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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

terça-feira, 31 de maio de 2016


CAMINHOS DA VIDA
                        
Pela estrada fora, caminha a solidão,
Entre sonhos vividos, sentimentos sonhados,
Naquele despertar de paixão,
Eternos amores guardados.

Por caminhos traçados de uma doce aventura,
Caminha aquela alma peregrina,
Pelos pensativos caminhos da vida.
Sonhos vividos e sentidos na dor,
Talhados num rasgo de amargura,
Naquele rosto fechado de menina,
Duma infelicidade cedo sentida,
À procura do seu grande amor.

Seus sonhos levados em várias direcções,
Voam com as aves do paraíso,
Entre as asas de um condor, as emoções
Levadas naquele voar impreciso.

Para trás ficou a saudade,
Em caminhos pintados de mil cores,
Daquela terrível mocidade
Que vai passado, sem seus amores.

Pelos caminhos da vida, traça o destino
Naquela cor negra do lamento
Que carrega como desígnio divino,
Não deixando fluir o pensamento.

Num rasgo de pura emoção,
Com novas cores pinta o sentimento,
Libertando aquela dor do coração,
Para viver apenas, o belo momento.

Com novos sonhos, da cor da vida,
Deixa escorrer aquele triste fel,
Que lhe prendia a alma naquela tristeza,
Libertando-se daquela dor sentida.
Com as novas cores em tons pastel,
Pinta nos caminhos da vida, a sua pureza.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 30 de maio de 2016



GOTAS DO MEU PRANTO

Pouco a pouco vou-me esquecendo da vida.
Não desta vida terrena que me deste,
Mas da vida vivida que o vento levou.
Nesta terra frágil, no próprio mundo vencida,
Num mal perfeito, do imperfeito que se veste,
Onde tudo se quebra, também me dou,
Amando neste lugar de imperfeição,
Roubando pouco a pouco todo o encanto,
Daquela doce fúria que arrebata o coração,
Deixando fluir as gotas do meu pranto.

E assim voa o meu impreciso pensamento,
Esperando que o vento volte por ali a passar,
Para poder sentir aquele amor bem distante,
Daquela que me fez viver por nascimento,
Não querer ser mortalha que me há-de encerrar,
No túmulo da vida, duma saudade bastante.
Por ti criei toda aquela imperfeita ilusão,
Duma mocidade moldada na imperfeita flor,
Talhando sentimentos traçados em emoção,
Que hoje, intensificam toda a minha dor.

Carlos Cebolo
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sábado, 28 de maio de 2016

sexta-feira, 27 de maio de 2016

             
     
  RIO SECO

Onde guardei a esperança, não existem flores!...
Emoções traçadas naquele tristonho jardim,
Murcharam como o belo Éden que existiu em mim,
Jardim que amei e por onde chorei minhas dores.

Nem sempre o coração sangra por falta de amor!...
Também sangra na indiferença e passividade
Que se agrava com o tempo e avançar da idade
Que torna a felicidade, numa murcha flor.

No lugar onde vivi razões do meu sonhar,
Onde criei emoções nas sensações vividas,
Apagaram-se as alegrias por lá sentidas.

No desespero deste meu triste confessar,
Por onde depositei amor, o amor secou,
Como seco ficou o rio que o fecundou.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 26 de maio de 2016



FUTURO CESSADO
                                            
Rola a bola pela ladeira,
Cessa todo o seu desatino,
Sonho de criança, a brincadeira
Que desafia seu destino,
Por entre a cruz de uma bandeira.

Oco se mantem o momento,
Naquele seu sombrio de dor,
O arrefecer do pensamento,
Triste mundo sem ter amor,
Aguda todo o seu tormento.

Ó alma minha que traíste
O sentido deste meu crer,
Perfume de inocência triste,
Da criança no seu sofrer,
Com seu destino que persiste.

Cessa a música no ouvido,
De quem perdeu a inocência,
Por esse seu mundo sofrido,
No sentir e não ter clemência,
Com seu futuro decidido.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 25 de maio de 2016


SILÊNCIO
                        
Não grito, não choro e às vezes me envergonho,
E por não gritar, não chorar, nada acontece.
Este silêncio das palavras é medonho,
Quando se espera um gesto num corpo que estremece.

Palavras sentidas no silêncio do olhar,
Apenas deixam um sentimento imaginado,
De como seria o rumo do meu sonhar,
Naquele meu grito surdo que não foi gritado.

As breves palavras daquele silêncio atroz,
Na tremenda escassez que forma a solidão,                                                                                                                    
Deixa ao Mundo, a recordação da tua voz.

Perfume que escorre no silêncio do rosto,
Naquela intolerância da desilusão,                                                                                      
Deixa no ar, o som e o sabor de outro gosto.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 24 de maio de 2016


SAUDADES

Saudades, sinto-a no coração,
 Nos tristes dias de solidão,
 Pesa-me este momento que existe,
O momento insone e sempre triste.

Refugio-me neste pensar,
Neste meu modo próprio de estar,
Sedento daquele doce carinho,
Mundo insano por onde caminho.

Vezes sem conta neste cruzar
Com a solidão, formando meu par,
No lamento da minha tristeza,
Sem de nada poder ter certeza.

Da alegria, apenas uma brisa
Muito suave que por mim desliza,
Compondo o meu triste padecer,
Na saudade doutro renascer.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 23 de maio de 2016

             
 
CANSAÇO

Há quem chame cansaço à desilusão!
Há quem chame dor à sua tristeza.
Todo o sonho tem sua natureza,
No cansaço profundo do coração,
Duma triste alma, com sua incerteza.

E por ser o cansaço uma sensação,
Que o corpo sente no seu relaxamento,
Libertando sua alma daquele tormento,
Será a tristeza apenas uma emoção,
No sentir dor, no seu ferido sentimento.

O sentir conforto num sincero abraço,
Todo aquele sentir de angústia no sofrer
Que o próprio corpo sente com o padecer,
Disfarça essa desilusão de cansaço,
Assim sentido, na abstracta alma do Ser.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 20 de maio de 2016


(ODE)  EVOLUÇÃO

Um pequeno clic mudou o mundo!...
Na tela aparece a realidade de uma nova Era,
No virtual sentido cego e mundo,
Do inovador futuro que se espera.

Antigas rodas dentadas duma engrenagem confusa,
Num piscar de olhos, desaparecem.
Transformam a vida ao som de um clic inaudível,
Num mundo em rápida aceleração difusa,
Que compõem a nova engrenagem,
Desta vida tolhida de um stress terrível.
É a civilização no seu princípio do fim,
Onde o trabalho humano, é aos poucos substituído
Por robots, cada vez mais sofisticados,
Libertando o homem, de todo o trabalho ruim
E de todo aquele antigo e doentio ruído,
De uma maquinaria a cair aos bocados.

A febre de uma evolução que abala o mundo
De quem, por desconhecimento se atrasa,
Deixando-se ficar num passado profundo,
Naquela incivilização que os arrasa.
Bla, bla, bla!... e mais bla, blasssss…
E assim ficamos nós, em conversa virtual,
Onde o amigo é desconhecido
E tudo o que se pensa e diz é natural,
Ficando o verdadeiro amor escondido,
Como escondida fica a moral.
Naquela oferta de um fruto proibido.

O canto de sereia para os nossos antigos,
De um rumo nas estrelas escolhido e traçado,
Na pequena tela encontram-se amigos,
Companheiros nas caminhadas do seu passado.
Zim,zim,zimmmmmm!...
E o mundo rola e avança,
Num acelerar constante dos seus passos,
Que chega a confundir a mente de uma criança,
No deslumbre de uma vida sem seu compasso.
Que futuro espera a humanidade,
Deste constante evoluir da tecnologia,
Que disfarça toda esta realidade,
Compondo o mundo, numa só alegria.
Crás, crás, crásssssssssss!...
Num lado esbanja-se alimento,
Num outro, morre-se de fome,
No ar, apenas um lamento,
Hum,hum,hummmmmmm!...
Da tristeza que nos consome.

E tudo se torna mistério,
Quando se muda de hemisfério.
O norte sadio, evoluído, desejado
E o sul atrasado, faminto, cobiçado.
E o mundo rola e avança,
Num silêncio sem esperança.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 19 de maio de 2016


POEMA MEU E TEU

Qualquer dia, qualquer hora, quando sonhar,
Farei talvez um poema que seja só meu,
As coisas da alma que o corpo nunca esqueceu,
Um poema próprio deste eterno caminhar.

E lembrarei esta novela inacabada,
Em traços de rima que o destino teceu,
Num pensar sem fingir ser apenas tu e eu,
Nesta história que se adivinha desgastada.

Entre essas sombras reflectidas que nos cobre,
Fazer um poema do lugar que não foi meu,
Onde aquele nosso belo mundo se escondeu.

Poema que aos olhos do pensador, será nobre,
Como nobre é o destino que escureceu,
Aquele triste destino que foi meu e teu.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 18 de maio de 2016


ESPERANÇA

E com ele, leva o vento o lamento,
Deixa-me só naquele triste momento,
Sem destino, numa esperança perdida,
Ouvindo esse murmúrio da partida.

Vem a noite poisando devagar,
Neste tormento inútil sem fim,
Procurando ouvir a esperança chegar
Em pés de veludo, perto de mim.

A saudade presa nos teus abraços,
Será dona desta minha emoção,
Na esperança de ouvir esses teus passos.

A triste visão, em nada me acalma,
Sem brilho, fica a minha solidão,
Que enfraquece a esperança da triste alma.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 17 de maio de 2016


SEGREDO       

E quem te disse ao ouvido, o que eu não digo
Em voz alta, para também não ser escutado.
O meu desejo cheio de crença e medo,
Aquele belo e constante sonhar contigo,
Mistério que em mim sempre ficou guardado,
Por sete chaves, fechado este segredo.

Amor verdadeiro não é segredado,
Por esse vento que assim o revelou.
Por ser segredo também o não direi,
Nem sei, se por ti também foi escutado,
Esse amor que a tua alma diz que sonhou,
Ou se fingir, dizes saber o que sei.

Naquela incerteza de ouvir levemente,
Este segredo que guardo na minha alma,
Mas que não deixa este meu pensamento,
Ficará para sempre guardado na mente,
Nesta magia de um sonho que me acalma
 E que em ti, traça esse breve momento.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 16 de maio de 2016


SONHO INACABADO      

Em sonho completo o pensamento,
Pensamento que não era meu,
Escondido em casa de Morfeu,
Deus medonho deste meu tormento.

Para além da tristeza que gera,
Nesta penumbra seca da mente,
A triste verdade que não mente,
Sonho inacabado que não era.

Esse pensamento inacabado,
Naquele pesadelo se escondeu,
O triste sonho que não é meu,
Foi um sonhar precoce acordado.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 13 de maio de 2016


CANTO NEGRO

Por entre a névoa, num descortinar incerto,
Esse cansaço sentido no pensamento,
É como caminhar por um quente deserto,
Sem sentir esperança no triste momento.

Sem poder sentir no ar da noite, a madrugada,
Sem conter a fúria da imensa solidão,
Muito antes do raiar da manhã esperada,
Esse negro astral arrefece o coração.

Tudo no momento, parece muito pouco,
Comparado com aquele tormento surdo,
Dum mundo que parece cada vez mais louco,
Contendo essa voz ouvida num grito mudo.

E canta o povo o tormento da sua dor,
De uma outra vida que em si, procura viver,
Fugindo ao abraço do próprio criador,
Que com enganos, promove o seu padecer.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 12 de maio de 2016


SER PÓ

No côncavo sossego do seu Ser,
O triste desassossego de uma alma,
No cinzento tédio que não o acalma,
Nem acalma essa vontade do crer.

Será grato ao pó que é e que será,
Na ilusão de uma vida aparecida,
A morte ser uma desconhecida,
No profundo sentido que achará

Sempre noite, frio, negror sem fim,
Neste viver de um silêncio sentido,
Com o poder do crer sempre invertido,
Terá de viver neste mundo assim.

Quando menos se esperar, será pó.
Daquele mesmo pó que outrora viveu,
De um outro mundo que sentiu ser seu
Na amargura de ter de partir só.

Sente o constante momento que existe,
Consciente de todo esse amanhecer,
Saber o que será e o que há-de ser,
Neste insano mundo, p’ra sempre triste.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 11 de maio de 2016


LUA CONSELHEIRA

Sentado num canto da minha varanda,
Colho a penumbra da noite,
Olhando o céu cintilante à minha volta,
Admirando o brilha das estrelas,
Desabafo com a lua cheia.
Aquela linda lua cheia que será
Essa minha amiga e conselheira.
Com ela partilho minhas tristezas
E também minhas alegrias,
Quando me sinto sozinho,
Sem ter com quem falar ou desabafar.
É nela que encontro um pouco e paz.
A paz que me anima e fortalece,
Que me leva a ter esperança,
Na vida futura que se adivinha.
Ao meu surdo desabafo, a lua responde
Com o seu sempre belo luar.
Diz-me para continuar a ter fé,
Pois nem tudo é tão mau como parece.
Sempre com aquele seu frio brilhar,
Diz-me para confiar mais nos meus instintos,
Deixar voar o meu pensar.
Naquela noite estrelada, vejo o tempo passar.
Imagino aquele rosto desejado
E recolho aquela imagem um pouco distorcida,
Guardo-a no meu coração trespassado.
Fixando naquela lua prateada,
E com o meu olhar de gratidão,
Procuro fechar os olhos desta alma desgastada,
Sem tirar, deste momento, qualquer conclusão.

Carlos Cebolo
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OUTRO DESTINO

Num espanto, todo o horror,
Duma laje a soar a oco,
E sem sequer estar louco,
A morte traz sua dor.

Uma vida amortecida,
Loucura do verme Ser,
Mórbido prazer no ver,
Ter a vida por vencida.

É a morte, essa traidora,
Que comanda este destino,
Visto aos olhos de um menino,
Que nasceu na manjedoura.

Ímpio templo do prazer,
Desse vil verme asqueroso,
Que será pra sempre odioso,
Simples facto de morrer.

Na glória da redenção,
Surge esse amor salvador,
Para amainar aquela dor,
Confortando o coração.

E sem se dar por vencida,
A alma segue outro destino,
Com todo aquele desatino
Sentido com a partida.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 10 de maio de 2016


GLOSA – PASSADO TEMOR

O tempo passa e a memoria segue viagem,
Viagem que nos trazem boas e más lembranças,
São ecos fortes traçados pelas mudanças
Dos tempos sem tempo na sua passagem,
Lembranças levadas ao sabor da aragem.
Cada mágoa, cada queda, traz sua dor,
Vincadas na alma sem carinho e sem amor,
Na verdade que não gostamos de lembrar,
No desejo forte de querer voltar a amar,
Esquecendo todo aquele passado temor.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 9 de maio de 2016


 ABISMO DA NOITE

Naquele infinito do meu Ser,
Onde o amor procuro e vou buscar,
Sonho sentido no caminhar
Por onde medito este meu crer,
O silêncio gasto do sonhar.

Nessa ânsia que intensifica a dor,
Seus abismos, entre estrelas fito
Esse triste sonho em que medito,
Numa angústia que transpira amor,
Aquele belo amor em que acredito.

Sonho onde se mistura mistério,
Entre o céu e o abismo em ascensão,
Sem chegar a qualquer conclusão,
Se o grande amor será adultério,
Ou será apenas confusão.

E assim caminho nesta consciência,
Entre o abismo da noite e o lamento,
Entraves rijos do pensamento,
Desta minha já fraca existência,
Nesse triste e frágil sentimento.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 6 de maio de 2016


FRAGILIDADES       

Sempre aquele meu tempestuoso sonhar,
De um náufrago esperando a salvação,
Num mar tenebroso do coração,
Vontade crescente do libertar.

Fios de seda que prendem a mente,
Num casulo, com o tempo desgastado,
Relíquias trazidas daquele passado,
Teias apertadas que o corpo sente.

Ficar preso sem aquela vontade,
Casulo do corpo onde a alma se ausenta
E que por ela, também se alimenta.

Triste amor transformado em amizade,
Sem fortuna daquele destino ardente,
Aceitando um pouco de amor somente.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 5 de maio de 2016


JUSTIÇA PARA QUANDO?

Neste meu modo de viver,
Vestígio do tempo passado,
Lembra todo aquele desagrado,
Mantendo hoje, o meu descrer.

Sempre a mesma desilusão,
A boa justiça que morre,
A má que por lá sempre ocorre,
Aquele querer de esperança em vão.                                                                       

Angolanos que já não são,
Sem haver outra condição.

Pelo nascer o seu legado,
Dum país que lhe é negado.

Mais de meio mundo exilado,
De uma guerra que se agravou,
Naquele país que sempre amou,
Ter por lá, seu bem confiscado.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 4 de maio de 2016


VOLUNTARIADO

Quando se tem o dom da partilha,
No seu rosto, o espelho da bondade,
Não olhando o quê, nem para quem,
O mundo se torna maravilha,
No voluntariado da amizade,
Para quem partilha aqui e além.

Quando se faz do dar, a alegria
De um voluntariado em perfeição,
Dando sem esperar algo de volta,
Voando com aquela sua magia,
Arrebata todo o coração,
Em contraste com a vida revolta.

Na ajuda de quem mais necessita,
Sem ficar à espera de um pedir,
Fazer o voluntariado, amando,
Praticando o bem em que acredita,
Sem alarme e sempre com o sorrir,
Vai, na ajuda, um pouco de si dando.

Dar, não apenas bem material,
Mas também conforto e confiança,
Deixa quem recebe agraciado,
Com o elevar da fraca moral,
Naquele aparecer de esperança.
E quem dá, se sente desejado.

Carlos Cebolo
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