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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quarta-feira, 31 de março de 2010

ESPERANÇA

No Querer e não Poder, chegou a vez de falar um pouco de esperança. Esta palavra significa aquilo que muita gente suspira constantemente e anseia pela sua concretização. Há mesmo quem diga que a Esperança é a última a morrer. Não são vãs estas palavras, pois quando se perde a Esperança é porque tudo está consumado. Já assim falou Jesus quando viu o seu fim na cruz, “ tudo está consumado”. Também podia ter dito “acabou a esperança, chegou o fim”. O ser humano quando nasce trás consigo a esperança de uma vida plena e quando se aproxima a hora da sua morte, também fica com a esperança de ir para um Mundo melhor e de encontrar os seus familiares e amigos já falecidos. A criança tem esperança de, ao ir para a “escolinha”, encontrar amigos com quem brincar e encontrar no adulto a esperança de uma constante protecção. O adolescente encontra na esperança, uma certeza de uma vida de liberdade ao atingir a maioridade. O estudante tem sempre a esperança de com os seus estudos concluídos, encontrar um bom emprego que melhore substancialmente a sua situação económica. O adulto vê a esperança como uma salvação dos seus problemas e que mais tarde ou mais cedo eles se resolverão. A esperança de atingir sempre uma vida melhor, está constantemente no espírito do ser humano. O casal de namorados tem esperança de tudo correr como o desejado, fazer um casamento feliz e constituir a sua própria família sem grandes problemas. No casal, quando tudo corre bem, há sempre a esperança de chegarem juntos ao fim das suas vidas. Quando algo corre mal, existe sempre a esperança de se resolver a assunto sem uma separação e, quando isto não for possível, ficam com a esperança de arranjar um companheiro melhor e serem realmente felizes. No tocante ao idoso, a esperança é outra. É prolongar a sua vida neste planeta o mais possível, sem dores, sem sofrimento e ter uma morte “santa”, repentina, sem quase dar por ela. É a esperança do ser humano, não sofrer nem fazer sofrer. Também ao nível social, a esperança nunca morre. O pobre; o trabalhador necessitado; a classe baixa e média baixa, tem sempre a esperança de um dia ser contemplado com um grande prémio e se tornar rico. O rico vive na esperança de aumentar constantemente a sua fortuna. Enfim, a esperança é na realidade o grande elixir da vida. Sem a esperança, o Mundo não seria agradável e a humanidade não conseguiria sobreviver. Até os pessimistas que dizem “já não tenho esperanças de nada” no fundo do seu ser, do seu pensamento, existe sempre a esperança de haver uma mudança, o tal milagre salvador. O velho ditado que diz que “a esperança é a última a morrer”, pode muito bem ser substituído por a “esperança nunca morre”. Em certos países africanos, a esperança consiste em arranjar comida dia a dia para sobreviver. Aqui a esperança é mais dolorosa. È tão cruel que chega ao ponto desta palavra tão real, ter apenas presença no imaginário das crianças que todos os dias morrem de fome. O nosso caixote de lixo doméstico, seria uma mesa farta nestas paragens e seria a esperança de vida para muitos inocentes. A desgraça é tão grande que me leva a perguntar – Onde andas tu, Pai da esperança que deixas os teus filhos morrerem à fome?

segunda-feira, 29 de março de 2010

VALORES – NOME FAMILIAR



O dia dezanove de Março é dia dedicado a S. José, pai humano de Cristo e também por inerência, escolhido no Mundo ocidental, com dia do Pai. Eu, pessoalmente, discordo com estas datas, pois dia do pai ou da mãe são todos os dias do ano. Mas como assim é instituído, respeito-o como tal. Não me foi possível fazer um tema dedicado ao Pai nesse dia, mas aproveito o fim do mês de Março, também considerado como o mês do Pai, para no meu Blog “Querer e Não Poder”, fazer uma dedicação ao meu saudoso, querido e já falecido pai.
Ainda me lembro do tempo em que era menino, quase de colo e ouvia com muita atenção, os grandes ensinamentos que meu pai procurava à maneira dele, fazer com que eu entendesse. Não falava dos valores morais em geral, pois sabia que esses valores variam de país para país, de cultura para cultura. Falava dos valores que em qualquer país ou cultura são fundamentais para se adquirir o respeito, a dignidade. Dizia ele repetidamente, sempre que a ocasião era propícia: “ meu filho lembra-te sempre que o nome que usas depois do teu, não te pertence. Foi-te dado através dos tempos pelos nossos antepassados. Tens por isso, uma grande responsabilidade em mantê-lo limpo e respeitável. Não tens o direito de o conspurcar e de lhe diminuir o valor. Antes pelo contrario. Deves procurar com atitudes sérias, que esse valor seja cada vez maior. Usa-o sempre com dignidade e lembra-te que quem to deu, já não mora neste Mundo terreno.” São valores que procuro não esquecer e transmitir aos meus filhos e netos. O nome que nos é permitido usar e do qual somos os principais guardiões, deve ser sempre preservado com dignidade para que mantenha o seu real valor. Um nome caído na lama jamais se levantará e ninguém o respeitará. Hoje, já avô, ponho-me a pensar no que ouvia quando era criança e recordo com saudades, que esta foi, se não a maior, uma grande lição que o meu pai me deu. Nada é meu. A vida, a educação, a instrução, o carácter, o amor, todos os ensinamentos que adquiri e principalmente o nome, foram-me dados. Nada de relevante é meu. Na sociedade em que vivemos, um bom-nome familiar é meio caminho andado para o sucesso. Outros ensinamentos adquiri de meu pai, mas nenhum me marcou mais do que este. O meu “velhote”, como carinhosamente lhe chamava, também me fazia lembrar que a vida dos outros, para nós não tem qualquer interesse próprio. Por isso, tudo o que se ouvir fala sobre os outros, deve apenas servir como conhecimento para nós próprios. Esses conhecimentos, nunca os deveremos divulgar como verdadeiro ou falso, pois a nós não nos dizem respeito. Devemos procurar dar bem com toda a gente, pois até prova em contrário, todos são dignos da nossa confiança. Quando nos provarem o contrário, simplesmente devemos ignora-los sem rancor ou ódio. Apenas indiferença. Os nossos amigos verdadeiros, devem ser escolhidos a dedo, pois todos servem para ser conhecidos, mas nem todos servem para ser amigos. Meu pai não era um homem sábio, mas tinha a sabedoria suficiente para compreender e ensinar coisas simples mas importantes como estas. A honestidade é o grande valor que está à disposição do ser humano. É lamentável que nem todos a saibam utilizar. Em memória do meu pai, estes ensinamentos foram transmitidos aos meus filhos e a minha neta, com apenas dois anos, sempre que está comigo, ouve-me dizer que o nome dos avos é muito importante! Quando tiver mais compreensão, explicar-lhe-ei a importância do nome familiar. Até lá, apenas preocupar-me-ei em dar bons exemplos, procurar desenvolver brincando o seu intelecto e umas guloseimas de vez em quando. A ti pai, onde quer que estejas, um grande abraço e o meu muito obrigado.

sexta-feira, 26 de março de 2010

MITOS E LENDAS

O querer e não poder escolheu para hoje o tema Mitos e Lendas, por haver alguns desses Mitos e Lendas que ainda hoje, nos atraem, atormentam e, ou nos fascinam. Na mente humana, permanece as lembranças de deuses e de homens dum passado remoto, com proezas super humanas, com palavras mágicas, com histórias fabulosas que atravessaram gerações. Em todas as culturas do Mundo, a imaginação humana inventou contos de fadas, de duendes que encantaram e encantam principalmente as crianças, dando azo às mais criativas imaginações. Os magos, tanto os antigos como os actuais, aplicam palavras “mágicas” para darem ênfase aos seus truques. Começamos logo de pequeninos a ouvir histórias que vão crescendo connosco e que a certo tempo, confundem-se com a realidade ou permanecem na nossa mente como uma boa ou má recordação. Quem não conhece a agradável lenda do pai Natal, baseada na história de S. Nicolau, também conhecido como Santa Claus que, distribuía presentes às crianças pobres da sua época e que ainda hoje, principalmente na cultura ocidental, faz as delícias não só das crianças, mas também dos adultos que dão e recebem prendas, como que a comemorar o nascimento de Cristo ou, lembrar as prendas que segundo os livros sagrados, Cristo menino, recebeu dos reis Magos. A personagem do Pai Natal e as suas renas, está hoje de tal maneira enraizada na mente do ser humano ocidental, que já faz parte integrante da nossa cultura, ao ponto de não concebermos o Natal sem esta figura lendária. Do nosso tempo de criança, também nos lembramos e transmitimos os nossos filhos, o milagre da fada madrinha que coloca uma moeda por baixo da almofada, no lugar onde à noite, a criança coloca o dente de leite que lhe saiu. Essa mesma fada madrinha que a criança recorre a pedir protecção sempre que necessário e que é figura principal em muitas histórias infantis, é mais uma das lendas criadas pelo imaginário do ser humano e que ainda hoje aparece como seres sobrenaturais no folclore de muitos países europeus. Em tempos idos, o cristianismo chegou a pensar na verdadeira existência desses seres fabulosos e pensavam que as fadas, eram anjos caídos ou almas de crianças que haviam morrido sem o baptismo. Juntamente com as fadas, aparecem os duendes; seres de diversos tamanhos, temperamento e poderes mágicos, que ao abrigo de uma invisibilidade, ajudam ou incomodam os seres humanos. Na idade média dizia-se mesmo que os duendes atacavam durante a noite os berços e roubavam as crianças, deixando no seu lugar um boneco de madeira. O abominável homem das neves, também conhecido por iéti, criatura peluda que muitos afirmam existir nos Himalaias e houve mesmo algumas notícias sobre a descoberta de pegadas extraordinárias, é também conhecido no ocidente como Bigfoot (pé grande), havendo mesmo relatos de pessoas que dizem também ter visto essa criatura em vários locais da América, não passa, até prova ao contrário, de uma lenda criada pela prodigiosa mente humana. O Monstro do lago Nesse (Loch Ness), na Escócia, animal aquático muito grande que muitos dizem ter visto, mas do qual, ainda não se prova a sua existência, apesar dos vários estudos feitos ao referido lago, para todos os efeitos é visto como uma lenda local. Os Lobisomens, homens que de acordo com uma antiga superstição, assumem durante as noites de lua cheia, a forma de lobo e atacam aqueles que andarem durante essa noite pelas ruas escuras. Esta lenda ainda hoje é tida como verdadeira em muitos países, principalmente de África e América Latina. Continuando com as lendas e mitos mais conhecidos, não podia deixar de falar da célebre lenda das Amazonas. Um grupo de mulheres guerreiras, dotadas de uma força extraordinária e de uma agressividade extrema que fazia delas guerreiras excelentes e temidas na mitologia grega, muito pródiga em mitos e lendas. Desta mitologia também destaco a figura de Hércules, meio homem meio deus, filho do deus Zeus e considerado como o ser mais forte que existiu sobre a Terra. Também muito conhecido nos tempos actuais, ao ponto de terem a honra de serem objecto de filmes, séries e novelas, os vampiros, cuja história é baseada na maldade de um conde que existiu na idade média na Roménia, mais precisamente na Transilvânia, conhecido por Drácula e apelidado de Vlad, o Impalador, possuidor de uma maldade extrema, ávido de sangue, espetava as suas vítimas em estacas, para todo verem e temerem o seu poder. Mas o mito dos vampiros tal e qual como se conhece hoje, não passa de uma ficção muito bem conseguida para ilustrar a maldade. Estes mortos-vivos que deixam o seu caixão durante a noite para se alimentarem de sangue humano, não passam de um mito criado na idade média, numa altura em que os saqueadores de túmulos assaltavam os cemitérios para roubar o ouro enterrado com os mortos e deixavam as covas e caixões abertos. Nestas personagens inventadas, a imortalidade é apenas uma lenda enraizada em certas culturas. O Diabo, o ser supremo que personifica o mal, inimigo mortal de Deus, também conhecido por Belzebu, Lúcifer, Demónio, Satanás, Satã e Príncipe das trevas, também não passa de uma lenda inventada pelo grande imaginário humano e aproveitada pelas culturas antigas, principalmente as religiosas, para levar o povo a praticar o bem e ter medo de um terrível castigo depois da sua morte. É um mito que ainda hoje se encontra presente na mente humana e com uma força tal, que muitos acreditam ser verdadeiro. As célebres Sereias, criatura marítima muito bela, da cintura para baixo tinha a forma de peixe e da cintura para cima a forma de mulher, também conhecidas por Ninfas, eram temíveis pelos marinheiros até finais do século XIX, por serem consideradas muito sedutoras e personificarem a beleza e a traição do mar. Os marinheiros acreditavam que o seu doce canto os fazia adormecer e depois eram levados para o fundo do mar, justificando assim os inúmeros naufrágios existentes naquela época. Não podia acabar este tema sem falar no mito actual. Os ÓVNIS, para muitos são naves reais e indicam existir vida inteligente noutros planetas; outros, admitem serem objectos verdadeiros, mas que tudo não passa de experiências secretas do exército Norte-americano. Contudo, a maioria dos cientistas rejeitam os ÓVNIS, pois acreditam que tudo não passa de uma ilusão causada por fenómenos naturais. O certo é que enquanto nada se provar, também isto não passa de um mito criado pela mente humana. Mais uma lenda para aguçar a nossa imaginação.

quarta-feira, 24 de março de 2010

EUTANÁSIA



 O Querer e não Poder, após vários temas diversos, escolheu para hoje um bastante controverso ou, talvez o termo mais indicado seja polémico. A Eutanásia. Esta prática de abreviar a vida de um enfermo incurável de uma maneira controlada e assistida, é vista por uns como um acto aceite socialmente e por outros como uma condenação. Este assunto tão controverso tem dois aspectos preponderantes: A prática Activa e a prática Passiva. Na eutanásia activa, o doente tem conhecimento do acto em si, aceita-o como definitivo e negoceia directamente com o médico responsável. Na eutanásia Passiva, a morte não é deliberada com consciência, nem por iniciativa própria do doente, antes por descuido motivado por várias circunstâncias, que o levam a um descorar os cuidados médicos que, com o passar dos tempos, lhe provoca a morte. Estes dois parâmetros da eutanásia, não pode ser confundido com um outro, em tudo muito semelhante, a que a justiça chama de Homicídio assistido. Na Eutanásia a morte é executada por uma terceira pessoa e no homicídio assistido a morte é causada pelo próprio doente, embora tenha a ajuda de uma terceira pessoa. Há sectores da população e certos doentes, que em caso de grande sofrimento, causado por uma doença em estado terminal, aceitam e defendem a eutanásia como solução humana para o problema, justificando-se com a dignidade que todo o ser humano deve ter em vida.. Outros sectores e outros doentes, mesmo em caso terminal, não aceitam a eutanásia e, argumentam que o doente deve morrer apenas quando chegar a sua hora e que a dignidade nada tem a ver com a eutanásia. Em termos religiosos apenas se admite a morte, quando for a vontade do Criador e não vê no homem, poder para tal decisão. No direito à vida, consagrado em lei e adoptado por vários países, também lá vem expresso que “o homem ao nascer trás consigo direitos que ele próprio os não pode prescindir”. E um destes direitos é precisamente o direito à vida. É certo que, muitas vezes o estado físico e psíquico do doente, causado pelo alto grau de sofrimento o leve a querer por termo à vida. Mas também é certo que mesmo estes doentes, têm momentos de alegria e de felicidade. Para a família do doente em estado terminal, também a eutanásia poderá surgir como um mal menor e uma maneira rápida e eficaz de acabar com o sofrimento, não só do próprio doente, mas também do seu agregado familiar. Para os médicos há que contar sempre com o juramento de Hipócrates “ A vida é um dom sagrado sobre o qual o médico não pode ser juiz”. Para a Lei geral em Portugal, a eutanásia é para todos os efeitos considerado um crime e como tal terá de ser objecto de punição. Mesmo nas doenças consideradas incuráveis pela medicina convencional, há sempre a hipótese de se recorrer à medicina tradicional, como uma alternativa válida. Há casos confirmados de que esta medicina, ainda pouco aceite pela parte médica, em certas doenças tem dado mostras de ser eficaz. Poderá ser sem sombras para dúvidas, uma boa alternativa à eutanásia. Pelo lado humano, respeito aqueles que a aceitam e apoiam e também pelo mesmo lado humano, condeno aqueles que se querem fazer passar por deuses. Deixemos pois a Natureza escolher a alternativa de vida ou morte e não precipitar as coisas. A eutanásia não é solução para o problema.

segunda-feira, 22 de março de 2010

PRIMAVERA

O Querer e não Poder vai hoje voltar-se novamente para a Natureza e o tema escolhido foi uma homenagem à estação que a Natureza escolheu para perpetuar o amor. 
É Primavera, os cânticos dos pássaros fazem-se ouvir como que a saudar o Rei Sol. As Plantas, aproveitam o nascer do dia para desabrochar e mostrar as suas mais variadas cores. No reino animal, os insectos e os pequenos roedores, andam num corrupio constante, animados pela alegria do inverno ter chegado ao fim. Chegou a época da abundância, a altura para ganhar novamente o peso perdido durante o inverno, que obrigou muitos destes seres, a uma hibernação forçada. A Natureza dá o alerta e estes pequenos, mas importantes seres, reaparecem para homenagear, agradecer e contribuir para um novo ciclo de vida. Recomeçar a fertilização da mãe Natureza, satisfazer os caprichos da grande divindade Terra que constantemente reclama o seu devido tributo. A humanidade sempre considerou a Primavera como a rainha das Estações do ano. A época do amor, da alegria, da boa disposição, da esperança, da renovação. É a época em que a própria Natureza se veste de gala e apresenta a sua mais bela beleza. Não só os seres vegetais se manifestam, mas também no reino animal, este verdadeiro milagre aparece em todo o seu esplendor. Todos os elementos deste reino, procuram nesta época, dar início a procriação, à sobrevivência da sua espécie. Desde os mamíferos aos insectos, passando pelas aves, todos entram num frenesim infinito. Uns à procura da parceira ou parceiro certo, outros na construção dos seus ninhos, mas todos buscam amar com intensidade. A Primavera é também, símbolo de vida, de nascimento e de esperança. Não é por acaso que o ser humano conta a sua idade com referência à Primavera; tudo tem a ver com o seu simbolismo. Esta estação do ano, representa na realidade o início, a renovação, o verbo. Também o ser humano tem nesta estação o seu maior nível de testosterona. É nesta época que estão mais receptíveis ao sexo oposto. É essencialmente na Primavera que as oportunidades se apresentam em maior número. Também os insectos, seres considerados por muitos humanos como insignificantes, mas que são os verdadeiros obreiros da vida na Terra, sentem este frenesim intenso. As abelhas por exemplo, esvoaçam de flor em flor à cata do seu pólen, não só para seu alimento, mas também para criar o alimento por excelência. O mel. Segundo a Bíblia, Deus deu ao povo eleito, Leite e mel como alimento, na altura da grande travessia pelo deserto. Se o leite era dado pelos animais criados pelo homem, já o mel era uma verdadeira dádiva dos insectos. Esta dádiva, não seria possível se não fosse a Primavera e o seu manto colorido. No reino vegetal, entre as flores, a Rosa é a mais apreciada, não só pela beleza e odores que emana, mas também pelo grande significado que tem entre os humanos. A rosa vermelha por exemplo, é há muito conhecida como o símbolo do amor, este amor que é apanágio da Primavera. Mas, como tudo, também a rosa tem os seus espinhos. Tem os seus defeitos próprios, adquiridos durante a sua evolução, dentro da sua espécie. Para a colhermos, temos de ter cuidado com a retirada dos espinhos de modo a não ferir a flor, ou a quem ela é oferecida. A flor danificada, depressa murcha e perde a sua beleza. No reino animal, é o ser humano que mais se assemelha à rosa neste sentido. Também com o amor dos seres humanos se passa o mesmo. Se não for devidamente cuidado, murcha e acaba por desaparecer. A rosa, depois de murcha, deixa de ter beleza, deixa de ser perfumada e de nada serve. A esperança da Natureza é que o ciclo é contínuo e, uma nova Primavera surgirá mais tarde para renovar o amor, para fazer renascer a flor e assim dar início a uma nova vida. O encanto da Natureza, na Primavera mostra-se para nos fazer lembrar que a vida é bela e que a harmonia entre o ser humano e a natureza tem que coexistir para o bem do Planeta. Vamos pois, preservar o nosso querido Planeta.

sexta-feira, 19 de março de 2010

LAZER

O tema lazer visto fora de qualquer contexto, faz-nos pensar em descanso, sossego, diversão ou até mesmo em ócio. Sendo o lazer considerado um conjunto de ocupações estruturadas, às quais um indivíduo pode entregar-se de livre vontade, logo o sentido de descanso deveria ser descartado. Mas não é assim tão simples. Pois descanso também é lazer!... Tudo depende do contexto em que o titular beneficiado estiver inserido, uma vez que lazer também é fazer o que é permitido voluntariamente, com objectivos definidos, fora das obrigações profissionais, familiares e sociais. Nas horas de lazer, também podemos aprender algo novo ou não habitual, como aprender a conhecer e a pensar; aprender a viver em comunhão com outros, aprender a fazer algo de útil ou simplesmente aprender a ser. E este ser, engloba muitas coisas. Aprender a conhecer e a pensar, por contacto directo com outras culturas, pessoas e ambientes ou, de um modo mais simples e económico, através da cultura escrita, os livros. Não é que os bons livros sejam baratos, mas sempre podemos recorrer a uma biblioteca pública e escolher o que se pretende ou o que se necessita. De uma maneira ou de outra, o contacto directo ou a leitura, leva-nos a pensar e a imaginar coisas que podem e devem sempre serem aproveitadas como conhecimento. Como cultura. E aqui, o saber pensar, o saber contextuar uma sena dentro do seu todo, é uma forma de lazer muito divertida e útil. Dos mesmos modos, também podemos aprender a viver em comunhão com outros. Esta comunhão, não é restrito ao círculo familiar ou de amigos, mas também com todos os seres, habitantes do nosso querido Planeta, sejam eles do reino animal ou vegetal. Ao aprender a viver em comunhão com todos os seres vivos da Natureza, estamos não só a contribuir para a melhoria da nossa qualidade de vida, como também a preservar a Natureza e contribuir para o aumento das energias positivas. E isto, podemos aprender, associando as horas livres do trabalho quotidiano para o lazer. Associar o lazer a um estilo de vida activo, não só beneficia a saúde física, como também a psicológica, uma vez que estamos a combater o sedentarismo. O desporto controlado, também é uma forma de lazer bastante útil, como alternativa saudável ao ócio, causador de stress e depressões. Dentro de uma comunidade, se nos disponibilizarmos para as acções sociais de solidariedade, também podemos aproveitar este tempo, para sermos úteis, ajudando quem mais precisa ou, apenas levar companhia a quem se encontra só. Não há nada mais gratificante do que se sentir útil. A felicidade por vezes, é feita de pequenos nadas, e isto pode ser feito utilizando voluntariamente a nossa capacidade criadora nas nossas horas de lazer, uma vez que um dos principais objectivos do lazer é promover a socialização, o companheirismo, a amizade entre os seres humanos, como forma de combater a solidão. Aprender a ser feliz, aprender a ser solidário, aprender a ser humilde, aprender a ser amigo, é uma forma de amor que o ser humano tem dentro de si, embora muitas vezes, por falta de conhecimento ou por puro egoísmo, não é aplicado à sua forma de viver, arranjando sempre a desculpa da falta de tempo. Mas lazer também é estar deitado numa praia a apanhar sol e ar marítimo sem fazer mais nada, se assim for estruturado como benefício para a saúde. Também é estar simplesmente sentado numa poltrona, a ver televisão ou a ouvir rádio, aproveitando esse tempo para adquirir conhecimento. Também é estar a brincar com os pequeninos, aproveitando a diversão, para introduzir ensinamentos básicos; ou ir a uma discoteca e dançar, ao cinema, ao teatro, conviver com outros iguais, ou simplesmente estar a mimar um animal de companhia, ou a tratar de uma planta. Lazer é cultura, lazer é descanso, lazer é solidariedade. Lazer é principalmente saúde e bem-estar. 

quarta-feira, 17 de março de 2010

SILÊNCIO

Uma palavra, um gesto, um hábito. Silêncio meninos vamos começar a aula, diz a professora ao entrar na sala de aulas. Psiu!... Faz a mãe quando está a adormecer o Bebé. “Silêncio você está num hospital”, chama a atenção o letreiro colocado na parede. Uma palavra, um gesto, um hábito tido como civilizado. Por vezes, estar no escuro, em perfeito silêncio, é útil à saúde, não digo que não! Não ouvir a TV, o rádio, as pessoas a falarem, é muito bom em determinado momento, mas quando esse momento se torne longo, é algo preocupante. Estar em casa, no nosso quarto e não ouvir qualquer ruído, no início é encantador, mas com o passar do tempo esse encanto transforma-se em medo, em pavor. Imaginem estarem sentados num banco de jardim, com todos os sons próprios do meio, as crianças a brincarem, os animais a correrem de um lado para o outro, os carros a circularem, os pássaros a cantarem, enfim, acompanhado por todos os sons da Natureza e, de um momento para o outro, deixa de os ouvir. Faz-se um silêncio total. Qual a sensação? Medo pela certa. Pavor por algo de mal ter acontecido ou estar para acontecer. E em vez de silêncio, gritamos urgentemente por barulho. Qualquer barulho, mesmo o mais desagradável que houver. O ser humano é assim mesmo. É de extremos. Há alturas em que o silêncio total é bem-vindo, outras vezes, apenas o barulho da natureza é solicitado e em certas situações, quanto mais barulho melhor. É tão agradável estar em casa a ler o bom livro e ouvir música, como estar à beira mar, durante a noite, a ouvir apenas o barulho das ondas, assim como estar numa floresta a ouvir o chilrear dos pássaros, ou estar num campo de futebol e ouvir o barulho ensurdecedor das claques. Tudo é necessário e agradável e, a necessidade do mais ou menos barulho, ou a ausência dele, depende do nosso estado de espírito, do momento e do local onde nos encontramos. A natureza está em constante mudança e não é nada silenciosa. O ser humano foi talhado com a Natureza e por isso necessita de ruídos à sua volta. Psiu!... Estou a pensar!...Silêncio é também não querer dar qualquer opinião ou, falar sobre determinado tema. Há um provérbio Japonês que ilustra muito bem isto.”As palavras que jamais foram pronunciadas são as flores do silêncio” E aqui faço também referência a outra frase que ficou célebre “ O silêncio é de ouro” O silêncio é mais do que necessário para se descansar e para não se comprometer, mas também é em certos casos prejudicial. No chamado silêncio dos inocentes, esse silêncio altamente prejudicial e que está a acontecer cada vez mais ou, pelo menos a ser cada vez mais conhecido. Falo do silêncio das vítimas. Vítimas de violência doméstica; vítimas de abusos sexuais; vítimas de Bullying; vítimas de descriminação racial, sexual ou religiosa; enfim, vítimas que na sociedade em que vivemos, ainda são consideradas de um mal menor, roçando mesmo à normalidade para alguns sectores responsáveis da sociedade. Aqui o silêncio, além de ser altamente prejudicial para a vítima, também o é para a comunidade em geral. Acabar com o péssimo hábito enraizado na mente popular de que “ entre marido e mulher não metas a colher” ou “são crianças, não ligues”,ou ainda “é preto não pensa”, é um passo urgente a ser dado por toda a população mundial. É chegada a altura de nos mentalizarmos de fazer deste silêncio, o grande grito de alerta que poderá contribuir para uma maior igualdade não só entre sexos, mas acima de tudo, entre todos os sectores sociais e humanitários. O crime de violência, seja de que natureza for, deverá ser sempre denunciado por quem sofre, por quem presencia e por quem tem dele conhecimento. Aqui, o silêncio não é de ouro, nem de prata. Aqui o silêncio é seguramente de lata. Vamos todos dizer não a este silêncio.


segunda-feira, 15 de março de 2010

MINHA TERRA, MINHA GENTE

Portugal foi o último país europeu a ter colónias em África. O Continente negro hoje talvez o mais atrasado no planeta, foi, segundo especialistas na matéria, o berço da raça humana. Foi dela que os primeiros homens saíram em direcção ao Norte para explorar, caçar e aí fixar residência, diversificando a raça humana, segundo o padrão que a própria Natureza impôs em cada território. A cor da pele, a fisionomia, as características raciais de cada povo, foi-se modificando e impondo-se consoante o local e o clima de cada região. Há quem justifique e afirme que foi realmente o clima quem formou as diversas características humanas. Daí as diferenças entre europeus, asiáticos africanos, indianos, nativos americanos (índios) e o povo do gelo, os esquimós. Nos anos sessenta do século vinte, Portugal tinha Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe como colónias em África. O território de Goa, Damão e Diu na Índia, Macau na China e Timor na Oceânia. Contudo, a maior de todas era Angola e, é deste território, da terra onde eu tive a felicidade de nascer, que o Querer e não Poder vai tentar fazer um resumo, lembrando o quão de bom aquela terra Tinha. Tentar mostrar as diferenças do que era e do que é actualmente. No início dos anos setenta do século passado, Lourenço Marques, a capital de Moçambique, era a maior cidade portuguesa e, logo a seguir vinha Luanda, capital de Angola e só depois é que aparecia Lisboa, capital de Portugal. Angola, principalmente depois de 1961 teve um aumento muito significativo no seu desenvolvimento, ao ponto de se tornar notada e cobiçada por todo o Mundo. Na década de sessenta, todas as cidades, e vilas de Angola tinham já nessa altura, estruturas de salubridade apropriadas ao ser humano civilizado. Desde o saneamento básico à electricidade, passando pela água potável, já era uma constante em toda Angola. A indústria estava em franco desenvolvimento; a exploração mineral, pecuária e agrícola eram uma realidade. Enfim, em todos os sectores a economia era um comboio em movimento e em alta velocidade. Só para terem uma ideia, já nessa altura Angola exportava através de Portugal, país administrante, 4 biliões de toneladas de cana-de-açúcar; 220 mil toneladas de café; 70 mil toneladas de sisal. Além destes produtos, ainda exportava também, milho, algodão em rama, trigo, minério de ferro, diamantes e petróleo. No turismo, as suas praias eram das melhores do Mundo, temperaturas tropicais, águas cristalinas e calmas eram um chamariz de turistas, nacionais e estrangeiros, ao ponto de haver um slogan que dizia:” Quem conhecer Angola não quererá viver em outro lugar”. A colheita agrícola alimentar, era feita duas vezes por ano, a pesca era abundante no ano inteiro, a pecuária estava já ao mais alto nível, onde se incluía as feiras internacionais de gado. No interior, o campo, a savana e as serras, com a sua variedade de caça, os safaris eram uma alternativa bastante emocionante. Quem nasceu ou quem viveu em Angola, não se esquecerá das suas frutas. As cultivadas e as de produto da própria natureza. Quem não se lembra dos deliciosos mirangolos dos quais se fazia um belo doce; das Goiabas com polpa cor-de-rosa aveludada e uma casca acre/doce com um pequeno travo, que fazia as delícias de quem as comia, principalmente quando colhidas logo a seguir a uma chuvada; das mangas de diversos sabores, feitios e tamanhos, umas de polpa amarela, outras avermelhadas, mas todas uma maravilha da natureza, com mais ou menos terebintina que lhes dava o sabor característico. Dos mutambotes madurinhos, com o seu sabor único; das mutambas ou nonambas, fruto pequenino do tamanho dos bagos da romã, que depois de maduro apresentava uma cor preta, com um sabor único no Mundo, indescritível para quem nunca provou e, dos quais se fazia um sumo delicioso a que se dava o nome de “bulunga de Mutamba”, para não se confundir com outra bebida típica de Angola “Bulunga”, feita à base de farinha de milho; do Gongo, um fruto muito parecido com a ameixa amarela, mas com um grau de álcool muito elevado, principalmente se fosse comido muito maduro; da Nocha que só havia na região da Huíla, tinha uma pele parecida com a do Kivi, mas uma polpa aveludada muito doce com cheiro a âmbar e a canela; do mamão; da papaia; da pitanga; dos mutundos que eram chamados de morangos silvestres; do caju fruto sumarento; do dendê ou dendem, fruto da palmeira de onde se extrai o óleo com o mesmo nome; tamarindos; Tabaibos; maboques, fruta pinha; do jindungo, pequeno e muito picante; da mácua ou múcua conforme a região, fruto do célebre imbondeiro, ou embondeiro, também chamado de Baobá, considerada a árvore sagrada de África. Enfim, tantas outras que, para as numerar todas, teria de fazer apenas um tema sobre elas e, não é o caso. Quem não se lembra das cidades iluminadas, com regra citadina, limpas, onde o povo circulava a qualquer hora do dia ou da noite sem receio. Quem não se lembra dos passeios à beira mar, acompanhado da luz do luar e do sossego da noite. Quem não se lembra dos bailes carnavalescos com brincadeiras sadias, alegres, sem qualquer maldade, que se fazia por todo o lado. O povo de Angola é composto por várias etnias com os seus dialectos próprios. No enclave de Cabinda, os Cabindas. A Norte a etnia dominante são os Bacongos ou Kikongos conforme o dialecto usado; a Nordeste os Quiocos; No Planalto Central os Ovimbumdos; A Sudeste os Ovambos onde se inclui o povo Cuanhama; no Litoral Centro, os Vangangela ou Guenguelas ou Guenguerelas; No planalto da Huíla, os Nihanecas dos quais os maiores grupos são os Mumuilas e os Muquilengues; No Quando Cubango, os Cuangares, A sul da serra da Chela, os Hereros mais conhecidos por Mucubais e no deserto da Namibe os Bosquimams também conhecidos por Mukuíces. Com todas estas etnias e dialectos, Angola foi unificada pelo português. Sem a língua portuguesa não era possível haver um entendimento entre todas as etnias. Um dos grandes lemas do Governo de Angola é “de Cabinda ao Cunene, um só Povo, uma só Nação”, mas há a tendência de esquecer que sem o português isto não seria possível. A luta tribal tão comum em África, seria também uma realidade em Angola, se não houvesse a unificação pelo língua e pelos costumes herdados dos portugueses. Hoje, Angola, com pouco mais de trinta anos de independência, está um caos. A Província outrora rica, desenvolvida e civilizada, construída ao estilo europeísta, é hoje um país tipicamente africano. As cidades, com um trânsito caótico, com a lei do salve-se quem puder, com segurança zero, com lixo espalhado pelas ruas, com gado bovino, caprino e até suíno pelas cidades ou em apartamentos de habitação, sem água potável, saneamento básico, ou electricidade constante, fazem deste país uma aventura perigosa e um dos países com maior índice de pobreza no Mundo. O governo, corrupto ao estilo de outros governos africanos, tenta justificar o caos com a guerra civil que assolou o país durante décadas. Desculpas não compreendidas para quem conhece Angola e para quem sabe que foi precisamente na época das lutas de libertação, no tempo colonial, que o país teve o seu maior desenvolvimento. É certo que a guerra civil que se seguiu à independência, destruiu quase na totalidade as infra-estruturas das cidades, mas por si só, não é justificação para Angola estar como está. A falta de zelo, a capacidade de fazer progredir uma terra com as óptimas condições como Angola, a ganância de enriquecer rapidamente por parte de quem tem o poder, são os factores principais do não desenvolvimento. Com a realização do CAN, houve a preocupação de lavar um pouco as cidades onde o evento teve lugar, mas foi só isto mesmo que foi feito. Uma lavagem de cara. 80% do território, continua a não ter as condições mínimas de habitabilidade. O campo continua a estar dentro das cidades e os hábitos do povo continuam com a tendência da idade média. O comércio é feito sem lei nem roque pelas ruas, os produtos alimentares, principalmente a carne e o peixe, são vendidos ao ar livre sem quaisquer cuidados de higiene. A colónia de moscas e outros insectos são em número cada vez maior e a saúde, com grande incidência nas doenças transmissíveis, são uma constante. A lepra, a tuberculose e a sida são hoje uma preocupação dos médicos sem fronteiras. A terra onde eu nasci, assim como milhares de portugueses nasceram, é hoje um país rico, com um governo rico e um povo miserável. Não se compreende como uma terra que tinha duas culturas agrícolas por ano, que tinha uma pecuária implantada; que tinha o sector de pescas desenvolvido, hoje não tenha uma sustentabilidade própria e dependa da ajuda mundial para o povo sobreviver. Para quem não conhece a realidade, quando vê o presidente da república de Angola viajar no seu avião particular igual ou muito parecido com o do presidente dos E.U.A; quando lê notícias que a esposa e filhos do presidente vão passar férias ao estrangeiro e esbanjam dinheiro como água, ao ponto de darem altas gorjetas a quem os serve; quando ouve notícias que Angola já é um dos maiores produtores de petróleo e de diamantes do Mundo, não pensa que o povo está a morrer de fome e que a pobreza no país é uma realidade gritante. Angola tem tudo para vir a ser um grande país, não só Africano, mas também Mundial. Faço votos para que a corrupção dos governantes, a falta de desenvolvimento sustentado e acima de tudo a grande diferença existente entre o povo e a chamada elite angolana, não faça levantar a revolta e dê início às tão terríveis e indesejadas lutas tribais, como acontece em muitos países Africanos. Minha terra, minha gente, ao que chegaste. Que futuro te espera!...

sábado, 13 de março de 2010

MULHER



Dia Da Mulher * Mensagens e imagens!



O Querer e Não Poder vai procurar pôr um pouco de justiça já há muito reclamada pelo sexo então chamado de fraco. O sexo feminino. Desde os primórdios da humanidade que a mulher é vista e apelidada de inferior, quando na verdade é o verdadeiro sexo forte da natureza. No reino vegetal, as flores sem o seu gineceu, órgão feminino da flor, sem esse cálice fabuloso, não dava fruto. É certo que tem de ser fecundado com o pólen proveniente do androceu, órgão masculino da flor, nas sem o cálice, o pólen perder-se-ia e a planta não gerava fruto. Também no reino animal, o feminino é a parte principal da procriação. Na criação do gado doméstico, bovino, caprino e suíno é muitas vezes feita a fecundação artificial. Colhe-se o sémen do macho e introduzem-no na vulva da fêmea. Logo, se não fosse o cálice, não seria possível a fecundação. No ser humano, o processo é idêntico e não só por isso, mas também, vê-se que o sexo feminino é o sexo forte por natureza. No Facebook, uma amiga pôs a seguinte frase: “Frases como esta perpetuam a desigualdade ao longo dos séculos....adopta um novo discurso para a tua vida...."A mulher que se negar ao dever conjugal deverá ser atirada ao rio" Constituição nacional Suméria, Séc. XX a.c” E tem toda a razão. Eu, a título puramente brincalhão comentei “ que frase linda e bastante actual”Pois é lógico que só podia estar a brincar e a tentar meter-me com a amiga. Pois nos tempos que correm, esta frase vai contra tudo o que a humanidade já conquistou e alterou para bem de ambos os sexos.Os sumerianos, um povo antigo que vivia na Mesopotâmia,hoje território dividido entre a Síria e o Iraque, criaram uma brilhante civilização e há quem diga, que foram eles os inventores da escrita. Contudo, como todos os povos da antiguidade, os sumérianos cultivavam o culto de masculino e consideravam o sexo feminino sem qualquer importância na sociedade.Ainda hoje, nessa parte do Mundo, a mulher pouco valor tem. è obrigada a usar vestidos compridos e um véu na cabeça que lhes tapa a cara, para não serem vistas pelo sexo oposto.No Mundo civilizado actual, a igualdade entre os sexos é tão importante como o direito à vida.Em qualquer parte do Mundo, a mulher é um ser belo por natureza, pois ter a capacidade de gerar dentro dela outro ser idêntico, de sofrer com as alterações do seu corpo e sentir-se feliz, é algo de mágico, de transcendente que faz do feminino, o sexo perfeito. Quando falo da beleza da mulher, não estou a ver o seu aspecto exterior, pois isso é apenas um invólucro, o papel de embrulho de uma prenda. Estou a falar de algo mais profundo, mais real, mais interior. Vejo o seu interior, o seu carácter, a sua humanidade, a sua compreensão a sua capacidade de amar, compreender, respeitar e perdoar que é única no ser humano. Não foi por acaso, que em termos religiosos, Deus escolheu a mulher para ser mãe do seu filho. Podia ter escolhido um homem para ser o pai do seu filho, uma vez que Deus não tem sexo. Ninguém sabe se é masculino ou feminino. Ainda em termos religiosos, Jesus Cristo é considerado Deus feito (homem) filho, logo não tem pai, mas tem mãe. E aqui é bem evidente a grandeza do feminino. O cálice da vida é forçosamente sinónimo de mãe; esposa; amante; é sem sombras para dúvidas o sexo feminino, o sexo forte da natureza. A mulher foi durante bastante tempo, demasiado até, posta em segundo plano na vida da humanidade. Houve tempos e ainda hoje, em certos países, que a mulher não tinham e não tem o direito de votar, o direito de se expor naturalmente a público, de usar as roupas que quer ou o penteado que pretende. Mas com grande força e perseverança, foi-se impondo e tomando o seu lugar no Mundo. Hoje, nos países civilizados, a mulher tem os mesmos direitos que o homem. Esta igualdade, é certo, apenas foi conseguida à muito pouco tempo, mas para o bem da humanidade, a longa caminhada das mulheres em países civilizados, ainda não chegou ao seu fim, mas pouco falta para tal. Infelizmente, ainda há povos que vivem na era dos sumerianos ou sumérios, não evoluíram, mas estou convencido de que para lá caminham. A ideia absurda que a Bíblia faz referência dizendo que a mulher foi feita de uma costela do homem, não tem cabimento e muito menos aceitação na era Moderna. Se quisermos ir por aí, por tudo o que se conhece, com a nova ciência desenvolvida e em desenvolvimento, teria mais lógica dizer que o homem foi feito da mulher e não a mulher do homem.No entanto, ainda hoje o Mundo é comandado por homens, mas cada vez mais, a qualidade aparece no feminino.

sexta-feira, 12 de março de 2010

DESTINO

reflexao - Recados Para Hi5

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O Querer e não Poder pretende agora falar um pouco sobre o destino. Há quem acredite que os seres humanos já nascem com o destino traçado. Outros acreditam que o destino é adquirido conforme a nossa vivencia no tempo e meio em que nos encontramos. Outros ainda dizem que o destino é feito por nós próprios e nada tem a ver com o nascimento, ambiente, tempo ou local em que vivemos ou nos encontramos. E há quem, simplesmente não acredite no destino. Também há aqueles que atribuem à conjuntura astral. Então quem é que está certo? Eu arrisco dizer que todos e ninguém. Todos, porque o destino pode até já nascer com a pessoa, como muita gente diz “ já nasceu com ele”; “o destino estava traçado”. Pode realmente ser causado pelo nosso modo de vida e relacionado com o tempo e local onde nos encontramos na altura do acontecimento, isto é: “Estar naquele local, na hora errada”. Pode também, ser provocado por nós como se diz “era o que ele queria”; “ele procurou este fim”. Muitas vezes culpamos os astros, quando procuramos justificar o sucedido com o signo astral, com a expressão “estava escrito nas estrelas” “ O signo dele dizia!...”.Se formos para o lado de que ninguém está certo, também podemos dizer que aquilo a que chamamos destino, pode a qualquer altura ou momento ser radicalmente modificado, segundo a nossa consciência e vontade. Não tem nada a ver com o destino, mas sim com a maneira como encaramos as situações. Pois! Seria tudo muito simples se a natureza, essa força ainda desconhecida não interviesse. Como se justifica o destino daqueles que tiveram a infelicidade de ser apanhados por terramotos, inundações e outros desastres da Natureza nos quais também se inclui a queda de aeronaves e objectos desconhecidos provenientes do Espaço? Será destino? Quando um doente está em estado terminal e os médicos preparam a família dizendo que ele tem poucas horas de vida e ele recupera! A justificação que dão é que se tratou de um milagre. Não será antes destino? Os ditos milagres não estão destinados a acontecer àquela determinada pessoa naquele determinado momento? Com certeza que o destino existe e não é controlado por nós. Pois vejamos: - Ninguém morre no dia e hora que quer, assim como ninguém escolhe como quer morrer, com a excepção da eutanásia. Então se a morte acontece e de maneiras diversas, qual é a causa? Se o amor acontece sem sabermos como, qual é a causa? Se a vida toma um certo rumo sem ser previamente traçado, qual é a causa. Destino certamente.

quinta-feira, 11 de março de 2010

AMOR

Amor - Recados Para Hi5

Chegou a vez do Querer e não Poder, falar um pouco da palavra amor, é talvez apalavra mais pronunciada em todo o Mundo. Este sentimento que é sentido pelos seres do reino animal, não é como muita gente pensa, apenas atribuído aos seres humanos. Os animais chamados irracionais, principalmente os de companhia, sentem amor pelos seus donos. E é por vezes um amor tão intenso, que chegam a dar a vida para salvar a dos seus donos. Há várias histórias verídicas de animais que arriscam a vida no salvamento dos seus donos, assim como há animais de companhia que perante a morte dos seus donos, negam-se a viver e acabam também por morrer. Se isto não é amor, o que será? Amar é querer bem em qualquer momento, é não ver defeitos no ser amado e é acima de tudo, arranjar sempre motivos para perdoar, quando na realidade algo está mal. É nas horas más que o amor é realmente chamado a intervir e a fazer jus há sua fama. Há muitas maneiras de amor: Amor entre amigos; Amor entre familiares; amor pelos animais; amor pela Natureza; amor pelo ego, etc. Mas o que na realidade dá um sentido verdadeiro a este sentimento, é o amor entre casais. Aqui, que tem maior significado. E com, casais não quero dizer casados, mas sim união entre dois seres humanos de sexos opostos ou do mesmo sexo. Aqui o amor é um sentimento muito forte, que depois de solidificado, leva a uma união entre dois seres de famílias diferentes para a formação de uma nova família. O amor, principalmente na juventude, é muitas vezes confundido com desejo. O desejo de estar permanentemente ao lado um do outro; o desejo sexual sentido entre ambos, o desejo de partilhar experiências, nem sempre é amor. O amor é algo mais profundo. Amor é aceitar o outro tal e qual como ele é, com as suas virtudes, com os seus defeitos, tanto na alegria como na tristeza, tanto na riqueza como na pobreza. O verdadeiro amor é ser unha e carne do mesmo dedo e isto é o símbolo do casamento. É sabido que a parte sexual também tem muita importância no amor. Pois se o amor é um símbolo de união, o sexo é um símbolo da família. Sem sexo não há descendência e sem descendência não há família completa. É certo que há casais que optam por não ter filhos, mas isto é mais uma situação levada pela economia do casal ou por puro egoísmo, nunca por amor. Já o poeta Camões no seu soneto sobre o Amor, entra em várias contradições que dão ênfase à palavra.
“ Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente,
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.”
Com a evolução dos tempos, e com a tendência cada vez maior pela liberdade sexual, os casamentos são cada vez menos, e entre os casais, o divórcio ou a separação é em número cada vez maior. As causas são diversas e o amor deixa de ter o mesmo sentido. Embora ainda hoje o soneto de Camões é muito utilizado entre os amantes, já não tem o mesmo sentido que outrora. Hoje em dia, o fogo que arde no amor, vê-se na maneira como é vivido entre famílias. A ferida aberta com a traição é sentida com dor. O contentamento provocado pelo amor, torna-se descontente no divórcio; a dor da separação é uma dor que desatina ao ponto de desunião. Hoje em dia, o amor compreensivo, tolerante, existe principalmente na relação pais e filhos. Já no casal activo, entre marido e mulher, o amor só sobrevive acompanhado pela sua componente sexual. O sexo sem amor é uma constante nos tempos actuais, é visto como uma aventura, como uma experiência, como uma satisfação, enquanto o amor sem sexo é visto como uma ilusão, uma desilusão, uma utopia. O filósofo espanhol Miguel de Unamuno disse: “ O amor é filho da ilusão e pai da desilusão”. Contudo, o amor ainda é o motor da vida, e espero que assim seja por muitos e muitos anos mais.

quarta-feira, 10 de março de 2010

ÁGUAS TURBULENTAS

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O Querer e não Poder resolveu hoje, mais uma vez, chamar a atenção para um problema cada vez mais gritante no Mundo em que vivemos. A pobreza é o tema escolhido e, por muito que se fale, há sempre muito que fica por se dizer sobre este assunto preocupante. Os políticos do Mundo inteiro, procuram dar ênfase nos seus programas, à luta contra a pobreza, mas na realidade pouco ou nada fazem para contrariar este enorme problema social.
Este flagelo social mundial, não pode nem deve ser medido, utilizando-se conceitos pré estabelecidos por políticos que apenas conhecem o problema através de relatórios que muitas vezes não são acompanhados das verdadeiras causas que provocam determinados tipos de pobreza. Hoje em dia, este fenómeno não pode ser encarado como sinónimo de fome; de habitação deficiente; de analfabetismo; de falta de higiene. Estes factores são na realidade importantes na avaliação do estado de pobreza e, foi até há pouco tempo, os parâmetros suficientes para tal avaliação. Hoje, com o aparecimento de novos pobres, motivado pelo emprego precário; baixos vencimentos; Lei off e outras do género e principalmente o desemprego, estes novos pobres, cuja maioria está encoberta por vergonha já são um número muito maior que a pobreza conhecida e catalogada em países civilizados. Há pessoas, famílias inteiras que viviam do vencimento do agregado familiar e que bem orientado, era o necessário para a sua despesa mensal, de um momento para o outro, vêem-se no desemprego e sem qualquer meio de poder cumprir com as suas despesas. Estas famílias, não são analfabetas, não vivem em péssimas habitações, não andam sujas ou com o vestuário rasgado, (estigma do podre), mas para lá caminham por não ter como ganhar dinheiro com o seu trabalho honesto. Por se sentirem ainda válidos à sociedade, têm vergonha de pedir e, com a vergonha no rosto, vão durante a noite, às escondidas, aos contentores dos supermercados à procura de algo para comer e para levar para casa, para dar de comer os seus filhos. Aquilo que para a sociedade em geral já não serve, para eles é a diferença em ter o estômago vazio ou um pouco aconchegado. Entram na lei da sobrevivência. Procuram insistentemente trabalho, mas encontram pela frente dificuldades, devido à sua idade. Acima dos 40 anos, a idade e a experiencia, transformam-se em obstáculos em vez de serem uma mais valia. E assim, o trabalhador desempregado, que é velho para arranjar um novo emprego, mas que é novo para obter a reforma, de um momento para o outro, passa de remediado para pobre e vai mesmo caminhando em passos largos, para a pobreza extrema com o passar dos dias. Muitos por deixarem de pagar a sua casa, perdem-na e, como não têm emprego, ninguém os aluga outra residência, uma vez que não dão garantias e assim, nascem os novos pobres sem abrigo e a pobreza torna-se crónica sem que nada possam fazer. Em Portugal, não há actualmente qualquer freguesia, por mais rica que seja, que não tenha os seus pobres. No entanto, ainda há autarcas que negam haver pobreza na sua freguesia. A estes autarcas eu chamo bichos de gabinete, pois não conhecem a realidade do povo que vive na terra que têm obrigação de administrar. Não nos podemos admirar de haver em certas comunidades muito pobres, espalhadas por este Mundo fora, mães que procuram vender os seus filhos. Nem as podemos criticar sem saber ao certo qual o motivo que as levou a tal acto. O desespero, a ruína da família, leva à fome que é um problema muito sério e o amor de mãe embora enorme, não pode evitar o sofrimento. Assim, estas mães, com o coração despedaçado, preferem ver os seus filhos a serem criados por outros, e saber que os vão perder definitivamente, do que a vê-los morrer de fome. Isto é pobreza extrema, mas real e existe também em Portugal. As águas turbulentas que o país atravessa, dificilmente se tornarão calmas com políticas que prejudicam constantemente o trabalhador, sejam eles da função pública ou do sector privado. As grandes empresas e bancos, têm cada vez mais e maiores lucros e, o trabalhador que contribuiu para tais lucros, está cada vez mais pobre. Os políticos, depressa ficam ricos e o país cada vez mais pobre. Assim, o preço da democracia associada ao capitalismo, está a ser demasiado pesado para o povo trabalhador. O Querer e não Poder deseja que as águas turbulentas se tornem calmas rapidamente, para que o povo, já com os braços cansados do esforço feito para se manter à tona, possa respirar um pouco.

terça-feira, 9 de março de 2010

ACREDITAR -UMA PEQUENA HOMENAGEM AOS NOSSOS HERÓIS PARAOLÍMPICOS

Sabedoria - Recados Para Hi5

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O querer e não poder escolheu para hoje um tema que se encontra sempre actual. O trema “Acreditar” tem muito por onde ser desenvolvido, mas o querer e não poder vai apenas basear-se principalmente em aspectos físicos de seres humanos muito especiais. Ao ver desporto geral na televisão, sintonizei por acaso um canal que transmitia flashes dos jogos Paraolimpicos. Foi o suficiente para pensar que no querer e não poder, seria uma boa base para dar sentido ao tema acreditar. Estes atletas, seres humanos que fisicamente tudo indicava que deveriam sentir-se diminuídos, dão-nos aqui uma enorme lição de coragem, de acreditar que tudo é possível e que no ser humano, mais do que o físico perfeito, uma mente sã e uma vontade sem limites, é o tónico do grande sucesso. Acreditar ser possível, é acreditar em nós mesmos, independentemente das adversidades da vida. Ver um atleta competir em alta competição numa cadeira de rodas; ver um invisual correr e competir em torneios internacionais de atletismo, acompanhado de um guia; ver todos aqueles que nós apelidamos de deficientes, a querer dizer e mostrar serem iguais a nós! É algo de transcendente, algo de mágico, mas que não deixa de ser real. Estes seres humanos, forçosamente terão de ser os heróis de um povo e são principalmente a esperança de um mundo melhor. Pela lição que me deram, pela lição que todos os dias dão ao Mundo, aos Paraolimpicos e a todos os deficientes que todos os dias lutam por uma igualdade, apesar das dificuldades criadas pelos seus semelhantes, apenas o meu muito obrigado. Depois de ver uma prova desportiva dos nossos irmãos fisicamente diminuídos, todos os nossos problemas quotidianos desaparecem e leva-me a acreditar que o ser humano tem dentro de si a chaves da felicidade; o poder de vencer, de acreditar no amanhã; num Mundo sem egoísmos, sem vaidades, sem prepotências; enfim num Mundo muito melhor. Acreditar é também uma Associação de Pais e Amigos das crianças com Cancro. Vejam este Site. É muito interessante, vale a pena passar por lá.

segunda-feira, 8 de março de 2010

BULLYING

Emo - Recados Para Hi5

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Como prometido, o Querer e não Poder vai dar um aspecto geral deste fenómeno preocupante que se chama Bullying, algumas das suas causas e efeitos e a despreocupação que parece existir entre os governos em todo o Mundo.
O Bullying é um tema inglês utilizado para descrever actos de violência física e, ou psicológica, repetidas, com intenção e gratuitas, contra um determinado indivíduo. Analisado pelos psicológicos, o Bullying é caracterizado por três situações que no seu conjunto classificam a atitude como Bullying: 1º- Ter o comportamento agressivo; 2ª – Ser uma repetição constante; 3º - Haver desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas. Este fenómeno aparece na sociedade desde a altura em que a criança entra para o infantário e segue por ai fora, passando pela escolaridade obrigatória; Universidades e chega mesmo à política e ao emprego. Contudo o mais grave é precisamente na adolescência, na altura em que o ou a jovem chega ao ensino preparatório e secundário. É aqui que o Bullying aparece com maior frequência e se torna mais agressivo ao ponto de ser o causador de perdas de vidas humanas. O provocador normalmente é um aluno pouco aplicado, bem constituído fisicamente e com uma educação deficiente. E a vítima normalmente é o seu oposto. Este fenómeno, muito em voga desde a última década do século XX é uma contingência das políticas assumidas pelos governos, que tiram constantemente força aos professores, às autoridades policiais e aos Tribunais. Em tempos idos, o professor era respeitado pelos seus alunos e tinha a função, não só de ensinar, mas também de educar, uma vez que os pais, preocupados com os seus empregos, pouco ou nenhum tempo têm par educar os filhos. Os polícias eram respeitados precisamente pelo poder de reprimir os excessos que pudessem vir a existir e os tribunais, pelo facto de agirem no cumprimento da lei vigente. Hoje em dia, com a democracia mal orientada, os políticos fizeram leis para acabar com estes poderes. E o resultado está à vista de todos. O delinquente ganhou força, insulta e desobedece aos professores, insulta e enfrenta sem receio as autoridades e perdeu o medo aos tribunais, pois sabe que a lei o protege, não só por ser menor, mas acima de tudo por ser branda neste sentido. Ouve-se notícias constantes de professores agredidos por alunos; de polícias agredidos por delinquentes, juízes ameaçados em pleno tribunal, médicos a serem insultados e até agredidos no exercício das suas funções, de alunos a agredirem alunos, dentro das escolas, enfim. Tantas ilegalidades sociais que nos leva a questionar em que país vivemos. E o mais grave é que os políticos, sabendo disto, nada fazem. Estão mais preocupados com a oposição política e em manter o seu estatuto. Do que a combater este triste fenómeno. O Bullying já causa mortes e o que me indigna é ouvir associações de pais e escolas a dizerem perante tal tragédia, que tudo se tratou de uma brincadeira. Que pais responsáveis são estes? Será que se os familiares da vítima aplicarem a lei Salomónica também vão aceitar como brincadeira? Tenho a certeza que não. E aí, condenarão o agressor. O agressor em caso de bullying não é agressor por querer, algo o leva a isto. Este comportamento tem uma causa. E a causa principal é precisamente a falta de educação em casa. A vivencia no seio familiar. Ainda hoje existem pais que incentivam os filhos à violência dizendo por exemplo. “Se homem impõe-te”; “Não de deixes ficar”;”reage, mostra quem és”;”se um professor te “chatear”, diz-me que eu vou lá e ponho-o no seu lugar”. Isto leva os filhos a pensarem que podem agredir os outros, podem insultar os professores, pois têm sempre a protecção dos pais. Isto, mais cedo ou mais tarde leva ao Bullying. Julgo que chegou o tempo dos nossos políticos repensarem as suas decisões. Chegou o tempo de dar força aos professores, à autoridade, aos Tribunais. O Bullying não é praticado apenas na juventude, também é sentido na população mais idosa. A falta de respeito pelos idosos que leva mesmo ao ponto da agressão, é uma constante e isto é sinónimo de falta de educação, falta de bom senso, falta de respeito pelos outros. Não é democracia mas sim anarquia. Chegou o tempo da mudança séria, se quisermos ter no futuro não uma juventude rasca, como a generalidade do nosso tempo, mas sim uma juventude responsável que possa levar o Mundo a bom termo, O barco a Bom porto. Por parte do Povo honesto, respeitador, o tempo de dizer chega chegou. É bom que os políticos pensem nisto.

sexta-feira, 5 de março de 2010

O MEDO

bruxas - Recados Para Hi5


O querer e não poder, vai hoje abordar de uma forma sucinta como é seu apanágio, um tema que é muito comum na vida animal, principalmente no ser humano. O Medo. Na vida selvagem é muito comum a perseguição de um animal pelo seu predador. Embora há quem diga que estes animais irracionais não têm consciência, é evidente a situação de medo observado no animal, quando este se encontra na presença, ou proximidade do predador e esse medo, torna-se mesmo em pânico, na altura da perseguido, ao ponto da presa ficar insensível à dor causada por pequenos ferimentos e procurar escapar à morte a todo o custo. Aqui o medo é real, pois o animal sabe que se não fugir, vai ter a morte como certa. No ser humano, o medo manifesta-se muito cedo. A criança começa por ter medo do escuro, ter medo da solidão, procura constantemente a presença de um adulto para se sentir segura. Alem disto, há adultos que não têm consciência do mal que estão a fazer às crianças, quando os ameaçam com o bicho papão, com o velho do saco, com o polícia, enfim, com determinadas figuras que em nada ajudam no crescimento sadio da criança. Aqui faço um parêntese para contar um facto real. (Eu que sou polícia, agora aposentado, sabendo disto, quando andava na rua levava nos bolsos rebuçados. Quando me cruzava com uma senhora que trazia uma criança pela mão, contrariada por qualquer coisa, ao passar por mim dizia “Porta-te bem, não chores senão o polícia leva-te preso” Eu, de imediato aproximava-me da criança e dava-lhe um rebuçado ao mesmo tempo que lhe fazia uma festa na cabeça e dizia que o polícia era amigo. A mãe envergonhada pedia desculpas). Mas o mais importante é que tenha aprendido a lição. Não se educa uma criança incutindo-lhe medo. Na fase da adolescência, os medos são outros e frisando apenas alguns, sito: Medo dos pais quando uma nota escolar é menos boa; medo das almas do outro mundo; medo dos castigos; medo de perder os pais e de se sentir sozinha no Mundo e, o mais grave de todos, o medo de sofrer agressões físicas ou psicológicas por parte dos colegas. Este medo real tem o nome de bullying e por ser um tema muito sério, terá forçosamente um espaço próprio no Querer e não Poder. Tudo isto é medo real. Depois crescem, vão para a universidade ou para o mercado de trabalho e outros medos aparecem: medo de não ter trabalho ou de não conseguir um emprego estável; medos da situação económica, sobretudo se não são de famílias ricas; medo de constituir família, ter filhos e não os poder criar; medo de sair da segurança da casa paterna; enfim, outros medos reais dos quais muitos são transportados do passado recente e outros que surgem pelas expectativas de um futuro incerto.
O medo é um sentimento que proporciona um estado de alerta e que desperta uma reacção do organismo que pode provocar vários estados como por exemplo: Ansiedade; Depressão; Pânico, Fobia. Na Ansiedade a adrenalina acumulada acelera o sistema cardíaco e pode causar entre outros os seguintes sintomas: alergias; dores nas costas; rigidez dos músculos, espasmos; falta de ar; náuseas, etc.…Na Depressão, a pessoa sente-se triste, melancólica, com sensação de vazio, sem prazer, etc.…. Aqui, o medo já é considerado uma doença e o doente necessita de tratamento.
O Pânico, que pode ser considerado como sendo um medo repentino descontrolado que pode provocar uma crise de ansiedade, de depressão e outras. Se o pânico for provocado por uma situação real, o medo causado desaparece com o controlo da situação que o causou. Mas se for provocado por uma situação que não expresse um perigo real, é considerado uma doença e. como tal, deve ser tratada por médicos. A Fobia é o medo apresentado principalmente em três situações: Medo de estar em lugares públicos e não poder sair sem ser visto (Agorafobia); medo de estar a ser observado por outros (Fobia Social) e medo de objectos, animais ou situações concretas (Fobia Simples). Em termos de fobias, elas são tantas que existe fobias iniciadas por todas as letras do nosso alfabeto. Embora a fobia seja considerada uma doença, aqui destaco duas, as mais comuns ou conhecidas do povo, que não estão associadas a doença, mas sim a puro preconceito e, ou ignorância. Falo da homofobia que é caracterizada pelo ódio ou discriminação contra os homossexuais e a Xenofobia que é caracterizada pelo ódio ou discriminação racial, cultural ou a um determinado grupo. Por tudo o que foi dito e o muito mais que ficou por se dizer, quero apenas lembrar que o medo é muito mais sério do que muita gente pensa e, deve ser devidamente combatido desde o seu início. Os adultos, principalmente os pais e avós, devem ter sempre presente que às crianças não se deve incutir medo, mas sim responsabilidades.

quinta-feira, 4 de março de 2010

O HOMEM PREDADOR POR EXCELÊNCIA

Gatinhos - Recados Para Hi5

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O Ser humano julga-se dono do Mundo; age como se tudo fosse de sua pertença, esquecendo-se que apenas aqui se encontra de passagem e que apareceu muito depois de outros seres vivos. A passagem do ser humano por este planeta é até bastante breve. A arqueologia e os livros ensinam-nos que na pré-história o tiranossauro Rex era o grande predador. Matava o que lhe aparecia à frente dos olhos. Contudo, este lagarto tirano matava apenas para comer ou para proteger o seu território e, não há notícias de que matava os da sua própria espécie. Antes pelo contrário. Era bastante protector em relação às suas crias.
Nos tempos modernos, também o leão africano é conhecido como rei dos animais, precisamente por ser também um grande predador. Como é norma entre os animais chamados irracionais, também este mata por necessidade de alimento.Com o aparecimento do homem na terra, todos os grandes predadores deixaram de ter importância na hierarquia da vida, deixaram de ser vistos como terríveis, senhores absolutos, no topo da pirâmide. Esta classificação de predador por excelência foi resgatada pelo homem. Desde a época do seu aparecimento que o homem mata pelo prazer de matar. Não mata apenas seres vivos de outras espécies para se alimentar, mas o mais grave é que mata também os da sua própria espécie. Família contra família; pai contra filho; irmão contra irmão. A Bíblia relata e lembra-nos que foi sempre assim, desde os primeiros tempos, com a célebre história de Caim e Abel. Irmão mata irmão por inveja, por vingança, por maldade, por ciúmes, por desprezo, enfim, por pura ignorância. O homem moderno mata a seu belo prazer por satisfação. Parece ficção, mas infelizmente não é. É o que na realidade se passa com as caçadas. Tiram licença para matar. É o que se passa com as guerras, arranjam pretextos para matar.Até no desporto arranjaram uma maneira de matar, com o torneio de tiro aos pombos. Na necessidade de mostrar constantemente o seu poder, o homem mata até o seu semelhante, o seu familiar. E vai continuar a faze-lo até que a Natureza resolva por um fim. Pelo caminho que nós próprios traçamos e que teimamos em seguir, não há dúvidas que, assim como aconteceu com os dinossauros, também a Era do ser humano desaparecerá. Nessa altura, o predador por excelência, deixará de o ser e, não há nada que possa deter esta marcha evolutiva. Nenhum ser que mata os da sua própria espécie, poderá em tempo algum ser apelidado de inteligente, de perfeito. Quanto muito, de inteligente prepotente.A Natureza, procura e vai continuar a procurar o ser perfeito, até o encontrar.Nem que para isso, tenha de se renovar por vezes sem fim.

terça-feira, 2 de março de 2010

O ELO PARTIDO

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Nem tudo é perfeito. A corrente, tanto de aço, como de cristal, é ligada por elos. Quando um elo se parte, a corrente quebra-se e o encanto desvanece. Encanto desfeito por tão pouco, um quase nada. Qual a Causa? De quem é a culpa? Causa!..., culpa!..., o que interessa agora?!... Pôr como causa as circunstâncias do momento; culpar a insegurança gerada ou a cobardia!... Talvez seja demasiado violento. O elo partido poderá ter nascido com defeito!... O certo é que agora são duas pontas soltas à deriva. Como acorrentar o navio ao porto? Pode a esperança ressurgir?! Pode o elo voltar a ligar?! Quem sabe. Só o futuro dirá. O elo partido não tem lágrimas para chorar e apenas lamenta o infortúnio e aguarda com paciência e esperança, que uma solda bem feita solidifique o encanto partido e o faça alcançar um mundo melhor. O amor entre os elos, fortalece a corrente, mas o defeito de um deles pode acabar com o sonho de uma união desejada, ou simplesmente, pode levar as partes a alcançar a liberdade sonhada. O barco sem a corrente a prende-lo ao cais, anda ao sabor das ondas movimentadas pela força dos ventos, anda sem rumo, um destino incerto o espera. Será o princípio ou o fim de uma aventura? Quem ousa adivinhar?!..., o barco á deriva tem destino incerto, mas o elo partido, esse símbolo de união, fica no chão do cais abandonado. O seu destino é certo. Elo partido de nada serve e o encanto desaparece. A união dos seres humanos é muito parecida com a corrente. Os elos nesta relação são de puro cristal. Quando eles são fortes, a felicidade é sólida e duradoira, mas quando um elo se quebra, tudo se desfaz. O elo de cristal partido não tem reparação e o seu destino é o lixo. Apenas ficam as mágoas, as saudades do elo partido e aguardar que o tempo o faça esquecer. Quando o elo é fraco, depressa se quebrará e não deixa tempo para a saudade, para a recordação da união desfeita.DE qualquer das formas, o ser humano mais parte ou mais cedo, recuperará e do elo partido depressa se esquecerá. O barco à deriva, depois de recuperado volta ao cais e será amarrado com uma corrente de elos que o fixará, até ao dia que nova causa o faça quebrar e a união se desfará.

segunda-feira, 1 de março de 2010

PENSAMENTOS VOLÁTEIS – APOCALIPSE




Expressões * Mensagens e imagens!




Desta vez o Querer e não Poder, vai deixar o pensamento fluir livremente. Frases soltas ao vento A apanhar ideias diversas que possam fazer luz a este quotidiano terrestre. Ideias soltas, mas com nexo, com possíveis causas aparentes que a humanidade teima em procurar esquecer, para justificar os seus erros. O Mundo está numa constante mudança. Terramotos ali, tsunamis acolá, secas além, inundações aqui. São notícias constantemente referidas e preocupantes. O que o homem pode fazer? Nada. A Natureza corre o seu curso e é ela quem manda. Mas também, o pouco que o homem pode fazer, faz mal. Por isso o melhor é estar quieto e procurar respeitar mais a Natureza. Se um asteróide vier em rota de colisão com a Terra, o homem tem poderes para o deter ou desviar, mas contra a Natureza do próprio Planeta nada pode fazer. Que paradoxo este! Tão forte e tão fraco ao mesmo tempo. Aqui, onde a Natureza impõe as suas regras, o ser humano é apenas um espectador, mas que teima em querer contrariá-la, dominá-la, modificá-la. O Planeta terra gira à volta do seu próprio eixo, ao mesmo tempo que forma a sua órbita em volta do seu Astro principal. O Sol. O planeta não passa de uma bola mais ou menos esférica, um pouco achatada nos pólos, suspensa por forças ainda hoje desconhecidas na sua totalidade. Basta uma pequena inclinação para que o Caos apareça. Se isto vier a acontecer, como muitos cientistas prevêem e acreditam, será o fim da vida neste Planeta. Será o tão falado Apocalipse. Se a ciência tiver razão, que é o mais certo, o Planeta, este agora nosso Mundo, se erguerá das cinzas como uma Fénix colorida e a Natureza retomará o seu curso. Com outros seres, possivelmente até menos maldosos e mais inteligentes que nós, mas a mãe Natureza continuará a ditar as suas leis. A Bíblia fala-nos de um Apocalipse, a ciência mostra-nos que o Planeta está a inclinar o seu eixo. Mais tarde ou mais cedo a profecia se concretizará e o homem que é pó, em pó se tornará.