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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

sexta-feira, 17 de abril de 2015

               

SAUDADES

Neste Mundo estrelado de coisas ocas,
Olho um passado de lembranças caídas,
Procurando sentir o gosto de outras bocas,
No crepúsculo renascente de outras vidas.

Ao meu redor, vejo um Mundo imperfeito,
Constelações brilhantes no abismo profundo,
De uma fraca sintonia seguida a preceito,
Formando este meu triste Mundo imundo.

Sinto necessidade de algo que me faça sonhar,
Que me faça recordar a quente cor vermelha,
Da terra que teima em fugir do meu olhar,
Escondida por de trás da luz que tudo espelha.

Quero encontrar-te na penumbra da névoa,
Que de África vem subindo ao encontrão,
Em batalha desigual que no tempo ecoa,
Como quem busca, o seu desejado Sebastião.

De Alcácer Quibir fazer o desejado salto,
Passar muito para além da linha do Equador,
Entrar no lindo Zaire com um padrão alto
E declamar à bela Angola, todo o meu amor.

Seria este, o meu grande e eterno desejado,
Perdido na bruma das noites das tristezas,
D’um passado para sempre lembrado e amado
E de um futuro próximo, apenas com incertezas.

O regresso do desejado passado, vivido e sentido,
Ouvido sem esperanças, no retorno de um eco,
Que salve este meu lindo reinado desaparecido,
Na ânsia de não te ver, neste Mundo em que me perco.

Sinto vivo esse desejo, na mente de ideias despida,
Sedento da tua cor e beleza de aroma perfumado,
Esquecido nas longínquas emoções da despedida,
Do silencio, no mistério daquele belo chão sagrado.

Amar-te-ei eternamente, quente e desnudada da realidade,
Sôfrego do teu doce néctar cristalino que me vicia,
Onde sacio a sede, em imagens distorcidas da verdade,
Crente na vindoura promessa que aquele povo merecia.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/

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