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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quarta-feira, 29 de novembro de 2017


TRANSFORMAÇÃO

Do cálix das rosas expiro o teu perfume,
Fresco, acetinado, como essa bela flor,
Por onde o colibri liberta o seu calor,
Separando o néctar desse seu azedume.

Como um beijo termo na hora de despedida,
Esse beijar do colibri primaveril,
Traz o seu calor, às frescas manhãs de Abril,
Transformando por completo essa triste vida.

Esse seu nome, não sai do meu pensamento.
Trespassa o meu peito nas noites de agonia,
Quando esse seu luar, meu coração extasia,
Nesse amargor absorto deste meu tormento.

E nas frescas manhãs, dá-se a transformação,
Esse meu inconsciente sonhar desejado,
Um doce beijar com o seu abraço apertado,
Solta os ais da profundeza do coração.

E o colibri que o cálix da rosa beijar,
Transformando o néctar no mais puro alimento,
Na hora da despedida deixa o sentimento,
Gravando no céu estrelado esse seu cantar.

Carlos Cebolo



segunda-feira, 27 de novembro de 2017


IRREALIDADE DE UM DESTINO

Destinos onde nunca se chega,
Com essa partida sem o ser,
Palavra dita que aconchega,
A chegada de um amanhecer.

Esfria esse meu pensamento,
No vasto silêncio que se ouve,
Desse tempo sem sentimento,
Todo o clamor que me comove.

Sinto o meu mundo revirado,
Na saudade da chama que arde,
Daquele esquecido passado,
Em lágrimas de uma realidade.

Carlos Cebolo





sexta-feira, 24 de novembro de 2017

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CIFRAS DO AMOR

Decifras-me em sons de poesia,
Frases e letras de emoção,
Por onde se esconde toda a magia,
De no querer, parecer confissão.

Nesse despertar de emoções,
Sem ser o que falo ou o que escrevo,
Em verso toco corações,
Sem sentido ou algum relevo.

Sou a voz que se quer ouvir,
Nessa calmaria da espera,
Que a alma procura no sentir,
Da renovada Primavera.

No meu corpo escrevo a saudade,
Desses amores presos à distância,
Fervor da eterna mocidade,
Ternura tolhida nessa ânsia.

E por me leres com a sensação,
De um doce gosto proibido,
Palpita-te o coração,
Por esse amor assim banido.

Carlos Cebolo





quarta-feira, 22 de novembro de 2017


NAS NOITES, SEREI TEU

Espesso véu cobre a terra cor de breu,
O sal líquido brilha com o seu olhar…
No santuário, ao som da lua serei teu,
Com essas pérolas que traçam seu caminhar,
Nesse rolar livre estampado no rosto,
Espelhando sem piedade esse desgosto.

Os restos de poeira cheiram ao teu amor,
Esse amor que aos poucos ficou desgastado,
Na melancolia desse teu fervor,
O acalmar deste coração desolado,
Nessa procura de uma outra solução,
Pensamento perdido entre o sim e o não.

Todas as regras foram quebradas em nós,
Nossos olhares indicam esse sofrimento,
E nesse sofrer não estaremos sós,
Nem na lembrança desse doce momento,
Vivido nesse desejo por inteiro,
Que me faz ainda hoje, sentir o teu cheiro.

Carlos Cebolo



segunda-feira, 20 de novembro de 2017




PALAVRAS DE AMOR

Palavras de amor nunca foram ditas,
Na imensidão da verdade da vida,
São cristais preciosos, pedras benditas,
Na pureza do coração sentida.

Na memória de um beijo, a tua boca,
Recanto adocicado do prazer,
Sentir de um calor que te deixa louca,
Cheiros a rosas nesse entardecer.

Tantas são essas palavras de amor,
Sempre ditas em qualquer ocasião,
Que em qualquer futuro provocam dor,
São espinhos cravados num coração.

Das palavras que o amor não se alimenta,
Essas sim, palavras de confiança,
São esmeraldas que a própria alma se alenta,
No desejo de voltar a ser criança.

Carlos Cebolo



sexta-feira, 17 de novembro de 2017


TALVEZ

Talvez eu seja a distância que nos separa,
Sonhos que morrem sem serem vividos,
O incenso de um perfume que não existe.
Talvez seja a madrugada que não te ampara,
Essa dor de solidão nos silêncios sentidos,
A imaginação do nome com que te despiste.

Talvez seja o calor de antigas auroras,
Por onde as lágrimas soltas se desfizeram,
Depois de serem vencidas ou roubadas.
O aumento das lágrimas tristes que choras,
Os inúmeros pedaços das almas que repousaram
Nessa tristeza das esperanças desmanchadas.

Talvez seja a sombra que te turva o pensamento,
Que não te deixa ver com toda a clareza
Que na poesia se canta sentimentos e emoções.
Ser teu refúgio secreto trazido pelo vento
Que te abrigue do frio da tua incerteza,
Iluminando-te nos becos escuros das sensações.

Carlos Cebolo



quarta-feira, 15 de novembro de 2017


DESENCONTRO

Bela flor aos meus olhos aparecida,
Que o meu amor sentido não fica isento,
Prata luar que envolve este meu pensamento,
Da tua bela imagem, assim divertida.

Sem te querer louvar em meu atrevimento,
No teu olhar forcei uma despedida,
Sentindo tua imagem um pouco perdida,
No desencontro triste do nosso momento.

Se na tua beleza contemplar toda a arte,
Desse meu peito por onde perco o siso,
Na procura de entrar no teu paraíso.

No teu dançar, contemplei a menor parte,
Desse teu amor oferecido à míngua,
O meu acanhar, onde perdi a língua.

Carlos Cebolo




segunda-feira, 13 de novembro de 2017


SECA

Não chove! Apenas há silêncio que se deixa ouvir,
Naquele triste sentimento cego de uma alma viúva,
Entre o sossego onde o céu também parece dormir,
Nas gotas miúdas do orvalho que não chega a ser chuva.

À noite ouve-se o sussurrar do vento no seu lamento,
Nada em mim sente essa nostalgia criada assim,
Que a própria terra diz sentir com esse frio vento
E como um grande desejo, a chuva sentida em mim.

O céu límpido de espessa nuvem, só transporta geada,
A geada que tomou conta dessa alma atormentada,
Desta terra seca, sem ter a chuva desejada.

Não há ruído que se deixe ouvir mesmo sussurrando…
Nascentes ávidas nesse lumiar da madrugada,
Procuram beber essas fracas gotas do seu pranto.

Carlos Cebolo


sexta-feira, 10 de novembro de 2017


PASSADIÇO À BEIRA MAR

No encanto do seu baloiçar,
Caminha cheia de graça,
Na beleza do olhar que passa,
Espraiando seu encanto,
Fixando em si meu olhar.

Mulher em movimento ondulado,
Corpo esbelto, cabelo ao vento,
Sua pele em tons dourado,
Mostra o Sol que a banhou,
Desenhando aquele momento.

No contraste de tanta alegria,
O Mundo sombrio e triste
De um pensar sem fantasia,
Que a própria vida traçou,
Onde o amor já não existe.

Naquele baloiçar vem a graça,
Da beleza que encanta o Mundo
E que torna tudo mais lindo,
Com aquela beleza que passa,
Com um pensamento profundo.

Carlos Cebolo


quarta-feira, 8 de novembro de 2017



O VOAR DE UM OLHAR

Se o amor fosse cantado,
Revelava o sentimento,
Só com o simples olhar.
Sem voz fica calado,
Absorvendo o momento,
Sem o amor revelar.

Sem o poder dizer,
Sem parecer mentir,
Fica no esquecimento.
Quem nasce para sofrer,
Escondendo o sentir,
Faz voar o pensamento.

E nesse leva e traz,
Com esse olhar receoso,
A promessa do crer
Que o amor não se desfaz,
Num querer tão carinhoso,
Sentido num sofrer.

Carlos Cebolo



segunda-feira, 6 de novembro de 2017


CONTRADANÇA

Já a fraca luz percorre a escuridão,
No Oriente a janela do horizonte se abre,
Deixando respirar essa solidão,
Onde a luz do Sol, no seu esplendor, arde.

Essa madrugada traduz a esperança,
Daquele amor que ainda sente a verdura
Das suas frescas voltas e contradança,
Que ao fim do dia, lhe fez sentir ternura.

A manhã que lhe aparece bela e amena,
Esse efeito de um amor tão preeminente,
De uma felicidade angélica e serena,
Permite-lhe ter o espírito consciente.

A bela e nova Aurora aparece pura,
Sentindo no ar essa suave melodia,
Que a acompanhou em toda aquela aventura,
Enquanto a noite se transformava em dia.

Carlos Cebolo


sexta-feira, 3 de novembro de 2017


CANÇÃO DE OUTONO

O Outono toca a nossa vida,
A vida que o Mundo gerou.
Velha canção da despedida,
Despedida que não chegou.

A seca da nossa tristeza,
Nessa tristeza sem desejo,
O Outono traz sua beleza,
E os teus lábios um doce beijo.

À noite junto-me à lareira,
Lareira do teu fogo ardente,
O Outono será brincadeira,
Se a nossa alma esse amor consente.

Carlos Cebolo


quinta-feira, 2 de novembro de 2017


SILÊNCIO

E na noite onde tudo acontece,
O silêncio faz-se ouvir,
Naquela despedida que não aconteceu.
O próprio corpo, com a alma, estremece,
Nas palavras por dizer que ferem o sentir,
De uma dor que ainda não adormeceu.

Talvez o grito não se deixe ouvir,
Naquela dor que não se quer sentir.

Nesse sufoco do seu corpo solto,
Escreve-se em desejos de loucura,
Nas noites eternas por dormir.
O fel da solidão que se deixa verter revolto,
No desalento das madrugadas sem ternura,
Cobrem o pranto velado desse sentir.

O canto da noite se torna solidão
E embriaga-lhe no sonho da ilusão.

Nesse abismo do seu sonhar,
O silêncio que se faz sentir,
Fere a alma perdida no tempo.
Nesse despertar da aurora no triste acordar,
Sopra a quente brisa que se faz emergir,
Deixando bem perto o seu desalento.

Carlos Cebolo