MINHA MÃE
No seu espírito guerreiro e protector,
Naquele passado saudável,
Minha mãe esteve sempre presente,
No educar, no encaminhar, no amainar da dor,
Sempre aquele seu carinho amável,
Que ainda hoje, no seu toque se sente.
Neste presente em corpo, fugiu-lhe a mente
Levada pela doença que a dominou,
Mas em espaços lúcidos da doentia mente,
Lembra os nomes dos filhos que criou.
Já não os reconhece na fisionomia
Que se lhe apresenta, envelhecida,
Comparada com a imagem guardada.
Mas quando lhe é anunciado o nome,
A luz do seu
olhar, deixa de estar apagada.
Ilumina-se-lhe o espírito e erradia alegria.
Aquela alegria que outrora se via naquela mãe protectora.
Rapidamente se esquece envolta em nostalgia,
Entregue à terrível doença dominadora,
Que traça o seu actual mundo no esquecimento.
Minha mãe, minha heroína, foi na minha juventude
O meu porto seguro, a minha âncora de salvação,
A quem recorria em momentos de aflição.
Minha mãe, por tudo que me deste,
Pelo grande amor que sempre tiveste,
Pela
protecção que sempre demonstraste,
Aqui
estou eu, para te agradecer minha mãe.
Muito
obrigado mãezinha!...
Carlos
Cebolo
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