INVERNO
Com este ruído friorento minha alma se cala,
Dormência sem dor sentida neste meu triste peito,
Daquela tristeza sem dor que somente o amor fala,
Na surdez dos sentidos, a arte de fazer trejeito.
Por este frio inverno quando canto o que não minto,
Conheço o Mundo que também canta com seu desdém,
Neste frio que se faz troar em tudo o que sinto,
Oiço quem não me chama para um amor que não tem.
E cega a alma neste correr com todo o seu capricho,
Sem ter a inteligência neste frio em que adormeço,
Procuro manter
este coração longe do lixo.
E o frio neste inverno também controla a esperança,
Que sai fria e ferida neste tempo em que adoeço,
Enfraquecendo corpo e alma com sua mudança.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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