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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

terça-feira, 28 de abril de 2015

    

 HORA MORTA

Plácidas horas da madrugada,
Em que lento, lento vai o tempo,
Sonolência da vida arrastada,
No pesadelo do contratempo.

O minuto se assemelha à hora,
Desse tempo perdido e fútil,
Que a alma, o seu próprio corpo ignora,
Pensar que deixou de ser útil.

E estando de si próprio ausente,
No tão divinamente pensar,
O desassossego que a alma sente,
Na hora oca que não quer passar.

Como náufrago em mar aberto,
Corpo perdido em sono profundo,
Desperta a alma a perigo descoberto,
No limiar de entrada doutro Mundo.

E nesta persistente morta hora,
Como a espuma que na areia morre,
Vinda duma onda do mar que chora,
A triste alma que para o corpo corre.

Um forte sentido assim presente,
Sossega a alma no seu doce leito,
Limpa das mágoas que o corpo sente,
No traçar da sina a seu preceito.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/


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