VOAR SERENO DAS GAIVOTAS
Num bater de asas, sentem o voar,
Sem saber se estou ou não olhando,
Ouvindo aquele silêncio do ar,
Que as suas asas vão desenhando,
Naquele claro e azul céu aberto,
Tocado e sentido ali tão perto.
Gaivotas que gritam seu lamento,
Para além desses espaços sem fim,
Por onde voa o meu pensamento,
Trazendo teus lábios até mim,
Neste frenesim de um aconchego
Que ilumina e ilustra este meu ego.
Os meus sonhos constantes ao luar,
Infinita dor que esta alma habita,
Pesadelo que me faz gelar,
Tristeza que se torna infinita,
Na lembrança de extrema saudade,
Sonhos vividos da mocidade.
Ó aves que o céu esvoaçais,
Levai… Levai sem qualquer demora,
Todos estes sonhos inaturais,
Agora vividos de hora em hora,
Sentidos por esta alma dolente,
Na tristeza que a própria alma sente.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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