de temer,
Passa-se a viver e a ser eterno.

Carlos Cebolo

quarta-feira, 14 de março de 2018



PARAÍSO

De tanto sonhar se perdeu a alma,
Nesse espaço infinito do amor,
Tanta beleza do sentir e ver,
Sem esquecer a razão de viver,
Aquele instante cheio de cor,
No paraíso celeste que a acalma.

Será sempre aquela mesma história,
Tantas vezes sentida na dor,
Que forma todo esse paraíso.
O sentir da paixão perde o juízo,
Torvando a mente com o novo amor
E nesse momento sente-se a glória.

Verdadeiro paraíso terreno,
O momento vivido com amor,
Nesse mistério de todo o Ser.
Constante sonhar de um renascer,
Do rasgo boreal com tanta cor
Que invade a alma com todo o veneno.

Carlos Cebolo


segunda-feira, 12 de março de 2018





MURMÚRIOS

Os últimos dias do inverno choram,
Sem o desejo do teu amor,
Preso nos murmúrios que descoloram,
Este sentido da minha dor.

Longe de ti e dos teus carinhos,
Perdido nas noites invernosas,
Na sombra, os desejos seguem sozinhos,
Procurando essas mãos carinhosas.

Todo o meu pensamento é um sonho!...
Delírios espalhados pelo espaço,
No futuro que se quer risonho.

Amor que foge por entre os dedos,
Nessa esperança do teu abraço,
São os murmúrios do meu segredo.

Carlos Cebolo


sexta-feira, 9 de março de 2018



DELÍRIO

Na cegueira do silêncio que se fez,
Com esse produzir tocante da vontade,
Onde a esperança pausa o sentir da verdade,
Sonho da vida que aos poucos se desfez.

Gelaram todas as sensações sentidas,
No emergir desse teu sorriso imperfeito,
Que plantou flores já murchas neste meu peito,
Atingido por mágoas incompreendidas.

Tudo se tornou tédio com o meu receio,
Sem norte nem sul de uma intuição divina,
No aroma perfumado do nosso meio.

Na cegueira minha deste meu sonhar,
Manto pérola de uma capa de menina,
Delírio constante do meu caminhar.

Carlos Cebolo



quarta-feira, 7 de março de 2018




PRENDA

Apenas espero um pouco de ti,
Prenda tua que quero recordar,
Esperança que ainda não pedi,
Esse doce sabor do teu beijar.

Minha amante, meu amor, minha amiga,
Na distância do encanto a despedida,
Daquele tempo alegre de rapariga,
Colhe a hora daquela vida perdida.

Por seres mulher neste mundo encantado,
Na sedução da minha perdição,
Procurando em ti, um beijo roubado,
De longe lanço a minha confissão.

E em ti poiso este meu profundo olhar,
Na esperança de poder atingir,
Teu doce lábio que quero beijar,
Com a ânsia carinhosa do teu sorrir.

Carlos Cebolo


segunda-feira, 5 de março de 2018




DISTANTE

Sempre tive este jeito no querer,
Por muito te querer, assim chorei,
Embebido, nos frívolos pensamentos.
Lágrimas soltas desse padecer,
No fosso da saudade que criei,
Para esconder todos os nossos momentos.

Meus companheiros de uma infância amada,
A lembrança do meu triste pensar,
De um sertão longínquo que se desfez,
Na terra virgem outrora conquistada.
Belas imagens que quero guardar,
Bem fundo no cofre da sensatez.

Não me condeneis a esse esquecimento!...
Na minha lembrança percorro atalhos,
Do vermelho sangue do chão imenso,
Que sempre será meu por nascimento.
Longe de ti, componho meus retalhos,
Escrevo memórias que não dispenso.

Por mais longe que essa distância pareça,
Na rebelde maneira da lembrança,
Solto memórias desse meu recanto,
Desanuviando esta minha cabeça.
Na minha mente ficou a esperança,
Das memórias que provocam o meu pranto.

Carlos Cebolo