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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

terça-feira, 18 de junho de 2013


RETRATOS DE UMA VIDA

Nuvem passageira da minha solidão,
Que na incerteza da noite frígida,
A tua presença arrefece a emoção,
Da felicidade há muito esmorecida.

Contra ventos fortes e vendavais,
Com o cheiro de mistério no ar,
De encontros nem sempre reais,
Da irrealidade que se quer agarrar.

Entre brincadeiras, risos e mistério,
Deixar escapar um amor escondido,
Na passagem de algo não muito sério,
Na partilha com um grande amigo.

O amor distante será sempre esperado,
No Calor que o corpo na ausência sente,
Do contacto do corpo do eterno amado.

Para sempre, a verdade do amor esperado,
Numa união fraterna que a mente consente,
Na aberta brecha do esperado pecado.

Fruto vadio duma imaginação quente,
Que leva a alma ao momento desesperado,
Com o pensamento que não lhe sai da mente,
Sabendo que certo está, o pecado adiado.

Que sina, de quem é atraído tanto assim!...
O desejo de um contacto físico carnal,
Que à própria alma transmite o seu sim,
Em querer e esperar, o desejado sinal.

Apenas tesão no pensamento plantado,
Que de um sorrido aberto e decente,
Procura encontrar o convite desejado,
Do desejado sexo, sempre presente.

Querer, quer, mas não pode gostar,
Nos tramas que o forte destino tece.
A atracção que sente, não pode desejar,
E desse terrível destino, agora padece.

Fica o futuro presente, assim desenhado,
Com poucas esperanças de concretização,
De uma aventura, pelo corpo desejado,
Como prémio que sirva de consolação.



Carlos Cebolo





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