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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

       
   INSÓNIAS
         15/02/2012

No aconchego da minha cama,
Quando as insónias aparecem
Sem qualquer aviso presente;
Tempos esquecidos que se reclama,
Anseios e tormentas que se esquecem,
Dum passado que se quer ausente;
Aparecem do nada trazendo desilusões,
Lembranças da minha juventude,
Caminhos cheios de velhas ilusões,
Vividas com uma outra atitude.
Recordo Angola, Vilas e cidades,
Estrelas, caminhos e ruelas esquecidas,
Do belo país que se perdeu,
Ganhando uma outra liberdade
Na prisão de mentes ressequidas.
Com sono e sem poder dormir,
Procuro um motivo que dê sentido,
Algo que me faça discernir,
Este triste destino consentido.
Triste destino que não planeei,
Mas que por alguém me foi oferecido,
Para deixar a terra que sempre amei,
Sem ter um futuro garantido.
Os culpados desta triste loucura,
De uma descolonização com muitos riscos,
Criaram toda esta péssima aventura,
Com o intuito de ficarem ricos.
Muitas vidas inocentes se perderam,
Em nome de uma revolução,
Rios de sangue que correram,
Gritos de morte que se tornaram canção.
Um povo que lutou pela liberdade,
Do jugo opressor da escravatura,
Ganhou uma outra nacionalidade,
Na escravatura que agora perdura.
Do outro lado da grande Nação,
Lacaios tomaram o belo poder,
Governam sem ao povo dar a mão,
Ficam ricos sem se perceber.
Ao povo dizem que ganhou a liberdade,
Libertos do velho ditador e senhor,
Que por sinal já tinha morrido com a idade,
Mas antes governou Portugal com amor.
No país onde nasceu e que tanto amou,
Deixou um grande valor monetário,
Que entregou a quem contra ele lutou,
E a quem ao povo chamam otário.
Cabe ao povo fazer a diferença,
De quem governou e morreu pobre,
Daquele que agora dita a sentença,
Aparece pobre e de riquezas se cobre.

Carlos Cebolo




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