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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012



PORTAS QUE ABRIL ABRIU
E QUE O POVO AINDA AS NÃO VIU
15/1172012

Educação,
Igualdade,
Saúde,
Liberdade de expressão,
Nacionalidade,
Tudo isto ilude.
Ilustre povo lusitano,
Que em Abril isto conquistaste,
És hoje, levado ao engano,
Pelos políticos que criaste.
Continuas a ser maltratado,
Na democracia do interesse
E apenas vês o futuro amaldiçoado.
Salários de miséria,
Trabalho quase escravo.
Políticos enriquecidos,
Com política pouco séria,
Que na lapela usam o cravo,
Dos heróis já esquecidos.
O tempo é de luta popular,
Mostra aos tiranos quem manda,
Este país é o nosso lar,
Vão reinar para outra banda.
Povo ilustre lusitano!...
Abre os olhos e vê com atenção,
De onde vem todo o engano,
Que governa esta Nação.
Poucos, cada vez com mais dinheiro,
O povo trabalhador passa fome,
Está a chegar o momento derradeiro,
Para acabar com o que nos consome.
As portas que Abril abriu,
O povo ainda as não viu!
O nosso voto é a nossa força,
Nas urnas deve ser plantado,
Não ergueremos a nossa forca,
Com o voto mal orientado.
Antes do Sol nascer,
Já estás de pé,
Na labuta sempre a correr,
Fortaleces a tua fé.
Procuras um Portugal,
Que em casa não falte pão,
Com o trabalho levantar a moral,
Para uma nova revolução.
Revolução da rosa ou cravo,
Com militares ou só o povo,
Não quer voltar a ser escravo,
Num país ditador de novo.
As portas que Abril abriu,
O povo ainda as não viu!
Povo ilustre lusitano,
De terras de Santa Maria,
Luta contra este engano,
Nas urnas da democracia.
Mostra bem a tua dor,
Sem medo e com valentia,
Derruba o novo ditador,
E a sua política doentia.
O tempo é de luta popular,
Mostra ao tirano quem manda,
Este país é o nosso lar,
Vão reinar para a outra banda.
Por mais que nos doa a garganta,
Não calaremos a nossa voz,
Enquanto houver entre nós,
Quem nos rouba a poupança,
Valendo-se da sua liderança
E com isso ficar contente,
O que rouba ou o que mente.
As conquistas de Abril,
Abertas para o povo,
Numa manobra vil,
Fecharam-se de novo.
Desigualdade que não se aceita,
Neste nosso eterno Portugal,
Onde o povo quer ser igual
E a nacionalidade não rejeita,
Em nome de uma qualquer seita,
Que tem a economia na mente,
Que sempre julgo que mente.
As portas que Abril abriu,
O povo ainda as não viu!
Se valores altos eu sentisse,
Em medidas sem ter Lei;
Por muito que eu já perdoei,
Se algo de bom se construísse,
Ou futuro de valor se previsse;
Na ilustre e ressequida mente,
Não mais direi que mente.
Povo ilustre lusitano,
Que em Abril tudo conquistaste,
Não te deixes levar no engano,
Por dívidas que não criaste.
Tudo que por nós foi conseguido,
Neste nosso eterno Portugal,
É sagrado contrato social,
Que agora se encontra corroído,
Com o dinheiro mal distribuído.
Há quem zumbe de quem sente
E quer que o povo fique contente.
As portas que Abril abriu,
O povo ainda as não viu!
Neste novo Mundo sem moral,
Rouba-se em plena luz do dia,
Utilizando a força ou a mestria,
Aplicando-se uma lei temporal,
Num ambiente por si só imoral.
O povo chora porque sente,
Que o belo país está doente.
Povo ilustre lusitano,
Que de terras de Viriato,
Partiste a desbravar o mar,
Não te dês ao encano,
Reage de imediato,
Não tenhas medo de lutar.
Má memória tem minha amada,
Esta terra das mais formosas,
Que já foste das mais poderosas,
Noutros tempos e era passada,
Cumpriste sempre a palavra dada.
Vê agora esta rude e triste gente,
O poderoso político que mente.
Povo lusitano de bom coração,
Sempre teve costumes brandos,
Com gente ilustre nos comandos,
Desta tão nobre e bela Nação,
Que em Camões já foi canção.
Neste chão que já foi semente,
Sente agora que o político mente.
As portas que Abril abriu,
O povo ainda as não viu!

Carlos Cebolo

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