Acerca de mim

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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

sexta-feira, 30 de maio de 2014


SONHO CONTIGO

À noite, sonho contigo!...
Meu refugio, meu abrigo,
Dou um momento de mim,
Com este amor sem ter fim.

Sem teu corpo, tua imagem,
A loucura que me tortura,
Nesta vida sem paragem,
O amor da minha loucura,
No crer, a tua coragem.

À noite, sonho contigo!...
Ser p’ra sempre teu amigo,
Reviver todo o momento,
Sentir o teu pensamento.

Sem maldade e sem vaidade,
Na ambição do meu amor,
Na poesia a verdade,
No corpo e alma a dor,
Sem ter a realidade.

À noite sonho contigo!...
O sonho se torna antigo,
Insensato coração,
Num amor sem condição.

À noite sonho contigo!...

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 29 de maio de 2014

    
 
 MUDANÇA

Vazio que tudo ocupa,
Seu amor feito de nada,
Nesta triste dor sem culpa,
Ser eterna desejada.

Com toda sua mestria,
O seu sentir de alegria,
Nesse modo de viver,
Sente o amor renascer,
No seu corpo em euforia.

Reviver da esperança
De uma vida em mudança
Com amargura sentida.

Nessa avidez de viver,
O seu novo renascer…

Sem ter medo da mudança,
O ganhar da confiança,
Na nova vida sentida,
Dá valor à própria vida.

Com toda esta magia,
Mostras sua alegria.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 27 de maio de 2014


TIC-TAC DO TEMPO

Tic-Tac faz o relógio,
Com este tempo peregrino,
Sem tecer qualquer elogio,
Sem distância e sem destino.

Uma distância sem ter fim,
Passado sem futuro certo,
Com o tempo a passa assim,
O Mundo se torna deserto.

Nas frias lágrimas contidas,
Espelho inútil de uma vida,
O perfume das despedidas,
Que retarda sempre a partida,
Com as mágoas sempre sentidas.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 26 de maio de 2014


O CANTAR DO PINTASSILGO

Os pintassilgos cantam,
Voam pelos pinheirais,
Com as cores que encantam,
Os seus ritmos musicais.

No bater d’asas, as voltas,
Com o seu esconde, esconde,
Batem suas penas soltas.

Assim que oiço o seu cantar,
E sem saber bem por onde,
Procuro o olhar fixar.

Uma rica melodia,
O pintassilgo vem dar,
Por essa hora tardia,
Quando teus lábios beijar.

Sereno canto se enfeita,
Que faz de ti minha eleita,
Sem mesmo saber se existe,
Um amor assim tão triste.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 23 de maio de 2014


FLASH (Dísticos)

É no verão que chega a nostalgia,
O mar, água salgada e a magia.

Num banco do jardim a solidão,
Hoje uns, amanhã outros, lá se verão.

Passamos por eles sem olhar,
Sem querer ver a velhice chegar.

Um dia seremos nós a ficar,
No banco do jardim a sonhar…

Outros passarão sem nos verem,
Com medo de um dia, velhos serem.

Nesta velhice transparente,
A incerteza de se ser gente…

Espelho baço de uma vida vivida,
A velhice ignorada, é muito sentida.

Por quem a sente num corpo enrugado,
Com o sinal da morte no rosto ensaiado.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 22 de maio de 2014

    

 ENVELHECER

Ouve músicas de sonho,
Vago ruído de chuva,
Nesses seus lábios risonhos,
Com destino que se curva,
Pelos caminhos medonhos.

Sua renúncia na entrega,
Impregnada com veneno,
Na pele nua que se esfrega,
Por este Olimpo terreno.

Constrói sua solidão,
Em pétalas que imagina,
Não ter outra condição,
Nem destino de outra sina.

Um sopro dentro da vida,
Na pura inscrição do amor,
Funde-se assim derretida,
Desde o seu interior,

Melancolia é saudade,
No sentir do sentimento,
Que aprece com a idade
E trazendo o seu lamento,
Realça a realidade.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 21 de maio de 2014

   
LIVRO RASGADO

Neste livro rasgado,
Escrevo-te entre linhas de amor,
No beijo adiado,
Entre pétalas da flor,
Que o teu corpo possui amargurado.

És um livro não lido,
Com teus triste poemas feitos de nada,
Que se torna querido,
À luz da madrugada,
Felicidade do amor renascido.

A página florida,
Do teu elegante corpo encantador,
Nos meus dedos sentida,
Em leituras d’amor,
Dão ao teu livro rasgado, outra vida.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 20 de maio de 2014


NO MARCAR DO TEMPO

No marcar do tempo,
A revolta!...
Neste contratempo,
Que se volta,
Sempre contra nós!

Dos que não têm voz…

No marcar do tempo,
A saudade!...
Como contratempo,
Da verdade
Que marca a hora,
Na demora
De quem quer ficar.

No marcar do tempo,
Morte e vida,
De um contratempo,
De tristeza.

Tristeza vivida
De quem quer amar,
Na pureza
De querer ficar.

No marcar do tempo,
Esperança!...
Num contratempo,
Da criança,
Que quer crescer,
E envelhecer.

Viver!...
No marcar do tempo,
O contratempo,
De morrer…  

Carlos cebolo
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segunda-feira, 19 de maio de 2014


LÁGRIMAS DA MADRUGADA

Na tua linda face morena,
Com belo sorriso de menina,
Uma triste lágrima cansada,
Mostra uma pobre alma serena,
Naquele triste chorar de sina,
Que talha a beleza desejada.

Numa fria noite de luar,
Apenas para te poder ver,
As estrelas mudam de lugar
E o Sol espreita pra nascer.

No triste chorar encantador,
Pétalas tímidas no florescer,
Enfeitam o nosso grande amor.

Menina com seu belo sorriso,
Luz do Sol no meu amanhecer,
Mostra-me tudo de que preciso.

Tua mestria do bem amar,
Ensina-me também a chorar…

Essa maldita dor que te aflige
E faz-me ter por ti grande estima,
Também é a dor que me atinge,
Assim como o teu amor fascina.
.
Sinto no meu peito a tua dor,
Sorriso triste de sofrimento,
Intensificar o meu amor,
Com todo aquele belo momento,
Sentido no teu doce calor.

Assim, nasceu o dia a chorar…

São as lágrimas da madrugada,
Que fez de ti, minha doce amada,
Fortalecendo este meu sonhar.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 16 de maio de 2014


VELHO

O relógio não para…
Retardado no tempo, espera a vida,
Como uma coisa rara.
Caminhada perdida,
Rugas profundas, marcadas na cara.

Na solidão do encanto,
O abandono é seu esquecimento,
O jardim, o seu manto,
Seu olhar, o lamento
Duma sinfonia sem o seu canto.

No banco do jardim,
A bela vida que tarda a chegar,
Pensamento ruim
Que o leva a pensar,
Ter assim chegado o seu triste fim.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 15 de maio de 2014


O PECADO DA ALMA

Este meu e teu viver,
No sentido poético da vida,
Da vida que quer morrer,
Na transição perdida
Do corpo com a alma a renascer.

Lira do sentimento,
Numa rima perfeita da condição,
Neste meu juramento,
De seguir o coração,
Seja qual for, o seu triste momento.

A mocidade reluz,
Neste encanto da vida vivida,
Encontra a sua cruz,
E antes da partida,
Pratica o pecado que a seduz.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 13 de maio de 2014


AMAR EM LIBERDADE

Amor que se revela ao som da lua,
Na alegria sentida nua e crua.

Nos intensos sons do quente luar,
Poder amar assim em liberdade,
O canto do amor neste despertar,
De um sonho vivido na mocidade
E teus doces lábios poder beijar.

No silêncio daquela escura rua,
Poder olhar e ver tua alma nua.

Sem saber se é sonho ou realidade,
Na bela mistura de sonho e vida,
O tocar teu corpo com suavidade,
Na pura magia que não se olvida,
Formou essa doce e triste saudade.

Ao ver teu sorriso na noite crua,
Dei graças ao belo brilho da lua.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 12 de maio de 2014

             J O G O

Ser carpeta neste jogo de amor,
E sentir teus lábios em minha boca,
Desejo que queima esta mente louca,
No amor sentido na constante dor.

Na fortaleza da atracção do jogo,
Espadas e copas numa união,
A lança cravada no coração,
Derrama do teu coração, o fogo.

O fogo ardente da minha paixão,
Na carpeta verde do teu pensar,
As cartas que escorrem da minha mão.

Neste jogo de um amor escondido,
Lágrimas que meus lábios vão beijar,
Nesse teu rosto de traço sofrido.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 9 de maio de 2014

      

    PAIXÃO

Serena me desdobro,
Folha branca do Ser,
O beijo que te cobro,
Sem mesmo o merecer.

Uma página solta,
Do livro que não li,
Enche-me de revolta,
O corpo que reli,
Sem dele pedir volta.

Sou louca de paixão,
Fogo ardente de amor,
Com todo este vulcão,
Que só me causa dor.

Tocar tua alma nua,
Desse teu corpo ardente,
Pensando ser só tua,
No momento presente,
É sonhar ter a lua.

Serenidade da alma,
Que o corpo não sente,
Com toda a minha calma.

Eu, cheia de desejo,
Afasto da vil mente,
O sabor do teu beijo.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 8 de maio de 2014

      
     VENDAVAL

Triste vendaval que passa,
No contraste de uma vida,
Varre mágoas da desgraça,
Da triste vida vivida,
No sangue e glória da raça.

Indómita dor se sente,
Neste deserto vazio,
De uma alma de sangue quente,
Com esse coração frio,
Que assim fere a própria mente.

Vendaval no seu varrer,
Abismo da noite fria,
A fúria que quer volver,
A pobre vida vazia,
Muito antes de morrer.

A vida sem existência,
Sem de nada ter certeza,
Fere a ténue consciência,
De uma tão nobre pureza,
Com a sua consciência.

Traz a tristeza na mente,
Este vendaval que passa,
Com o seu amor ausente,
Aumenta a sua desgraça,
Surgindo assim de repente.

Nesta mágoa de ter vida,
Tristeza que a gente vê,
Com toda esta dor sentida,
Sem se ver o que se vê,
Numa alegria fingida.

Mais uma noite ao relento,
No amor que procura ter,
Velas expostas ao vento,
No velar do amanhecer,
Com sombras no pensamento.

Carlos cebolo
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quarta-feira, 7 de maio de 2014


MAR

Rebeldia sentida,
Neste mar sem ondas nem firmamento,
Com a alma retida,
No frio sentimento,
De quem quer amar, antes da partida.

Olhar que a alma tem,
Desse momento que não se esquece,
Na onda que se retém.
A dor que aparece,
Naquele mar frio com o seu desdém.

Água, névoa cinzenta,
Naquela enorme mancha corrente,
Algo que se lamenta,
No coração que sente,
Esse frio mar que o alimenta.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 6 de maio de 2014

           

         MADRIGAL

Dentro deste meu coração se faz dor,
Nuvens escuras amenas,
No teu verdadeiro contraste do amor.

É como um rio que recebe águas,
Durante as noites serenas,
No cantar da tristeza com sua mágoas.

Triste madrigal do amor assim cantado,
Onde lavo minhas penas,
Com doçura do beijo, por mim roubado.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 5 de maio de 2014


INGÉNUO SONHADOR

Ingénuo Sonhador,
Com seu triste destino,
Canta no Mundo amor,
Vazio desatino,
Provoca a sua dor.

Nas suas crenças de ouro,
Mentes claras e escuras,
Formam esse tesouro,
Na fonte onde procuras,
O belo bebedouro.

No cantar da beldade,
Magia do encantar,
Esconde a realidade,
No querer desejar,
A sua mocidade.

Com enorme frieza,
Nesse viver ingrato,
Mostra a sua beleza
E compõe seu retrato,
Com cores da tristeza.

Retrato que quer ver,
No olhar do seu amor,
Sem triste padecer,
Que lhe provoca a dor,
Mesmo antes de a ter.

Carlos Cebolo
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domingo, 4 de maio de 2014


DIA DA MÃE
Apenas te direi!...
Parabéns mãezinha.
Este dia que é teu,
De Conceição chamado,
O nascimento meu,
È assim lembrado.
No teu colo chorei,
Com a dor que é minha,
Sempre te amarei,

Querida mãezinha.
Carlos Cebolo

sexta-feira, 2 de maio de 2014

          

           DOR

Abro as portas dos segredos,
Com meus flutuantes dedos,
Nem sei, sequer, se me viste,
Como de alegria triste,
Se tratasse todos os medos.

Essa dor forte, imprevista,
Que sempre me turva a vista,
Quando havia de vir, veio,
Amor metido no meio,
Nas folhas duma revista.

Na doçura da magia,
Não vou jurar que me via,
No sentir que já não penso,
Neste meu deserto imenso,
Viver sem sua alegria.

Num passado que passou,
Nas juras que se jurou,
Quem viu a sombra da luz,
Desse mal que te seduz,
Triste amor que sempre amou.

Há quantos anos que foi?
A saudade que me dói,
No peito ainda guardado,
Um beijo como legado,
Nesta dor que me corrói.

Nesta minha mente sana,
A enorme dor humana,
Na linha do horizonte,
O suor preso na fonte,
Dum amor que não engana.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 1 de maio de 2014



  1º DE MAIO

Entre canção e canção,
A balada de uma vida,
O trabalhador sem pão,
Com sua vida perdida,
Nesta triste comunhão.

É o primeiro de Maio,
Um cantar com alegria,
O cantar do belo Gaio,
Pela escura noite fria.

Levanta a tua cabeça,
Peão do belo país,
Que a força não te esmoreça,
Ao mal, arranca a raiz
E evita que ela cresça.

Feio Cuco está no ninho,
Ninho do trabalhador,
Para lhe roubar carinho
E depositar a dor,
Traçando um outro caminho.

O teu voto, é a tua arma,
O teu suor, o teu pão,
Não percas o corpo e alma,
Numa nova escravidão.

O teu dia é de valor,
Em Maio a revolução,
Ao país que tens amor,
Mostra a força da razão
E o teu coração de dor.

Carlos Cebolo