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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

terça-feira, 30 de abril de 2013



ELEFANTE KALUNGA

Elefante negro majestoso
Das terras do Kuamato.
Dá o teu grito de glória,
Não passes por medroso,
Luta para fazes história.

Não fiques aí deprimido,
Cabeça erguida é dignidade,
Escolhe um caminho decidido,
Procura a tua nacionalidade.

A riqueza que o país tem,
É do povo por direito,
Não deixes de a quereres também,
Reclama-a para teu proveito.

Angola não tem dono,
Abre os olhos Kalunga!...
Combate a mosca do sono.
Angola não é só Luanda,
Não é nada de outro Mundo.
O povo não é só Kimbundu,
Vê por onde a riqueza anda,
Reclama pelo teu futundo.

Kalunga parte as correntes,
Liberta-te da depressão,
Acaba com a tristeza que sentes,
Procura por outra condição.
.
Carlos Cebolo

quinta-feira, 25 de abril de 2013



MEMÓRIAS DE ABRIL

Uns choram!...
Outros cantam.
Nas asas da liberdade a opressão,
Da lei imposta sem condição.

Vive-se pensando na saudade,
De tempos que não voltam mais.
Tempos vividos na mocidade,
Hoje lembrados com ais.

Os ses sempre presente,
Na boca do povo que sofre,
As injustiças que o corpo sente.

E tudo o mais se consente,
A democracia guardada no cofre,
Desta pobre, mas nobre gente.

Festejos da data querida,
Com sonhos de vida mudada,
Da liberdade prometida,
O povo não vê nada.

Mudam-se os tempos,
Mantêm-se as vontades.

A liberdade plena do povo,
São apenas contratempos,
Onde se escondem as verdades,
De uma ditadura de novo.

Abril de vermelhos cravos,
Gaivotas da liberdade,
Formam novos escravos,
Na política da desigualdade.

Carlos Cebolo

segunda-feira, 22 de abril de 2013




NOITE LOUCA

Noite Louca!...
Gritos no silêncio do nada…
Ouvidos mudos da minha paixão!
Um beijo na tua boca,
O teu sabor na alma guardada,
Aquecem o meu coração.
Teu brilho no meu espaço,
A magia que é só tua…
Voar ao sabor do tempo,
No teu corpo que abraço,
Sinto a tua pele nua,
Guardada no pensamento.
Lágrimas soltas do teu olhar,
Teu perfume de primavera,
Que afaga o meu amanhecer.
A tua bela forma de amar,
Sempre à minha espera,
No prazer do entardecer.
Sonhadora, traças o destino,
Em lembranças sentidas,
Na brisa do nosso Outono.
Sonhas em sons de violino,
Lembras as almas esquecidas,
Perdidas nas noites sem sono.
Noite Louca!...
Sedenta de emoções,
Gritos surdos ouvidos,
Do som da tua boca.
Recordações
De amores vividos,
Que a alma sente
E o corpo consente.

Carlos Cebolo

sábado, 13 de abril de 2013


         

         BEIJO
Se beijar pudesse eu beijar,
Uma boca húmida e ardente,
Beijaria a tua simplesmente,
Por em ti, estar eu a pensar.

Ser em ti a chama ardente,
De um amor na pura magia,
Que este coração consente,
No teu doce beijo, a alegria.

Nesses teus lábios a segredar,
O amor que agora se sente,
No teu profundo embriagar.

Esses teus lábios quero lembrar,
Com o amor sempre presente,
O grande beijo que te quero dar.

Carlos Cebolo