CONJUNÇÃO
Agora vejo que não sabias.
Infelizmente ou felizmente, não sabias,
Mas o teu íntimo, o soube eternamente
Que na sina e no amor, tudo é diferente.
A sina traça o destino que se sente,
Já no amor, é um sofrer constantemente.
Pensar ou não pensar, faz a diferença
De quem vive e quer viver, a sua crença.
Adivinha o povo, o que o poeta quer escrever,
Intenções, sentimentos, milhões de tudo,
A escrita não é senão o que se quer viver,
Dizem, desvendando um pensamento mudo.
Há!... Talvez não saibam
Que o poeta escreve o que outros não alcançam,
Fazendo crer conhecer a intenção
Que quem escreve, escreve o sofrer do coração…
Se assim fosse!...
A poesia deixava de ter sentido.
E seria, como se fosse
Todo o amor do Mundo fingido.
Na sina, o destino se consente.
Já o amor!... Só não sofre, quem com ele mente.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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