Acerca de mim

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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

            

            OCASO

Há quem fique feliz com o pôr-do-sol!...
A mim, isso simplesmente me aflige,
Não por ser apenas o pôr-do-sol,
Mas talvez, porque a escuridão me atinge.

Assim como me preocupa o momento,
De ver o rei sol desaparecer,
Levando consigo o forte lamento,
De um dia que espera para renascer,
Também minha alma fica na saudade,
Para voltar ao bom calor do sol,
Ouvindo o vento com sua verdade.

O vento que passa e nada me diz,
Naquela escuridão do pôr-do-sol,
Apenas me fala do que não fiz.

À noite, todos os gatos são pardos!...
O branco é negro no profundo ser,
E o próprio tempo, aumenta os seus retardos,
Com receio de desaparecer.

Muito me diz, o seu encantamento,
Procuro no pôr-do-sol o momento…

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

       

    SER FINGIDOR

Dizem que escrevo o que não sinto,
Em tudo o que escrevo não minto,
Falo de puros sentimentos,
Sentidos em vários momentos.

Se não sinto, outros sentirão,
Este escrever do coração,
Nesta imaginação do Ser,
Imaginando o seu sofrer.

Neste escrever sou fingidor,
Sonho com este padecer,
Que ao mundo causa sua dor.

Se daí algum mal provir,
Sem querer ver alguém sofrer,
Passo a escrever a mentir.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 26 de agosto de 2014

      

      ESPLENDOR

Naquele sorriso franco e solidário,
De vermelho em horas silenciosas,
Acompanha o eterno solitário,
Por entre o jardim de flores ditosas.

Pudesse eu ser lenço de seda bela,
Onde ela limpa a lágrima singela.

Pele morena como as doces africanas,
Seios firmes na sua indecisão,
Naquela altivez próprio das ciganas,
Faz fraquejar este meu coração.

Fosse eu os seus vestidos alongados,
E pudesse escutar os seus pecados.

Naquela noite de perfeito luar,
Ecoa o seu grito silencioso,
De mulher frágil que só quer amar,
Com seu belo encanto malicioso.

Pudesse eu ser lua com o seu luar,
E seu belos lábios poder beijar.

Aquelas noites belas e saudosas,
No jardim ricamente ornamentado,
Por entre as flores frescas e amorosas,
Foi o seu amor também renegado.

Pudesse eu ser o sol da sua vida,
Não a queria assim, arrependida.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 25 de agosto de 2014


DEUS MENOR

Não vejo tão boa sorte,
Nem aventura que valha,
Mesmo tendo a vida velha,
Há quem já não tema a morte.

Tendo um só sopro de vida,
Esse tempo vai correndo,
Com a morte por escondida,
Na vida que vai vivendo.

No fim, tudo se consome,
Não tendo nada por certo,
Essa alma que nunca dorme,
Vive com o fim tão perto.

Se cá entre nós nascemos,
Filhos menores da terra,
No incerto também vivemos,
Com a sina que nunca erra.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 22 de agosto de 2014



CABO DO MUNDO
Subi ao cabo do Mundo,
Apenas para te ver,
Chamei pelo mar profundo,
Até o deus sol nascer.
Não te vi nesse horizonte,
O teu calor não senti,
Coberta por grande monte,
Escondeste-te de mim.
Subi ao cabo maior,
Para o teu cheiro sorver,
Na minha alma trago dor,
Sem estar por lá a viver.
Não te vi por onde olhei,
Terra vermelha de amor,
A terra que tanto amei,
Também me causou a dor.
Subi ao cabo do mundo,
Apenas para te ver,
Ao ver um país imundo,
Não te quis reconhecer.
Carlos Cebolo




quinta-feira, 21 de agosto de 2014


MISTÉRIO DO SONHO

Sonhei!... Que saiba nada de concreto,
Mas já desperto, veio a confusão,
Daquele sonho que tive tão discreto,
Na confusão que só os sonhos dão.

As calmarias em mares imensos,
Essa realidade da ilusão,
Que ao dormir, soltam outros universos,
Sombras piores que a escuridão.

Nos sonhos, tudo é pura confusão,
Uma mescla de fortes sentimentos,
Num universo de pura emoção.

Na irrealidade indefinida,
Dum sonho com os eternos momentos,
Que não se sabe se é sonho, ou vida!...

Carlos Cebolo
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terça-feira, 19 de agosto de 2014



O SENTIR DA AMIZADE

Sou flor frágil no sentimento,
Preciso de um forte carinho,
Um doce abraço no momento,
Não me deixes morrer sozinho.

No abraço, sentir teu calor,
A protecção do meu viver,
Que acabe com o meu sofrer,
Nos teus braços sentir amor.

Dá-me um abraço carinhoso,
No sentir da nossa amizade,
Essa sim, sem qualquer idade.

Sem mágoas ou ressentimentos,
Que o teu sol, seja radioso,
Nestes meus últimos momentos.

Carlos cebolo
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segunda-feira, 18 de agosto de 2014


CORAÇÃO FECHADO

Aquele fumo que troveja,
Fogo do seu coração,
Essa beleza que inveja,
Toda a perfeita união,
Esse corpo que deseja.

O alvo carvão em chama,
Fogo frio do vulcão,
Feliz vida que reclama,
Impondo uma solução,
Reacender sua chama.

E novamente tentar,
Na certeza de vencer,
A força do crer amar,
Sabendo que vai sofrer,
Nesse novo caminhar.

Esse temporal de amor,
Que em tudo é natural,
Nesse inverno traz calor,
Como um doce vendaval,
Que amaina a triste e vil dor.

Frio escaldante, pecado,
Alma triste sofredora,
Dum passado amargurado,
Nesta vida acolhedora,
Abre o coração fechado.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 15 de agosto de 2014


LÁGRIMAS MAGOADAS

Naquela triste, mas linda madrugada,
Cheia de magia, senti a saudade,
Duma vida celebrada e desgastada,
Em tempos idos da minha mocidade.

Lua prateada na sua vontade,
Ilumina o amor na triste alma apagada,
Sai da escuridão e vai p’ra claridade,
Para alegrar esta triste madrugada.

E se vires cair lágrimas a fio,
Que dos meus tristes olhos são derivadas,
Forma com elas, um lago junto ao rio.

Ao sentires essas lágrimas magoadas,
Entre tristes palavras dum fogo frio,
Dá descanso a esta alma desgovernada.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

  

  SANGUE VIVO

No veludo olhar, afirmação!...
No seu corpo um mundo a descobrir,
Cada toque, nova sensação
Entre os seus gemidos, o florir,
Num desabrochar, a emoção.

Sentir o seu pulso acelerado,
No desejo do real amor,
É ter um prazer anunciado,
Com o paladar do seu suor,
Na descoberta do desejado.

Naquela ansiedade apaixonante,
Os seios na boca, doce mel,
Com um palpitar hilariante,
Desse seu belo corpo infiel,
Nos braços quentes do seu amante.

Nudez no mistério da mulher,
Carícias em dedos perfumados,
Que seus caminhos sabem escolher,
Entre gemidos aprofundados,
Desse sedento corpo, colher.

O sangue vivo em pétala nua,
Que a faz vibrar apaixonada,
Com o querer gritar, serei tua,
Respira-se pela madrugada,
O belo néctar, ao som da lua.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

        

      MINHA TERRA

Tenho no meu sangue, aquele cheiro doce,
O cheiro da terra molhada e do mar,
Terra vermelha, como se sangue fosse,
Que atormenta este meu já tristonho olhar.

Tenho saudades da terra onde nasci,
De seu nome Lubango, terra formosa,
Onde ao nascer, os belos olhos abri
E contemplei paisagem maravilhosa.

Naquela terra humilde de grande valor,
A minha boa sina não se cumpriu
E a partida, provocou minha dor.

O triste destino traçado ao nascer,
Ser triste, na maneira como surgiu,
Não me leva a querer ir por lá viver.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 12 de agosto de 2014


NUNCA É TARDE

A esperança não morre!...
Nunca é tarde para ver o sol nascer,
Cristalina água que corre,
Faz este amor florescer,
Lume brando que dos teus seios escorre.

À noite, chega a ansiedade!...
Desdobra-se em requintes de beleza,
Traz consigo a saudade,
Promovendo a incerteza,
Daquele débil amor da mocidade.

Nunca é tarde para amar,
Aquele turvo e triste olhar martirizado,
Sentido no teu olhar,
Entre o sorriso gelado,
Que dos lindos lábios, sorvo o teu beijar.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 11 de agosto de 2014


MELANCOLIA

Olhar fixo nesse azul do céu,
Exercício de pura ficção,
Uma alma coberta com seu véu,
Traça o destino do coração.

Aquele olhar mortiço sem chama
Rosto sombrio no seu olhar,
A felicidade que reclama,
Esse tempo que vê a passar.

Naquele quadro traçado sem arte,
Reflectido nessa chama fria,
Que do seu coração, assim parte.

Na distracção da vida, o sentir
Dum amor que perdeu a magia,
Na grande vontade de fugir.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 8 de agosto de 2014


DE LONGE

De longe!....
Olho-te com saudades…
Receio de te ver,
Saudades de te amar,
Esquecendo as maldades.
Sim!...
As maldades que teu povo praticou,
Escorraçando seu irmão,
Que aquela terra amou
E traz no coração o perdão.
De longe!...
Vejo o teu florescer…
O teu eterno caminhar,
O irmão negro a padecer,
O político a roubar.
Oiço o grito das zungueiras,
Na luta da sobrevivência,
Recordo as velhas mangueiras,
O imbondeiro e a inocência.
De longe!...
Vejo o irmão da mocidade,
A liberdade acorrentada,
A luta pela liberdade,
A juventude amordaçada.
De longe!...
Vejo o político enriquecer,
O povo a passar fome,
A juventude a morrer,
A tristeza que as consome.
De longe!...
Oiço o grito dos inocentes,
O batuque da saudade,
A vida que se retira.
Maldades inconscientes,
Proclamando a verdade,
No impor da mentira.
De longe!...
Oiço o teu grito de revolta,
No matar por matar,
A vontade que se solta,
Por não querer voltar!...

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 7 de agosto de 2014


RECLAMAÇÃO

Algo fria, noite breu,
Casta alma no mundo te perdeste,
Com o devaneio teu,
Amor que não tiveste,
No eterno mundo que se escondeu.

Flor silvestre do jardim,
Entre outras de tamanha beleza,
Serás pedaço de mim.
Disso tenho certeza,
Por seres rosa e eu puro jasmim.

Queres o teu corpo dar,
Na esperança de um grande amor,
Emoção no teu amar,
Que acabe com a dor
Na alma que não para de reclamar.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

          
       
FÉRIAS

Sem querer nada fazer,
Descansa o corpo e a alma,
Com o corpo a merecer,
Junto ao mar que o acalma,
Belo espaço de lazer.

Demoraram a chegar,
Estas férias merecidas,
São rápidas a acabar
Mas não serão esquecidas,
Quando ao trabalho voltar.

O importante é descansar
Ser no campo ou na praia,
O lindo país lembrar,
No litoral ou na raia,
É sempre útil passear.

Voltar à terra Natal,
Mesmo que, por pouco tempo,
É um descanso real,
Com pequeno contratempo,
Ser rápido o seu final.

Ver bailes e romaria,
Lembrar sua mocidade,
A terra e sua alegria,
Agora com mais idade,
Mostram a mesma magia.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 5 de agosto de 2014


POEMA DA VIDA

Vida por vida sentir,
Os sentires de uma vida intemporal,
Do querer chorar e rir,
Por entre o bem e o mal,
Quando uma vida se apresenta a sorrir.

Ter de nascer p’ra morrer,
A felicidade terrena que alcança,
No querer ter e não ter,
Promovendo a mudança
De uma vida, neste mundo a padecer.

Triste realidade humana,
Na serenidade do amar e odiar,
Contraste que não engana,
Em todo este caminhar,
Por este mundo egoísta e muito sacana.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 4 de agosto de 2014


INEXISTÊNCIA

Viver saudades do nada,
Uma dor de alma sem crer,
Felicidade adiada
Na vontade de morrer,
Com esta vida agastada.

No caminhar sem lhe ver,
Em direcção ao sol poente,
Atrasando o entardecer…
Querer um mundo diferente,
Nova vida a florescer.

Não existes no caminho,
Encantamento do Ser,
Onde existe o seu carinho.
Nesse corpo entristecer
E continuar sozinho.

Se for esta a sua sina,
Do amor sempre procurar,
Esse sonho de menina,
Com seu corpo feito mar,
Entre ondas de cafeína.

Aos fantasmas do passado,
Com o dever de enterrar,
Mar revolto desejado.
Seu esbelto corpo mar,
Em destino procurado.

Essa saudade que arde,
Na poesia o seu legado,
Destino que se faz tarde,
Desse segredo guardado,
Sentindo a realidade.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 1 de agosto de 2014


MULHER MENINA

Ser mulher menina,
Espírito jovem, uma rebeldia,
No amor traçar a sina,
Da vontade tardia,
Que esta triste vida, também ensina.

Ser capaz de viver,
Construir um intenso e doce amor,
Com a alma a florescer,
Neste corpo de dor,
Que procura o eterno renascer.

Ser mulher menina,
Com vontade de aprender e ensinar,
Querer ser cafeína,
Que droga com o amar,
E por ti, ser chamada de divina.

Carlos Cebolo
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