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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

terça-feira, 30 de setembro de 2014

       
  ENERGIA AZUL

Soltam-se as rédeas ao vento,
Pás gigantes rodam sobre o seu eixo,
No seu eterno lamento,
Queixume do seu desleixo,
No rodar do seu descontentamento.

Castelos soltos no céu,
A transformar o ar em energia.
Esse poder belo que a concebeu.
O corpo que à mulher deu,
Com toda a sua magia,

Bela fonte de energia,
Libertada com seu doce clamor,
Mulher na sua alegria,
Traz ao Mundo o seu amor,
Na igualdade que ela próprio cria.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

       

    INSEGURANÇA


Das palavras doces tenho medo…
As paredes não guardam segredo.
O esconder no doce, o veneno,
Enquanto o tempo estiver sereno.

Medo de amar a tua canção,
Salvaguardar o meu coração.

Tenho medo das boas intenções,
P’ra proteger fracos corações,
Entre o encantar de pura magia,
O sentir de uma nova alegria.

P’ra te confiar o meu destino,
Provoco todo este desatino.

Tenho medo do nosso segredo,
Ter nos teus braços o meu degredo
E em tuas lágrimas o frio,
Deste meu temor, meu calafrio.

Tenho medo de ficar rendido,
Ao amor, por ti oferecido.

É fácil e vil esse encantamento,
Querer acabar o sofrimento,
Na magia pura da beleza,
Sem mostrar querer impor firmeza.

Tenho medo de sentir amor
E tenho medo do teu fervor…

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 26 de setembro de 2014


NEM TUDO SE PERDEU

Se olhaste bem, os montes erguidos,
Guardaste os momentos derradeiros,
Os lugares belos e queridos,
Os belos e imponentes embondeiros,
Alva neve, campos de algodão,
O amarelo acre do sertão.

Saudade! ai amor, que saudade!
Aquela verde e velha mangueira,
O espírito da liberdade,
Da bela fruta, quem não se lembra?
O crescer de inocência e vigor,
Tom flamejante da sua cor.

Aquela inocência do pudor
E tocar aquele céu de ventura,
Imaginando o velho condor,
Naquele voar de triste candura,
Por entre um sertão com sua sorte,
Ter de rir nas angústias da morte.

Ai não!... A vida não acabou,
Aqueles gigantes embondeiros,
Na nossa imaginação ficou,
Os belos momentos derradeiros,
Das saudades que agora teremos,
Dos belos tempos que então vivemos.

Carlos Cebolo
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            N I N A
      (Em tua memoria)  

Perpétua serás na minha memória,
Felina com teu meigo olhar, cinza cor,
Na curta vida que fizeste história,
Sempre nos destes o teu grande amor.

Assim serás para sempre lembrada,
Meiga, amiga na tua condição,
Bela gata por muitos desejada,
O perfeito animal de estimação.

Para nós foste mais que um animal,
Foste mais um elo da nossa vida,
Tristes ficamos, com este final.

Ver-te sofrer do mal que te acolheu,
Doença maldita e muito temida,
A dor que sentes, também me doeu.


Carlos Cebolo

terça-feira, 23 de setembro de 2014

      

       SERENATA

Canto palavras doces de amor,
Que nos teus lábios são pronunciadas.
Ao inverno da alma dou calor,
No contraste das vidas passadas,
Lembro-te da nossa triste dor.

Vem à janela sem altivez,
Entre cortinas na madrugada,
No sonhar da tua embriaguez,
Neste cantar, da tua alvorada,
O meu grito na tua surdez.

Que a magia desta serenata,
Leve teus sonhos a adormecer,
Desta vida que foi muito ingrata.

Declamo só meus poemas de amor
E acordo-te no amanhecer,
Fazendo esquecer a tua dor.

Linda menina vem à janela!...
Dá-me o prazer do teu doce olhar!
Vem ver a lua que está tão bela…
Lança-me um beijo neste luar,
Minha doce e querida donzela.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

  


 ELES CANTAM

Canta o pobre trabalhador,
Canta na sua timidez,
Canta com uma voz de dor,
À espera da sua vez.

Canta como um pobre pardal,
Na liberdade condição,
Sem ter de voar do seu beiral,
Trabalho por confirmação.

O som triste no amanhecer,
Voz do campo na sua lida,
Canta até ao anoitecer,
Esse cantar da própria vida.

Por cantar sempre sem razão,
Com o seu destino traçado,
Derrama o cantar pelo chão,
Da terra que o há condenado.

Trabalhador de vida breve,
No seu cantar a inocência,
Morre pobre com alma leve,
Leva consigo a consciência.

No cantar o seu ganha-pão,
Trabalho árduo, seu suor,
Ter a míngua por condição,
Beijar a mão ao seu senhor.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

     
 
ALÉM – MAR

Por aqui sou imigrante,
Neste belo país que me acolheu.
Sem quer ser emigrante,
Calem-se as vozes, de quem cá nasceu.

Nuvem alvacenta e nua,
Que nesta cabeça pesada vai,
Caminha pela amargura,
Com a teimosa lágrima que não cai.

Quem me dera ter a dor,
Do meu tempo de emigrante nascido,
Naquele Mundo de calor,
Aquele além-mar desaparecido.

O resplendor do meu sal,
Que a lágrima derrama no jardim,
Consolando meu igual,
Fruto que brotou e saiu de mim.

E sem perder o juízo,
Com todo este meu tremendo degredo,
Lembro todo o prejuízo
E de novo começar, sem ter medo.

Pôr fim a esta jornada,
De estar faminto na grande abastança,
Nova vida desejada,
Tendo o triste passado na lembrança.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

   


 COISAS DA VIDA

…Que não há tão fraca sorte,
Nem ventura tão sentida
Ou merecida,
Que não tema a própria morte,
Nos devaneios da vida,
Com a sorte dada.
No fim, todos vão morrendo,
Como o tempo vai passando,
Assim cantando.
Na vida que vai correndo
Neste mundo tão incerto,
Tudo é certo.
Desde o tempo que nascemos,
Aventura então vivida,
Assim sentida,
É tudo o que merecemos
Por viver assim na terra,
Que não erra…

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 17 de setembro de 2014


FANTASIAS

Entre cordas de cetim,
Baloiça coração torpe e desfeito
E sem se lembrar de mim,
Retoma o seu nobre jeito,
Por esse Mundo, nem sempre perfeito.

Tons dourados da magia,
Massa alvacenta e nua da memória,
Forma toda a fantasia,
De uma triste e vil glória
Das almas nuas, no amar da história.

Sonhos na aparência real,
São fantasia de grande emoção,
Na entrega ao seu par ideal,
Arrasando o coração,
Em pedaços do seu já baixo astral.

Carlos cebolo
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terça-feira, 16 de setembro de 2014


DEPOIS DO CREPÚSCULO

Leva o vento o seu belo florescer,
Entre o rio parado que se sente,
O murmurar solto do amanhecer,
Com o brotar de tão bela semente,
Entre a fresca e húmida Madrugada,
Que nos belos lábios, ficou gravada.

Como é saudável ter o teu conchego,
Mesmo nas noites quentes de verão,
Ao calor dos teus abraços me entrego,
Por entre os teus seios em confissão,
No declamar do meu amor eterno,
Acabando de vez com o teu inferno.

Lembranças que não deixam de passar,
Momentos esquecidos enlaçados,
Ao som das ondas que varrem o amar,
Dos amores na praia entrelaçados,
Que o piar dos pássaros leva longe,
Esse triste murmúrio do amor monge.

O sentir arrepiante da pele,
Que do meu toque se elevou a cor,
Como beija-flor que suga o seu mel,
Provocando esses riachos de amor,
Então no querer do corpo escondido
E a flor com seu estame adormecido.

E quando a tua alvorada chegar,
Iluminará o teu sentimento,
Para esse crepúsculo te deixar,
A já branda alma sem o seu tormento,
Das lembranças desse teu padecer,
E assim, deixar a vida florescer.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 15 de setembro de 2014


NÃO ME PERGUNTES

Não me perguntes o que desejo,
Louco serei neste caminhar,
Apenas para roubar um beijo,
Esse teu corpo poder amar.

Não me perguntes pelo o que quero,
Nos teus passos, o meu poisar cedente
Ao olhar teu, neste desespero,
Que turva a já, minha fraca mente.

Não me perguntes o que mais gosto,
Tua alma ardente poder amar,
Tirar-te desse triste desgosto.

Não me perguntes que mais odeio,
Se teus lábios não poder beijar,
Ou não tocar esses teus firmes seios.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 12 de setembro de 2014


MINHA TERRA

Minha Terra?
Minha terra era uma estepe palpitante,
Formosa!...
No mistério que só África encerra,
Incessante;
Frágil como a mais linda mariposa.

Minha terra?
Minha terra era doce como o seu mel,
Perfeição,
Naquele sopé de uma magnífica serra,
Cor pastel,
Que a lembrança faz doer o coração.

Minha terra?
Minha terra com o seu cheiro a maboque,
Ardente,
Tristemente devastada pela guerra,
Com seu toque,
Preenche de saudades a minha mente.

Minha terra?
Minha terra, Bibala por sua graça,
Bela flor,
Os sentidos nos sentires que encerra,
Na raça,
Ao impor aos seus filhos, tão triste dor.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

      

     BELEZA

Fino véu de loiro trigo,
Na cabeça vai voando,
Traz no peito o som amigo,
Dos amores que vai somando.

Esbelta flor e seu pranto,
Beleza da natureza,
No olhar o seu encanto,
No amor a incerteza.

Loiros fios de encantar,
Naquele corpo de donzela,
Voam com o meu soprar,
Fazendo-a ainda mais bela.

No seu toque a sedução,
Que arrasa o meu coração.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

     

     OLHARES

Gosto de olhar para trás,
Ver o passado chegar,
Na ânsia que não morreu
E tudo o que ele me traz,
Todo esse teu doce olhar,
O desejo que é só meu.

Reviver a desventura,
Anos passados no crer,
Aquela doce ternura,
Nos teus braços reviver,
Suspiros do teu amor,
De um coração sem ter dor.

Com aquele teu doce olhar,
Que outrora eu bem senti,
Mantendo o gosto guardado.
Aquele teu tom de falar,
O que recordo de ti,
Gosto do rosto salgado.

No peito tens bela flor,
Aquele coração ardente,
Que se abre para o amor,
Com o ardente olhar que sente,
Vontade de caminhar,
No delírio de sonhar.

Os olhos que tudo dizem,
No olhar sentir o prazer,
Faíscas que reluzem,
Várias cores do teu ser,
Mostra ira e toda a calma,
Daquilo que traz tua alma.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 9 de setembro de 2014

      
  DESESPERO

Quem eu quero ver, não vem!...
Quem vem, só traz a saudade,
De quem na realidade,
Nos meus sonhos é alguém,
Lembranças da mocidade…

Ouvindo as noites passar,
Com todos os desassossegos,
Os noctívagos morcegos,
Também se põem a cantar
Elevando os seu egos.

À noite chamo por ti,
No brilho da escuridão
Desperta o meu coração,
Na dor que sempre sofri!...
…O toque da tua mão.

Desespero só por dar
Um beijo no lábio teu,
Nosso amor que não morreu,
Com a força do nosso amar,
O sentir que é só meu.

Há muito que não te vejo,
Desde o tempo de menina,
Quando ainda eras franzina.
Conheces o meu desejo
E traçaste a minha sina.

Quero os teus lábios beijar,
Sentir o gosto d’outrora,
Quando te fostes embora.
No desejo de te amar,
O destino marca a hora.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

             

        RECOMEÇO

Pararei no caminho, p’ra te apanhar,
Seguiremos sem um destino traçado,
Por entre os recantos da alma, caminhar,
Esquecendo o coração despedaçado.

No encanto desta nossa nova alvorada,
Caminhemos de mãos dadas com o amor,
Naquela felicidade já guardada,
Que o coração agora liberta a dor.

Seremos namorados no eterno luar,
Na carência sentida no sentimento,
Intensivo na nossa forma de amar.

Sem esquecer velhos traumas já sofridos,
Esquecemos todo o passado tormento,
Daqueles momentos por nós já vividos.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

         

       PASSADO

Do meu passado, não sinto nada!...
Um nada que dói!
Num corpo e alma desesperada,
A dor que destrói.

Aquela mocidade esquecida,
Alma lusitana
Com o fechar da sua ferida,
Na mente insana.

Um futuro p’ra sempre forçado,
Na dor do momento,
Por não seguir caminho traçado
Pelo sentimento.

Saudoso passado que se foi,
Futuro que fala,
A tremenda saudade que dói,
Dor que não se cala.

Sentimento inglório do nascer
Sonho adormecido,
Alma na glória do padecer,
Coração ferido.

Com sossego do seu coração,
A dor não sentida,
Num corpo com outra condição,
Já foi esquecida.

Na sua definida estrutura,
Povo sem Nação,
Para trás ficou essa aventura,
Dor do seu irmão.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 4 de setembro de 2014


 ONDAS DO MEU SAL

Brutalmente avança a onda do mar
Na areia se lança p’ra descansar,
Fúria selvagem na mansidão,
Galga caminhos sem ter o seu chão.

Assim vai a lágrima com seu sal,
Neste amor dormente, com seu final,
Rola pelo rosto sem ter calor,
Deixa no coração, eterna dor.

Chão cansado com o seu caminhar,
No chorar do corpo, com seu sofrer,
Assim vai serena, a onda do mar.

No rolar da lágrima o sofrimento,
Doce sal do meu triste padecer,
Na areia branca espraia o sentimento.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

        

          LOUCURA

E tudo se consente!...
Neste chão sagrado da minha mente,
Já tudo rodopia,
Num rasgar dos sentidos da fantasia.

Loucura a enegrecer,
Os já tristes sentidos do padecer,
Nas trevas do meu seio,
Com tanto pesadelo, insónia e anseio.

Neste meu sonho Louco,
Minhas frias mãos seguram o cérebro oco,
Vogar só, sem destino,
Nestas águas tristes do meu desatino.

No deserto da vida,
A sede d’uma loucura não sentida,
Com este meu despeito,
Pela dor que trago escondida no peito.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 2 de setembro de 2014



  PAPOILAS RUBRAS

Aqui, nos campos da redondeza,
Singelas, perfumadas e belas,
Com sua histórias, sem ter grandeza,
Papoilas parecem aguarelas,
Fruto da boa mãe Natureza.

Lembro aquele pic-nic feito,
Ali, junto ao riacho das rolas.
Discreta, mostravas o teu peito,
Ao apanhares as lindas papoilas,
Um ramalhete rubro perfeito.

E chegado a hora da merenda,
Estendemos nossa toalha à sombra,
Com teus seios a saltar da renda,
Mostravam aquela tão bela obra,
De um lindo quadro sem ter legenda.

Num impulso ardente de paixão,
Colhi a mais bela flor silvestre,
Dando asas ao meu coração.
Naquele lugar lindo, campestre,
Com um beijo, pedi tua mão.

E hoje recordo com saudade,
Sempre que vejo as rubras papoilas,
Do nosso tempo da mocidade,
E do lindo riacho das rolas,
Aquele quadro para a eternidade.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

   

 OUTONAL

No sentido da dor!...

Procuro o tempo ido,
Na floresta já seca,
Que o teu amor refresca.

Neste outonal florido,
Em folhas de papiro
Do teu corpo, me inspiro.

Vulcão arrefecido,
Neste corpo usado,
O teu beijo guardado,
O amor que respiro.

Assim é meu amor!...

Outonal do meu ser,
O mal que não me deixa,
Guardar do meu sofrer,
Riacho que se queixa.

Assim meu coração,
Este cofre fechado,
Sina da minha mão.

Cantar velado e lento,
Dum destino guardado,
Lá no meu pensamento.

De ti, guardo o momento…

Carlos Cebolo
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