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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013





  ANOS CONTURBADOS DE UMA ANGOLA  
                    EM MUDANÇA                                                   
                                XX Parte
Dois anos depois de estar no Polícia, Carlos, que tinha os estudos necessários e exigidos, concorre a subchefe. Passa no exame de admissão e vai para Alcântara tirar o curso.
Depois do curso, Carlos é colocado a seu pedido em Algés/Miraflores, como subchefe, uma vez que para Viana do Castelo, teria de seguir uma lista de antiguidades.
Em Algés, Carlos procurava estudar e tirar dentro da própria polícia, o maior número de cursos e especialidades que pudesse, pois sabia que com certas especialidades, poderia ir mais rápido para Viana do Castelo, sua terra adoptiva.
Ao ler a ordem de serviço, reparou que a polícia estava a fazer concursos para instrutores de educação física, cujo curso seria tirado no CEFA – Centro de Educação Física da Armada, no Alfeite.
Mais uma vez, Carlos concorreu, foi fazer provas e passou.
Foi então para o CEFA, onde tirou o curso de educação física.
Com o curso na mão, Carlos foi colocado em Viana do Castelo, como instrutor de educação física da Polícia.
Em Viana, estava em casa e a vida tinha melhorado bastante, não só em termos económicos, mas também em estatuto.
Embora a vida de Carlos tinha melhorado bastante, Carlos não ficou parado em Viana do Castelo. Devido ao curso de educação física, foi várias vezes chamado para dar instrução em Torres Novas.
Carlos que não era homem de ficar parado, continuou a tirar outros cursos que apareciam dentro da Polícia
Atingiu assim o posto máximo existente na polícia de base e aí, parou. O posto acima era o início dos postos destinados aos oficiais da academia policial e para aí, Carlos já tinha passado da idade.
Mas não parou de estudar e tirar outros cursos específicos dentro da sua função.
Hoje, encontra-se aposentado, mas não deixou de tentar fazer algo que o mantenha ocupado.
Aderindo às novas tecnologias, criou um blogue onde escreve contos infantis, diferentes dos contos clássicos e já extremamente conhecidos e esbatidos, assim como também escreve poemas, principalmente que o fazem recordar a sua terra natal. Angola.
Esta é uma história verídica, vivida não só pelo autor, mas por milhares de portugueses nascidos nos territórios africanos.
Uns, como Carlos, tiveram sorte e refizeram a sua vida. Outros, menos afortunados, vivem em completo abandono, esquecidos que um dia, foram os grandes defensores de Portugal em terras de África.
FIM
Carlos Cebolo
Com este capítulo termino este pequeno resumo de uma vida igual a tantas outras que, por força de uma política mal dirigida, foi apanhada pelas teias de um drama vivido na realidade da incerteza que depois de 37 anos, ainda continua a ter os seus efeitos nefastos.
Pensei muitas vezes se deveria aqui publicar ou não esta história verídica que pode trazer à lembrança factos muito dolorosos. Mas depois de muito pensar, fiz questão de publicar este pequeno resumo da minha vida, que como disse, é igual ou semelhante a muitas outras de quem veio de África com a revolução, para que os nossos descendentes possam saber um pouco QUEM SOMOS; DE ONDE VIEMOS; O QUE SOFREMOS E O PORQUÊ DA NOSSA CONSTANTE REVOLTA. (Os factos narrados reportam-se apenas ao período entre 1961 a 1976)
O autor
Carlos António de Oliveira Cebolo

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