Acerca de mim

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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quarta-feira, 31 de agosto de 2016



O BATER DA PORTA

Quantas vezes no silêncio, bate a saudade!...
Sonho em asas soltas, voando pelo deserto
Da vida que teima em esconder a realidade,
Desse triste tempo, sem o seu tempo certo.

Sacudo o mesmo horror, a mesma indignação,
Naquele voar entre a estrela iluminada e calma,
Que o meu olhar repele sem ter emoção,
Os gritos sentidos no interior da minha alma.

Há em tudo, aquela tristeza de finados!...
Arde em chamas, esse peito ferido de morte,
Quando essa alma solta, trespassa os cortinados
De uma vida que o tempo traçou sua sorte.

Subitamente, um relâmpago se levanta,
Iluminando aquele espaço escuro e triste,
Por onde esse meu sonho, naquele voar se encanta,
Do poder de um deus menor que já não existe.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 30 de agosto de 2016


REJEIÇÃO

O peso de um mau dia sem amor,
Quem o suportará com simpatia,
Tendo na vida apenas meia-cor,
Por onde paira a alma sem alegria.

Sempre aquele poente cheio de tristeza,
As tristes noites que perdem o alento,
Empobrecido sentir na incerteza,
Fracas alegrias com seu lamento.

E bebendo-se o som da negação,
Sem querer uma submissa segurança,
Conforta-se o já fraco coração,
Esperando aquele surgir de esperança.

A simples névoa de Outono na vida,
Amanhã certamente deixará,
Fortes mágoas naquela alma sentida,
Na vontade que permanecerá.

Aquele amor negado se perdeu,
Como perdida ficou a lealdade,
Nesses caminhos que se percorreu,
Nas noites ardentes da mocidade.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 29 de agosto de 2016


HORAS VAGAS

Horas vagas de um triste padecer,
Naquele seu cansaço quando se pensa,
Numa noite antes do seu amanhecer,
Poder acabar com a solidão imensa.

Triste engano de uma noite com seu fim,
Naquele mundo de silêncio sempre mudo,
Onde tudo acontece dentro de mim,
E esse nada em mim, parecer ser tudo.

E nesse momento em que não sei quem sou,
Pesa-me a consciência do que não existe,
Naquele triste existir que nada durou,
Esse meu momento sempre insone e triste.

Nas horas vagas deste meu pensamento,
Sinto esse frio ar da noite a madrugar,
Deixando fluir todo este meu lamento,
E sentir como seria o teu amar.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 26 de agosto de 2016



UIVO

Loucura de uma vida desprotegida,
No nascer dessa grande lua brilhante,
Trilhando os caminhos de um pequeno instante,
Uivo naquela noite de despedida,
Todos os sonhos que se encontram distantes,
Como distantes serão todos os amantes.

Lobo solitário da minha amargura,
Trilhando os caminhos ainda sonhados,
Cerra os olhos dos sentidos apurados,
Por entre o brilho baço da noite escura.

E esse uivo não ouvido na distância,
Cala a mente daquelas aberrações,
Com esse seu gritar cheio de emoções,
Entre os medos sentidos na inocência,
Atravessa a vida colhendo energia,
Daquela lua que já nasceu tardia.

Quem o uivo sente nas suas confissões,
Entre o chamar e o apelo da incerteza,
Traça com esse uivar, esperança e certeza,
Dum amor que procura suas condições.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 25 de agosto de 2016


O TEMPO É UM CONTRATEMPO

Não passando, passa o tempo,
O tempo que nos conduz,
Que se torna contratempo
No caminhar que seduz.

Tempo que nos aproxima
E que afasta o nosso ideal,
É o tempo que traça a sina,
Que nos torna Ser mortal.

Num calendário traçado,
O tempo se modifica,
É por vezes desejado,
Outras vezes mortifica.

Marca o teu aniversário,
No traçar da tua sorte,
Num cenário imaginário,
Também causa tua morte,

Este tempo que amamos,
Com o seu passar sem passar,
É o tempo que desejamos,
Com ele poder ficar.

Do tempo ser seu senhor,
Ser seu verso, sua rima,
Nele procurar seu amor,
Amor que nos aproxima.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 24 de agosto de 2016


VISÃO DA ALMA

 

Para lá do monte, habita o mundo,

Um mundo e sua natureza,

Sem aquele abismo profundo,

Alegria e sua tristeza.

 

Sob aquele céu uno e normal,

Onde nada se mostra haver,

A visão de um país real,                                                                     

Que liberta o seu padecer,

 

Surge a terra de solo quente,

Avermelhada no seu ser,

Sem essa alma da sua gente,

Gente que por lá viu nascer.

 

E foi-se a visão afinal,

A verdade do querer e ser,

Mundo de aparência normal,

Criou todo este entristecer.

 

Carlos Cebolo

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terça-feira, 23 de agosto de 2016


OCASO DA VIDA

 

Entra a noite na sua alvorada,

E com ela, o silêncio aparece,

Trazendo a nostalgia esperada,

Onde o medo também acontece.

 

Seria a hora do recolher,

Se toda a vida fosse normal.

Na solidão deste padecer,

A tristeza não é irreal.

 

Tremendo medo de ficar só,

O castigo por querer viver

Para além da vida, mete dó,

A quem por cá, fica a padecer.

 

Não se escolhe a hora pra morrer,

Nem o dia pra a vida deixar,

No saber da idade, o seu perder

Sem pensar por cá, querer ficar.

 

E assim, aparece a solidão,

Surgida nesse ocaso da vida,

Entre o delírio de um coração,

Que ao corpo, pregou sua partida.

 

Carlos Cebolo

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segunda-feira, 22 de agosto de 2016


ESTA VIDA

 

Esta vida tem dois lados:

Todos os momentos passados,

Realidade de um presente,

Por onde fervilha a mente.

Duros legados deixados,

Onde o viver é saber

Por onde se vai beber,

Aquela doce magia

Da grande sabedoria.

 

Futuro? Tudo é presente…

As suas limitações

Na luta de vida ausente,

Aceitar contradições

Como lições de uma vida,

Nesse passado, vivida.

 

É nesse olhar do passado,

Onde deixei meu legado

Que vou buscar meu saber.

Aprender como viver,

Num futuro imaginado,

Neste presente acabado.

 

Carlos Cebolo

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sexta-feira, 19 de agosto de 2016


EVA

No horror imaginado, o silêncio profundo,
Esse original pecado que tolhe o mundo,
O Éden fechado na redoma desse medo,
Salvou-se a revelação do grande segredo.

Vem até mim!... Colhe este meu amor, Adão!...
Entrelaça esses teus dedos na minha mão.
Aperta o teu peito, no meu seio agitado
Pelo amor e vamos renovar o pecado.

A Serpe mostrou-me o caminho do destino,
Alegremos este mundo, ainda menino
Onde tudo renascerá com o nosso amar:
 - Os mares, céu, a Natureza e o lindo luar.       

Repara na linda flor que podes colher
E como este pecado me tornou mulher!...
Vê como, com este meu corpo de agrado
E como é saboroso, o fruto do pecado.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 18 de agosto de 2016


TERNURA

Entre paredes de um quarto solitário,
Desvio do teu rosto o lençol de linho,
Na ternura dessa fresca madrugada.
Por entre as linhas soltas do meu diário,
Escrevo em traços de luz esse carinho,
Que é feito de uma ternura imaginada.

Pelo chão, restos de esperança desse amor,
Espalhados pela aquela tempestade,
Que assolou nossos corpos em união.                                                                
Sente-se a frescura que vem com aquele fervor,
Daqueles anos que lembram a mocidade,
Sempre vivida em perfeita comunhão.

No desalinhado de roupa espalhada,
O amor vence a sua própria perfeição,
Naquela ternura de um suave sorriso.
Meus lábios tocam tua pele desejada,
Daquele calor sentido na ocasião,
De um sentir, com o seu total improviso.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 17 de agosto de 2016



NÃO EXISTE ETERNIDADE

Quem se fiar no tempo, fica perdido,
Fica perdido entre o seu desencanto,
Na eternidade desse tempo escondido,
Perdido se esconde o amor nesse recanto
E em mim, apenas floresce este meu pranto.

As nuvens que sugam este meu pensamento,
Entre lágrimas que o silêncio comprime,
Na pressa de te ver neste meu momento,
Morrerei com esta ânsia que me reprime,
Levado pelo vento neste tormento.

Apressa-te amor, antes deste meu fim,
Aparece antes desta vida cessar,
Vem e colhe as flores deste meu jardim,
Neste instante absoluto de te querer amar.
Apressa-te, vem ficar junto de mim.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 16 de agosto de 2016


SE EU PUDESSE!...
                    
Se eu pudesse teus lábios beijar,
E sentir teu gosto matinal!...
Se eu pudesse teu rosto tocar
Com essa conjugação carnal,
Sentiria esse feliz momento,
Alegrar este meu pensamento…

Se eu pudesse sentir teu abraço,
E com ele tocar teu coração,
Sentir o calor do teu regaço,
Nele sentir toda a doce emoção,
Seria feliz nesse momento,
Ao abraçar esse sentimento.

Se eu pudesse simplesmente amar,
Sentir aquela força tamanha,
Do chamamento do teu olhar,
A vida não me seria estranha
Nem estranho seria o atrevimento,
De te trazer no meu pensamento.

Carlos Cebolo
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JANELA DO SONHO       
                                                                                                         
Sonâmbulo neste meu sonho caminhar,
Toquei teu corpo nesse belo momento,
Em que te tive, estando ainda a sonhar,
Naquele imoto tempo do pensamento.

Naquele sabor da conquista, a realidade
Desse meu sonho poder acontecer,
Forma nesta transtornada alma a saudade,
De um dia, nos teus braços adormecer.

E ter por certo, esse teu consentimento,
De nada ter, nem poder oferecer,
Permanência constante do sentimento,
Senão, aquele breve momento de ter.

Breve murmúrio deste mar em que sou,
Escravo desta conquista de amizade,
Sangra este meu coração que não sarou,
Na distância que traça a moralidade.

Asas cortadas de um sonho que quer voar,
No intento da alma, a sua imortalidade,
Nos gestos mudos que procura mostrar,
Estar grato por ter tão grande amizade.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 12 de agosto de 2016



ENTARDECER DA VIDA

Deste corpo amarrotado com o passar do tempo,
Ecoa bem alto o som, de um querer da eterna alma,
Reclamando a chama da perene juventude.

A vida passada com todo o seu contratempo,
No cuidar do invólucro que cobre e nos acalma,
Tapando essas rugas que a vida nos dá e ilude.

Será forma desse inevitável se aceitar,
Cuidando da beleza interior que nos distingue,
Dos irracionais seres que connosco coabitam,
Esta beleza da plena vida em sabedoria.

A decadência do corpo que se quer adiar,
No contraste da vida eterna que se persegue,
Na procura das forças que nos acalentam
E nos faz vencer a morte, com a eterna vitória.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 11 de agosto de 2016


MENTES DIABÓLICAS

Olhando a fria realidade de uma vida vã,
Essa humanidade desfeita apenas por capricho,
Dum ditador que desfaz o sonho da própria irmã
Matando seu filho, como se fosse apenas bicho.

Nesse poder das armas procura a imortalidade,
Naquele crer que para o povo, será o mais querido,
Acentuando o já grande fosso da desigualdade,
Do povo que julgava ser por ele, protegido.

Esse ver claro duma infértil mente negra e triste,
Que se julga brilhante no troar dos seus canhões,
Manda eliminar a oposição que ainda resiste.

Afirmando ter ele a certeza, sempre e em tudo,
Deus menor, com mãos de ferro impõe suas convicções,
Roubando a riqueza de quem, por medo, fica mudo.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 10 de agosto de 2016


INFERNO 

Chão pátrio que albergas os filhos teus,
Nesta orla duma Europa tresmalhada,
Na mendicidade dos sonhos meus,
Também sente a dor de terra queimada.

No tormento inútil da salvação,
Reza essa maldade de quem a tem,
Esse fogo posto de perdição,
Na ganância de alguns, se faz refém.

Queima-se apenas por querer queimar,
Na cortina de fumo que se adensa,
O delírio que a vil mente quer dar,
Afogando o belo, na triste crença.

O porquê dessa tão grande maldade,
Sem se compreender qualquer benefício,
Nem ser culto de qualquer irmandade,
Que impõe à terra o triste sacrifício?

Carlos Cebolo
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terça-feira, 9 de agosto de 2016


FRAGILIDADES  


Sempre aquele meu tempestuoso sonhar,
De um náufrago esperando a salvação,
Num mar tenebroso do coração,
Vontade crescente do libertar.

Fios de seda que prendem a mente,
Num casulo, com o tempo desgastado,
Relíquias trazidas daquele passado,
Teias apertadas que o corpo sente.

Ficar preso sem aquela vontade,
Casulo do corpo onde a alma se ausenta
E que por ela, também se alimenta.

Triste amor transformado em amizade,
Sem fortuna daquele destino ardente,
Aceitando um pouco de amor somente.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 8 de agosto de 2016


INDOMÁVEL SENTIMENTO

Não me lembro qual foi o sonho ido,
Nem sei, se contigo eu sonhei,
Se acordado ou já adormecido,
Só sei que teus lábios eu beijei.

No sonho vi que estava desperto,
Tão desperto como o intenso luar,
Lua cheia deste meu deserto,
Onde o corpo vai a caminhar.

E esse teu beijo que ainda guardo,
Como guardado está o desejo,
Desse doce sabor teu legado,
Oferecido nesse teu beijo.

E pudera eu poder repetir,
O sonho tornado realidade,
Nos meus lábios, teus lábios sentir,
Todo esse calor da mocidade.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 5 de agosto de 2016



FRIO ETERNO

                    
Medonho encanto onde as sombras murmuram,
Naquele desterro de estrema saudade,
Na incógnita que traça a realidade,
De uma vida, onde as vidas não perduram.

Há flores murchas naquele curso sem sol,
Primaveras tristes que não sucedem,
Nos jardins sem encanto no fim do Éden,
As tristes almas, envoltas no lençol.

Sempre um cinzento tédio, noite inteira,
Penumbra de um côncavo lamentoso,
Essa vida eterna, não verdadeira.

Promessa de habitar a claridade,
Dogma que se prevê ser duvidoso,
Crê o ser, encontrar a eternidade.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 4 de agosto de 2016


PARTIR SEM RECORDAÇÃO

Passo a passo, na alfombra do jardim,
Caminha solitária a alma vazia,
Na sombra que passa dentro de mim,
Silêncio que a própria vida trazia,
Sem glória, dá e nega a fé assim.

Alma feito grande nessa tristeza,
Naquele irreal mundo seu, se perdeu.
Quão pequena foi naquela incerteza,
Do mundo mudo e surdo que foi seu,
Insónia avulta dessa natureza.

Na sombra da vida, sua clareza,
Nos parcos momentos de lucidez,
Onde não houve Deus nem Natureza,
Que a salvasse daquela embriaguez,
Ofuscando o que foi, sua beleza.

Há muito, deste Mundo se perdeu,
Aquela que foi porto, salvação.
Velas içadas naquele Mundo Orfeu,
Sem ter vivência da recordação,
Nessa triste doença com que viveu.

O esquecimento da mente varrida,
Memória que regressa à sua infância,
Degrada toda a vivência vivida,
Naquele sentir duma pura inocência,
Nos últimos dias da sua vida.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 3 de agosto de 2016


MEMORIAL

À minha porta bateu a saudade,
Deixei fluir esse meu sentimento,
Entre a luz duma estranha claridade,
Poisando essa visão no pensamento.

Um pouco de mim, partiu nessa dor,
Visão triste dum acontecimento,
Alma pura que só deixou amor,
Assim partiu, sem deixar um lamento.

Na tristeza da vida, o sofrimento,
A tantos embalou na sua vida
E assim partiu com todo o seu tormento,
Duma memória sem ter despedida.

Corpo que ficou sem recordação,
Alma que viajou só na caminhada,
Naquele bater suave dum coração,
Sem ter a bela partida sonhada.

Fruto de uma cepa amadurecida,
Viveu todos os momentos na saudade,
No silêncio da vida entristecida,
Da doença que a levou à eternidade.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 2 de agosto de 2016


DESTINO

Na palma da mão, traçado está o destino,
Por entre traços e linhas, o que senti,
Naquela indiferença de um berço de menino,
Cruzam palavras, fardos, tudo o que vivi,
No marcar do destino com seu desatino.

Sonho com esses símbolos que traçam a vida,
Em forma de peixe pregado numa cruz,
Esses pescadores que preparam a partida,
Por entre um espelho que reflecte a sua luz,
Traçando o caminho da vida dividida.

Por caminhos diferentes deste pensamento,
Segue o arbítrio desígnio do oráculo cigano,
Procurando mostrar todo aquele sentimento,
Dum caminhar seguro, sem haver encano,
Mostrando que tudo é nada em qualquer momento.

Carlos Cebolo
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