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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quinta-feira, 27 de outubro de 2016


CONJUNÇÃO

Agora vejo que não sabias.
Infelizmente ou felizmente, não sabias,
Mas o teu íntimo, o soube eternamente
Que na sina e no amor, tudo é diferente.

A sina traça o destino que se sente,
Já no amor, é um sofrer constantemente.

Pensar ou não pensar, faz a diferença
De quem vive e quer viver, a sua crença.

Adivinha o povo, o que o poeta quer escrever,
Intenções, sentimentos, milhões de tudo,
A escrita não é senão o que se quer viver,
Dizem, desvendando um pensamento mudo.

Há!... Talvez não saibam
Que o poeta escreve o que outros não alcançam,
Fazendo crer conhecer a intenção
Que quem escreve, escreve o sofrer do coração…
Se assim fosse!...
A poesia deixava de ter sentido.
E seria, como se fosse
Todo o amor do Mundo fingido.

Na sina, o destino se consente.
Já o amor!... Só não sofre, quem com ele mente.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/



quarta-feira, 26 de outubro de 2016


TERNURA

Imaginem!...
O ensaio da pequena ave a querer voar,
O sorriso perfumado da criança,
Aquela melancolia no olhar,
Com estrelinhas da cor da esperança.

Imaginem!...
Aquela carinha de anjo cheia de ternura,
Que nem querubim no seu altar,
Arco-íris com sua doçura,
O prazer da ave no seu voar.

Imaginem!...
A ternura de um doce carinho,
O encanto da flor, sua nobreza,
O prazer de não estar sozinho,
O sorriso primaveril da natureza.

Tudo isto, é simples ternura,
É amor com todo o sentimento,
É o encantar da própria loucura.
É a magia do encantamento.

Imaginem!...
O pequeno gatinho brincalhão,
Mostrando toda a sua habilidade,
O olhar da criança pedindo protecção,
No conforto da maternidade.

Imaginem…
Ternura é simplesmente ternura…

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/


terça-feira, 25 de outubro de 2016


NUM TEMPO SEM TEMPO

Em sonhos, faço a cama do desejo,
E esse meu sonhar, inunda-te alma,
Sabor doce que traduz o teu beijo,
Nesse sentido que transporta a calma.

Vejo e sinto-te no meu sonhar,
Este meu corpo aquecido no teu,
O resplendor do nosso intenso luar,
Onde o amor, nesse sonho se perdeu.

Perdeu-se nas linhas do pensamento,
A tua lembrança que me consome,
Todas as emoções expostas ao vento,
Que formam alimento da minha fome.

Silêncios que inspiram o respirar,
No íntimo desejo desse regaço,
Onde poiso a cabeça no sonhar
Sentido, sem ter o teu doce abraço.

Inglória é a vida com este sofrer,
No passar do tempo desse sentir,
Cerro os olhos, procurando rever,
O sonho desejo com o seu sorrir.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/

sexta-feira, 21 de outubro de 2016



MEMÓRIA DESAJUSTADA

Eterno conflito em desalinho,
Suave flagrância do teu perfume,
Percorrendo este estreito caminho
Duma saudade que o tempo assume
Como eternamente desajustado,
Daquele saudoso chão, muito amado.

São memórias que ficam e perduram,
Nas lembranças dum tempo retido
Que com outros sonhos se misturam
E aos poucos perdem todo o sentido,
Da vida que se julga perdida,
Naquela realidade escondida.

Ajusta-se o tempo no sonhar,
Sono onde a memória se perdeu,
E que aos poucos se quer libertar,
Do tempo passado que morreu
E que não volta nessa igualdade,
Dos belos tempos da mocidade.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 20 de outubro de 2016



ODALISCA

Voluptuosas danças de um corpo de menina,
Traça esse ritmo de um ventre descoberto,
De um vicioso olhar cheio de adrenalina,
Na cobiça desse sentido desperto.

Alma livre nessa vibrante ansiedade,
Nesse êxtase pagão de grande luxuria,
Aquela volúpia de pura maldade,
Um doce oferecer, de um amor em fúria.

Sente-se no ar um perfume almiscarado,
Naquela embriaguez de um travo doce e forte,
No sentir de todo aquele ritmo ondulado.

Aquele divino impudor da mocidade,
Tão forte e cortante como o vento norte,
É um frenesim constante de ansiedade.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 19 de outubro de 2016


LUTA

A vida é como um passo de bela dança,
Que na contradança da vida se esfuma,
Como onda do mar, desaparece na bruma,
Sem ter a certeza de qualquer mudança.

Na sobrevivência da vida se acredita,
Nessa esperança que na sina se acentua,
Sendo a triste realidade minha e tua,
Crer vencer a luta, na doença maldita.

Numa força de vencer que contagia,
Essa verdade de não estarmos sós,
Na luta que se trava por todos nós,
Passos avançados de pura magia.

Com ansiedade, esperamos melhorar,
Aquele sentir puro de maternidade,
Nova esperança de vida na realidade,
Que toda a mulher sente ao amamentar.

Que esse cancro mamário da desconfiança,
A doença que há muito transmite revolta,
Nesta grande vontade que em nós se solta,
Se transforme na luta pela mudança.

Numa vida futura, a nossa esperança,
Que na luta, a mulher saia vencedora,
Com seus seios firmes, bela e sedutora,
Renovando toda a sua confiança.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 17 de outubro de 2016



ENTRE O SOSSEGO DA NOITE

Ao olhar a noite calma de luar,
No sentir do pensamento, meu desejo,
Os teus cabelos suaves acariciar,
Ao sentir o doce toque do teu beijo.

Entre o sossego da noite, a solidão,
Nesse crepúsculo de uma vida sentida,
Esse desejo de te ter numa união,
Sem a promessa de uma vida retida.
                                                                                                                              
Entre as folhas caídas de um arvoredo,
Onde o tempo deixou no ar o lamento,
Guardado ficará o nosso segredo,
Nossos sonhos retidos no pensamento.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 14 de outubro de 2016



REGENTES

O voar irregular da perdiz,
Anuncia o raiar da alvorada,
Como a água do lindo chafariz,
Refresca os lábios da minha amada.

Depois da verdade, existe quem
Bem mais alto que nós se alevanta,
Que a certeza do Universo tem,
Nessa vontade que em nós se adianta.

São deuses de uma ciência falhada,
Entre pacientes com suas dores,
No calmo Olimpo de uma arvorada,
Tão amados como lindas flores.

Não são visíveis na sua beleza,
Com este esforço que não percebem,
Controlam a vida na incerteza,
Sem ao menos nos compreenderem.

Fazem deste Mundo, seu vassalo,
Do Ser humano, escravo criado.
No pecado a força desse abalo,
E do dom arbitral, nosso legado.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 13 de outubro de 2016



AMOR CATIVO

Do Sol, sempre roubei o dourado,
Fios de seda no seu brilhar.
Esse teu luar, por mim adorado,
Lua eterna do meu caminhar,
A tua beleza também roubei,
Para oferecer a quem amei.

Nos teus cabelos, assim revejo,
Os tons dourados que ao Sol roubei
E no sorver do teu doce beijo,
O sabor a mar que sempre amei.

Entre amores, o meu dividi,
Ausente presença que se beija,
De um corpo que em sonhos eu senti,
Tua presença que se deseja.

Triste varinha do meu condão,
Seu circulo traçado não existe,
Nem sossega este meu coração,
Que teima viver e não desiste,
Invocando o Mundo em que revivo,
Charme deste meu amor cativo.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 12 de outubro de 2016



VISÃO

Mas que visão esta que me turva a mente,
Nesta imaginação, a tua figura
Que aparece entre névoa de amor ardente,
Deste desassossego que na alma perdura.

Por ver claro nas entrelinhas do tempo,
Sem forçar a visão que se torna turva,
Surge a tua imagem neste passatempo,
Que a própria vida traça com sua curva.

Curva de um prolongamento da distância,
Que separa toda a triste realidade,
Duma visão fraca na sua cadência.

Vê a alma o que a vista não quer alcançar,
Por não saber o que consiste a verdade,
Dessa ilusão onde a visão quer ficar.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 11 de outubro de 2016


NO SILÊNCIO DA NOITE

Num canto, o desencanto daquilo que não foi!
Nem será algum dia neste meu encanto,
A salvação ciente daquela dor que não dói,
Nem é sentida na lavagem deste meu pranto.
Então, porque correm pérolas deste meu rosto,
Nesta triste palidez que se tornou desgosto?

Nesse não sentir dessa imperfeita sensação,
Canto aquelas mágoas de interpretações de sonhos,
Que arrebatam e fazem sofrer o coração,
De quem, por amor, sorve e sente sabores medonhos.

Só, no silêncio da noite cercado de luar,
O sonho vagueia voando a seu belo prazer,
Na procura de outra alma, nesse seu caminhar,
Naquela distância que se nega a adormecer.
E neste meu sentir de algures alguém tocar,
Canto, escrevendo emoções neste meu versejar.

Embebido em sonho solto, naquele repousar,
Fantasmas que invadem a mente na sua escuta,
Percorrem sem clareza, iludindo aquele luar,
Por onde em sono perturbado, essa alma se oculta.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 10 de outubro de 2016


AMOR E DESAMOR

O poeta canta sentimentos,
De alguém no Mundo sofredor,
Não escolhe épocas nem momentos,
Nem é dono da própria dor.

E a poesia traça emoções,
De uma vida e seu padecer,
No crer, escreve confissões,
De quem, no amor tem seu sofrer.

Colhe o poeta todas as emoções,
Que alguém mantém nos seus tormentos.
Chagas dos tristes corações,
Traça a sina dos sentimentos.

Na poesia se sente a dor,
Desse sentimento profundo,
Que na emoção se chama amor,
A triste doença deste Mundo.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/