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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

 


COLHENDO A FRESCA ARAGEM

 

Entre o querer e o pensamento,

Entre a noite e o seu sossego,

Fica guardado o momento

Daquele nosso aconchego,

Colhendo essa fresca aragem,

Seguindo o querer em viagem.

 

São lembranças da saudade,

Momentos que se viveu,

Desse tempo sem idade

Que no mundo se perdeu,

Sem sentir sua aragem,

Assim seguiu viagem.

 

Entre a vida e o viver,

A paisagem que amou

Sem ter como a defender,

Deixa a terra que o criou

E colhe a sua aragem,

Seguindo a alma em viagem.

 

Carlos Cebolo

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quinta-feira, 26 de agosto de 2021

 


PARTIDA

(Em memória de uma prima) 

Do infortúnio, sente-se a despedida,

Na ilusão do crer, essa incerteza,

Facto comum a quem ama a vida

E da morte, apenas a certeza.

 

Uma vida para sempre ausente,

No sentir da infelicidade,

Sofre-se o que a alma também sente,

Acentuado com o avançar da idade.

 

Tempo existente sem ter retorno,

Da sementeira que foi perdida

E deixa-se a alma com outro dono,

No chorar a triste despedida.

 

Por cá, a beleza emoldura a vida,

No contraste do triste momento,

Ao sentir a perda na partida

E a adrenalina do sentimento.

 

Tão grande dor que o mundo se isenta,

Nesse chorar da triste jornada,

A mágoa que assim nos apresenta,

Da vida que ficou terminada.

 

Causa estranheza a ressurreição,

Não se compreende a vida terrena

E sem se ter a confirmação,

Toda essa vida ainda vale apena.

 

Sentir a vida como passagem,

Guardar na memória a eterna amada,

Sentir parábolas como mensagem,

Fica a fraca mente resguardada.

 

Carlos Cebolo

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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

 


SIMPLES OLHAR

 

No pano celeste, a mancha escura,

Cai a noite à beira do mar,

Minha alma sente essa amargura,

Colhido do teu triste olhar.

 

Chega a névoa na madrugada,

Refresca um pouco o ambiente,

Como ela, a vida desgastada,

Tristeza da alma que se sente.

 

Esse amor que o verão traz consigo,

Vem sempre em ritmo de aventura,

Qualquer simples abraço amigo,

É sentido com mais ternura.

 

Sem tirar qualquer conclusão,

Apenas o olhar sobre o mar,

Colhe-se o amor de ocasião,

Cruzando no espaço o teu olhar.

 

Carlos Cebolo

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sexta-feira, 20 de agosto de 2021

 


RECORDAR O PASSADO

 

Do pensamento saltam recordações,

Todos os tempos vividos na mocidade

São bons laços que unem nossos corações,

Aqueles tempos vividos em liberdade.

 

Esse tempo que jamais será esquecido,

Celebrando a vida colhendo ternura,

Roubando um beijo nem sempre merecido,

Mas sempre carregado de uma certa aventura.

 

Olho para o passado, sentindo saudade,

De todo esse tempo que nos viu florescer,

Guardando até hoje toda essa pura amizade,

Lembrando esse tempo que nos fez viver.

 

São fotos guardadas no meu pensamento,

O primeiro namoro e o beijo envergonhado,

Flaches e momentos de um só sentimento,

Promessas e juras de um futuro sonhado.

 

Carlos Cebolo

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quarta-feira, 18 de agosto de 2021

 


PASSAM AS MODAS

 

Passam as modas com o tempo a voar,

As flores murcham com este calor,

É o verão que nos leva até ao mar,

Amizades que nos dão valor

E o tempo que nos põe a pensar.

 

Serão noites de todos os medos,

Os dias que afastam tristes mágoas,

O sentir falta dos aconchegos

Que forma nossas salgadas águas,

Marcando o triste desassossego.

 

Do teu olhar se solta esse rio,

Esse rio que te imunda o rosto

E que te provoca calafrio,

Tingindo a alma com esse desgosto,

Nesse tempo de amar, sempre frio.

 

Passam as modas com o tempo a voar,

Já tarda esse teu belo sorrir,

Essa livre vontade em pensar,

O renascer de novo florir,

O reaparecer de um novo olhar.

 

Carlos Cebolo

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segunda-feira, 16 de agosto de 2021

 


FATALIDADE

 

Oiço música do teu pensar,

Eterno espaço do meu desejo,

Na harmonia do meu acordar,

Quando sonho com o teu doce beijo

E no meu sonho quero ficar.

 

Nesse espaço onde nada mostra haver,

Por onde procuro a mocidade,

Não há vento nem erve a crescer,

Só um sentir da minha ansiedade,

Na procura de outro renascer.

 

Nada existe, mas tudo é real!

É real porque esse meu sonho existe.

Existindo tudo é natural,

Como natural será ser triste,

Quando esse amor se torna fatal.

 

Também fatal será meu destino,

Do sonho não se concretizar,

Segurando nesse meu desatino,

O desejo de te querer amar,

Com o pensamento tão pequenino.

 

Carlos Cebolo

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quinta-feira, 12 de agosto de 2021

 


MELANCOLIA

 

Longas noites, onde as horas não passam,

Escurece o tom da vida presente,

Naquela tristeza que o ambiente sente,

São queixumes que na noite ressacam.

 

Murcha o girassol nesse escurecer,

Falta coragem para mudar as cores

E pintar a beleza com novas flores,

Onde a vida ganhe outro renascer.

 

Toda essa breve tristeza é sentida,

No fixar sem brilho do teu olhar,

Como a vitrina de um secreto altar,

Mantém na penumbra a vida esquecida.

 

O bom perfume também esmorece,

O suave aroma perde o seu poder,

A fragância não volta a renascer

E sem aroma, vai apodrecer.

 

Carlos Cebolo

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segunda-feira, 9 de agosto de 2021

 


DOR DA ALMA

 

Fala-me de ti mulher serena,

Fala-me das mágoas que te assolam,

Das lágrimas que de ti descolam,

De algo que possa valer apena.

 

Um dia de nuvens traz tristeza,

Olha-se o tom da tristeza escura,

Mas essa escuridão não perdura

E o sol transporta sua beleza.

 

Todas as mágoas não são eternas,

O passar do tempo traz certeza

E se os anos transformam a beleza,

Também atenuam suas penas.

 

Fala-me de ti mulher sofrida,

Não alimentes essa ansiedade,

O amor sofrido não é saudade

E as lágrimas não saram essa ferida.

 

Carlos Cebolo

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quinta-feira, 5 de agosto de 2021

 


ALBERGUE DA VIDA

 

Nesta vida só se juntam pedaços,

Um pouco de tudo é sempre nada,

Por entre o ruído ficam os abraços

E lembranças de uma vida passada.

 

Meu coração é um albergue aberto,

Acolhe minha personalidade,

Amar por amar num momento certo,

Transporta-me ao tempo da mocidade.

 

Por trás do mundo, ficam as sensações,

De degrau em degrau, avança a vida,

Alberga esperança, dor e indecisões,

Sem querer preparar sua partida.

 

É um albergue que nunca está cheio,

Pela vida sente uma certa avidez,

Pouco a pouco vai perdendo o receio,

De sozinho ficar nessa altivez.

 

Carlos Cebolo

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quarta-feira, 4 de agosto de 2021

 


FRAGMENTOS DA VIDA

 

Hoje, já me vai faltando a memória,

De muita coisa, somente lembrança,

Imagino outra época, outra história

Que a maresia não trouxe mudança.

 

Nada do que sonhei me foi deixado,

Com tanta beleza também sonhei.

As miragens de um passado lembrado,

São imagens que na mente plantei.

 

O que fui antes, não me deixou dor,

E todos os meus sonhos eram encantados,

Mais velho serei outro pensador.

 

Hoje, esse meu sonhar faz mais sentido,

Dos fragmentos da vida junto os bocados,

Com o tempo, fui ficando mais sofrido.

 

Carlos Cebolo

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terça-feira, 3 de agosto de 2021

 


MEMÓRIAS QUE VIVEM

 

Teço meus poemas no tear da memória,

No tear do Universo sou solitário,

Vou tecendo a imagem no meu sudário,

Letras e palavras que fazem história.

 

Anuncia-se tempos renovados,

Insetos que cantam desafinados,

Ao picarem os frutos perfumados,

Deixam os corações angustiados.

 

Sinto medo de perder tal lembrança,

Outras imagens desse subconsciente,

Se refletem no espelho da confiança,

Perturbando a lembrança que não mente.

 

Carlos Cebolo

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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

 


INFORTÚNIO

 

Do infortúnio saem palavras,

Folhas levadas pelo vento,

São asas do meu pensamento,

As águas frias das levadas.

 

São palavras que deixam ecos,

Ouvidas em repetição,

Na loucura da perdição,

Atalhos fúteis e outros becos.

 

O desespero perdeu tudo,

Perdeu tudo que nunca teve

E no momento triste e breve,

Nessa ansiedade ficou mudo.

 

No teu silêncio essa desgraça,

Olhar profundo de agonia,

Não vejo em ti essa alegria,

Nem a vida que por ti passa.

 

Carlos Cebolo

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