Acerca de mim

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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016


QUANDO

Quando a nuvem escura desaparecer,
Quando o grilo deixar ouvir seu cantar,
Renascerá das cinzas este viver,
E voltarei o sagrado chão pisar.

Quando a lua surgir no céu a sorrir,
Quando o sol no seu zénite não brilhar,
O girassol no seu rodar não abrir,
Eu voltarei nas picadas caminhar.

Quando a neve na serra não derreter,
Quando o cavalo deixar de relinchar,
A água do rio deixar de correr,
Eu voltarei na minha terra a sonhar.

Quando esta tristeza deixar de doer
Quando nesta vida deixar de sonhar,
A bela águia no seu voar, estremecer,
A minha terra, deixarei de lembrar.
Carlos Cebolo
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016


FRAGILIDADES

Dum raio de sol se faz vida,
Esperança num bulir do vento,
Frágil será todo lamento,
Duma vida assim retraída.

Olhar o infinito sem ver,
Imagem da própria visão,
De um futuro sem condição,
Não ter vida para se viver.

Desse passado se faz glória,
A vida que para trás ficou,
Por nascer na terra que amou,
Nesta vida se fez história.

De longe, olha o horizonte,
Ouve desabafos e histórias,
As passagens sem suas glórias,
Água fresca da seca fonte.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016



VENTO

Não, não é a coberto dos rochedos,
Onde o vento que sopra, não fustiga,
Nem nos lábios da minha doce amiga
Que oiço esse sopro de todos os medos.

É aqui, no cimo da serrania
Que sinto este romantismo chegar,
Quando procuro teus lábios beijar,
Ignorando toda esta ventania.

Vento peregrino no seu rodar,
Sem querer prender o meu pensamento,
Vem leve, sem por cá querer ficar.

Também o amor procura no correr,
Toda essa fúria que fustiga o vento,
Lembranças que não quer compreender.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 26 de janeiro de 2016


ABSTENÇÃO

Quisera o rei, o que não tinha,
Um trono salvo da impureza,
Onde manter sua realeza,
Sem sequer, ter sua rainha.

Tédio do país onde mora,
Sem o povo, ter por escolta,
O bobo que na corte chora,
A sua angústia de revolta.

Neste mundo com sua grei,
Por liberdade, tem registo,
Entre as chagas do senhor Cristo,
Ser cativo daquela lei.

Murmura a água no seu passar,
Eterna agonia do seu crer,
Todo este eterno padecer,
No reino que vem para ficar.

E o povo canta o seu sofrer,
Abstendo-se daquele votar,
Que a lei em força lhe vem dar,
Na ignorância do seu viver.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016


ÁGUA FRESCA

Pudera ser água com sua frescura,
Poder banhar teu corpo, tua beleza,
Sem de tudo e nada vir a ter certeza,
Beijar teus lábios, sentir tua ternura.

Límpida e fresca que corre livremente,
Por esses íntimos recantos do teu Ser,
Água que te ajuda a querer e vencer,
Toda a timidez que o coração consente.

Pudera eu ser licor embriagante,
O néctar puro que te faz confessar,
Todo esse intenso amor que tens para dar,
Essa água corrente que fixa o inconstante.

A frescura livre da tua beleza,
Água doce que brota dessa nascente,
Lábios humedecidos num beijo quente,
Com esse teu olhar, cheio de certeza.

Pudera eu ser o teu doce recanto,
Teu porto seguro da felicidade,
Água límpida da tua realidade,
Nesse inverno da vida, ser o teu manto.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016


MEMÓRIAS

Melodia triste sem pranto,
Lágrima seca do meu Ser,
No deslumbre do teu encanto,
Todo este meu entristecer.

Este meu meditar sem ser
Recanto da desilusão,
Tudo o que não se pode ter,
 Nem com varinha de condão.

Desejo esse teu amor,
Como a boca que pede pão,
Na fome que produz a dor
Que banha este meu coração.

Se vivo com o que perdi,
Se amo o que não desejei,
Vivo num mundo que sorri,
Desse mal que também herdei.

A maravilhosa memória,
Sempre a lembrar o que não foi,
Neste mundo não faz história,
A perda que ainda me dói.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016


VIDAS SEM VIDA

Esse grito que a própria alma entristece,
Sem ser voz, nem eco de uma canção,
Fere o seu amor, que assim esmorece,
Endurecendo este seu coração.

O passado surge pouco risonho,
Anunciando este presente de dor,
Fazendo do vosso futuro, um sonho,
Neste pesadelo de mau humor.

Esta agressão que tudo em vós agrava,
Determina o chegado triste fim,
Desse amor que falece por ser ruim.

Triste gritar que aos pouco alvejava,
Ego cobarde dessa sua glória,
Por fim, também deixou de ser história.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016


INVERNO

Com este ruído friorento minha alma se cala,
Dormência sem dor sentida neste meu triste peito,
Daquela tristeza sem dor que somente o amor fala,
Na surdez dos sentidos, a arte de fazer trejeito.

Por este frio inverno quando canto o que não minto,
Conheço o Mundo que também canta com seu desdém,
Neste frio que se faz troar em tudo o que sinto,
Oiço quem não me chama para um amor que não tem.

E cega a alma neste correr com todo o seu capricho,
Sem ter a inteligência neste frio em que adormeço,
 Procuro manter este coração longe do lixo.

E o frio neste inverno também controla a esperança,
Que sai fria e ferida neste tempo em que adoeço,
Enfraquecendo corpo e alma com sua mudança.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 19 de janeiro de 2016


MINHA COR, O GOSTO DELA

Chocolate, pimenta, canela,
Meu lírio branco, lindo jasmim,
Esta minha cor, o gosto dela,
Teu doce sabor dentro de mim.

No meio das ilusões perdidas,
Com virtudes e vidas desfeitas,
O triste encontro das nossas vidas,
Odores, fragrâncias que rejeitas.

Chocolate, pimenta canela,
Teu coração também é assim,
Um doce beijo da boca dela,
Aquele fascínio dentro de mim.

Cor, sabor forte da natureza,
Sedosa pele que se encosta a mim,
Flor, perfume de grande beleza,
Encanto ausente do meu jardim.

Chocolate, pimenta canela,
Girassol de uma vida sem fim,
Beleza não se põe à janela,
Linda flor, não sejas triste assim.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016


TÃO POUCO IMPORTA

Tão pouco importa este meu viver,
Pouco importa saber se é amor,
Uma nova esperança renascer,
Ou qualquer outra forma de dor
Que teima em voltar a aparecer.

Tão pouco importa este meu tormento,
Pouco importa saber a verdade,
Ser tristeza, dor ou só lamento,
Por viver só essa realidade,
Vivendo apenas este momento.

Tão pouco importa ter emoções,
Pouco importa o que outros vão falar,
Se esse amor não me dá condições,
Apenas teus lábios vou beijar,
Para guardar essas recordações.

Importa sim a minha lealdade,
Neste meu querer e ser amado,
Manter no amor a nossa amizade
E ser por ti também desejado,
Neste amor, em plena liberdade.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016


SEM DIGNIDADE

Pé ante pé, retoma o tempo a seu caminho,
Na sua iluminação esgrime esperanças,
Traça metas, abraça o mundo com carinho,
Este tempo sem seu tempo, não traz mudanças.

Permanece o tempo, sem mudar as vontades,
Neste mundo cão, onde tudo se transforma,
Nem tudo que nos parece ser, são verdades,
Como o seu ao seu dono, nem sempre retorna.

E caminha a vida para uma morte certa,
Sem certeza de por lá, encontrar o amor,
A alma triste que deste mundo deserta.

Essa tristeza que este mundo não quer ver,
Crianças que nascem no sofrimento da dor,
Apenas pedem dignidade para morrer.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016


FÉNIX

Sou pássaro de fogo de asas cortadas,
Sou eterna paixão esperando por ti,
Uma alma viajante à beira das estradas,
Dor escondida no amor que prometi,
Doces noites de paixão, por ti sonhadas.

Sou pássaro neste mundo viajante,
Querendo teu calor bem dentro de mim,
Sou a fénix desse amor independente,
De uma espera constante, sem ter seu fim,
Nas noites claras que a tua alma pressente.

Sou essa carência da tua ternura,
Tua oferta de amor livre, incandescente,
Pássaro de fogo da tua amargura,
Esse longínquo amor que tua alma sente,
Aquele néctar puro de grande doçura.

Assas livres de uma fénix renascida,
Estrema força que me leva até ti,
Carente prisioneiro nesta partida
Procurando aquele beijar que não senti,
Nessa triste e deslumbrante despedida.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016


VIDA

E eu aqui tão perto sem a alcançar,
Onda branca envolta na espuma leviana,
Vida fugidia fingindo seu doce olhar,
Ar que respiro que a própria alma desengana,
Com todo esse seu adocicado embalar

A vida mistério escondendo a sua dor,
Como a fria neve pelo tempo jorrada,
É vida sofrida numa canção de amor,
Educação incompleta nessa jornada,
Lançada em escombros com todo o seu pavor.

Seja meu pranto, minha alegria e tristeza,
Essa vida que respiro sem a alcançar,
Como arco-íris que traça a sua beleza,
Fantasia que a criança quer alcançar,
Com seu puro olhar dúbio de tanta incerteza.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 12 de janeiro de 2016



LIMIAR

O meu sonhar é constante,
Mas nada dele se retém,
No sonho tudo é radiante,
Até o amor que não se tem.

Naquele limiar, tudo é meu,
Nele reflicto meu olhar,
Sonho que me leva ao céu,
Teus lábios, querer beijar.

Aquela canção tecida,
Ouvida no meu sonhar,
Tornou-se canção perdida,
Por não te poder amar.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016


VOAR SERENO DAS GAIVOTAS

Num bater de asas, sentem o voar,
Sem saber se estou ou não olhando,
Ouvindo aquele silêncio do ar,
Que as suas asas vão desenhando,
Naquele claro e azul céu aberto,
Tocado e sentido ali tão perto.

Gaivotas que gritam seu lamento,
Para além desses espaços sem fim,
Por onde voa o meu pensamento,
Trazendo teus lábios até mim,
Neste frenesim de um aconchego
Que ilumina e ilustra este meu ego.

Os meus sonhos constantes ao luar,
Infinita dor que esta alma habita,
Pesadelo que me faz gelar,
Tristeza que se torna infinita,
Na lembrança de extrema saudade,
Sonhos vividos da mocidade.

Ó aves que o céu esvoaçais,
Levai… Levai sem qualquer demora,
Todos estes sonhos inaturais,
Agora vividos de hora em hora,
Sentidos por esta alma dolente,
Na tristeza que a própria alma sente.

Carlos Cebolo
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sábado, 9 de janeiro de 2016



CUMPLICIDADE

No silêncio da noite, oiço os teus passos,
O teu respirar sereno que acalma,
 O calor que sinto com teus abraços,
Também o sinto, no arrepio da alma
Que reúne todos os nossos pedaços.

Nossos pedaços que foram ficando,
Guardados na nossa recordação
Que surgem na mente de vez em quando,
Para lembrar aquela perfeita união,
Da dura vida que fomos levando.

E assim se formou este nosso amor,
Virtudes e defeitos de ocasião,
Traçados num destino vencedor,
Talhados pela nossa própria mão,
Onde se procurou banir a dor.

Silêncio da nossa cumplicidade,
Entre as paredes do nosso castelo,
Vivido sempre na moralidade,
Com o fervor do outro tempo belo,
Que lembra a nossa bela mocidade.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016


VIVER A ETERNIDADE

Se soubesse que amanhã morria,
Tendo a poesia o seu renascer,
Minha alma no além, assim sentiria,
Meus poemas a quererem viver.

Se esse tempo já não fosse meu,
Por tudo ser real e estar certo,
Nasceria neste mundo ateu,
A fresca fonte em pleno deserto.

Se essa primavera ressurgir,
Ser a minha poesia amanhã,
Conhecida com o meu partir,
Morreria contente amanhã.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016


TRISTE INVERNO

Já não bastava a chuva fria caindo
Continuamente, sem querer parar,
Também o nevoeiro e a neve vem vindo,
Preparado para aqui se fixar,
Cobrindo serra, estrada e caminho.

Mau aroma desta fria humidade,
Que se fixa nas casas e palheiros,
Cria falsos ribeiros pela herdade,
Nesses locais onde havia carreiros,
Apenas se vê insalubridade.

Tendo por sonho um triste cantar,
Serei neste tempo também cativo,
Da triste alma que nasceu para voar,
Na procura do amor apelativo,
Neste inverno que está para durar.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016


SENTIR SEM SENTIR

Sem saber o que é dor,
Nem sofrimento profundo,
Na triste vida amargor,
Nem da dor que sente o mundo,
Serei então fingidor,
Quando apenas sinto amor,
Cá dentro de mim, bem fundo.

Foi quando te conheci,
Que este sofrer começou,
Na alegria que senti.
Esse amor que me levou
Ao mundo do sofrimento,
Também levou teu lamento,
Na ferida que não sarou.

Esse ardor da mocidade,
De um amor sem ter seu fim,
Também me trouxe a saudade,
Não se extinguiu em mim.
Como a flor floresceu,
O amor também não morreu
E à vida disse sim.

Deixo fluir o pensamento,
E sem sentir essa dor,
Que se tornou meu tormento,
No fingir sofrer de amor,
Tudo fica diferente,
Nessa dor que a alma não sente,
Seja qual for o momento.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 5 de janeiro de 2016


PERSISTÊNCIA

No sossego da noite, não desesperes!...
Passam os dias, meses e também os anos,
Sem encontrar o que queres, quando queres.
A tua procura são só desenganos,
Por entre as mágoas dos tristes padeceres.

Hora a hora, passa o dia o seu tormento,
Entre o quente sol e neve sempre fria,
No sossego da noite o eterno momento,
Com a lua a trazer a sua magia,
Apenas o vento deixa o seu lamento.

Cai serena aquela luz prata do luar,
Numa esperança a querer existir somente,
Na felicidade que quer alcançar,
Pelo voto do crer ser tudo diferente,
Da triste mágoa que pretende apagar.

E assim vai o mundo naquele teu sonhar,
Tendo na desilusão a sua pausa,
No delírio de sentir tudo a passar,
Sem o sossego, sem razão e sem causa,
Sonha algum dia, poder voltar a amar.

Carlos Cebolo
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