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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

         


        OIÇO-TE

Oiço-te no silêncio da saudade,
Das flores abraçadas ao vento,
Que procuram agarrar a eternidade,
Na ânsia de salvar o pensamento.

No nascer do arco-íris da ilusão,
Liberto-me em mistérios e ousadias,
Onde escrevo em tons de solidão,
Os sons das madrugadas tardias.

Oiço a tua voz em melodias de amor,
Doce água que desagua no meu mar,
Que arrepia a minha pele com ardor,
Na doçura que me abraça sem tocar.

Viajo na eternidade da paixão,
No éter do amor em melodia,
Divago na sensação da emoção,
Tocando o ponto alto da magia.

Estás ausente em espuma branca,
Em devaneios de pura sedução,
Entre luares, estrelas e aliança,
O mistério da tua forte paixão.

Oiço-te em sons belos da Natureza,
Lamentos do suave vento sem fim,
Onde falas de amores na incerteza,
Em ecos encontrados dentro de mim.

Oiço-te nas cores da água abençoada,
Formas de soluços em pingos de calor,
Entre as tuas tristes frases inacabadas,
Que prometem propostas do teu amor.

Sentidos tristes nas baladas tocadas,
Sem harmonia da beleza realidade,
Das sinfonias que ficaram adiadas,
Na gaveta do sentimento da verdade.

Oiço o teu amargo silêncio de alerta,
No incessante grito louco da tua alma,
Neste profundo silêncio que desperta,
A realidade triste, do sentir que acalma.

Oiço no toque dos teus dedos em mim,
Um profundo sentir do teu desespero,
No sentimento que renasce por fim,
Selado com o beijo que julgo sincero.

Demónios e santos em forte disputa,
Na liderança do libido prazer carnal,
Tentação da alma em constante luta,
Na difícil escolha do bem e do mal.

Oiço teu corpo combater a alma,
Nesse feroz combate pela moral,
O anjo da guarda na noite calma,
Em contraste com o dia infernal.

Oiço-te dizer sem te ouvir falar,
Vem a este combate derradeiro,
Preparada estou para te amar
E oferecer-te o corpo por inteiro.

Carlos Cebolo





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