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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

segunda-feira, 29 de março de 2010

VALORES – NOME FAMILIAR



O dia dezanove de Março é dia dedicado a S. José, pai humano de Cristo e também por inerência, escolhido no Mundo ocidental, com dia do Pai. Eu, pessoalmente, discordo com estas datas, pois dia do pai ou da mãe são todos os dias do ano. Mas como assim é instituído, respeito-o como tal. Não me foi possível fazer um tema dedicado ao Pai nesse dia, mas aproveito o fim do mês de Março, também considerado como o mês do Pai, para no meu Blog “Querer e Não Poder”, fazer uma dedicação ao meu saudoso, querido e já falecido pai.
Ainda me lembro do tempo em que era menino, quase de colo e ouvia com muita atenção, os grandes ensinamentos que meu pai procurava à maneira dele, fazer com que eu entendesse. Não falava dos valores morais em geral, pois sabia que esses valores variam de país para país, de cultura para cultura. Falava dos valores que em qualquer país ou cultura são fundamentais para se adquirir o respeito, a dignidade. Dizia ele repetidamente, sempre que a ocasião era propícia: “ meu filho lembra-te sempre que o nome que usas depois do teu, não te pertence. Foi-te dado através dos tempos pelos nossos antepassados. Tens por isso, uma grande responsabilidade em mantê-lo limpo e respeitável. Não tens o direito de o conspurcar e de lhe diminuir o valor. Antes pelo contrario. Deves procurar com atitudes sérias, que esse valor seja cada vez maior. Usa-o sempre com dignidade e lembra-te que quem to deu, já não mora neste Mundo terreno.” São valores que procuro não esquecer e transmitir aos meus filhos e netos. O nome que nos é permitido usar e do qual somos os principais guardiões, deve ser sempre preservado com dignidade para que mantenha o seu real valor. Um nome caído na lama jamais se levantará e ninguém o respeitará. Hoje, já avô, ponho-me a pensar no que ouvia quando era criança e recordo com saudades, que esta foi, se não a maior, uma grande lição que o meu pai me deu. Nada é meu. A vida, a educação, a instrução, o carácter, o amor, todos os ensinamentos que adquiri e principalmente o nome, foram-me dados. Nada de relevante é meu. Na sociedade em que vivemos, um bom-nome familiar é meio caminho andado para o sucesso. Outros ensinamentos adquiri de meu pai, mas nenhum me marcou mais do que este. O meu “velhote”, como carinhosamente lhe chamava, também me fazia lembrar que a vida dos outros, para nós não tem qualquer interesse próprio. Por isso, tudo o que se ouvir fala sobre os outros, deve apenas servir como conhecimento para nós próprios. Esses conhecimentos, nunca os deveremos divulgar como verdadeiro ou falso, pois a nós não nos dizem respeito. Devemos procurar dar bem com toda a gente, pois até prova em contrário, todos são dignos da nossa confiança. Quando nos provarem o contrário, simplesmente devemos ignora-los sem rancor ou ódio. Apenas indiferença. Os nossos amigos verdadeiros, devem ser escolhidos a dedo, pois todos servem para ser conhecidos, mas nem todos servem para ser amigos. Meu pai não era um homem sábio, mas tinha a sabedoria suficiente para compreender e ensinar coisas simples mas importantes como estas. A honestidade é o grande valor que está à disposição do ser humano. É lamentável que nem todos a saibam utilizar. Em memória do meu pai, estes ensinamentos foram transmitidos aos meus filhos e a minha neta, com apenas dois anos, sempre que está comigo, ouve-me dizer que o nome dos avos é muito importante! Quando tiver mais compreensão, explicar-lhe-ei a importância do nome familiar. Até lá, apenas preocupar-me-ei em dar bons exemplos, procurar desenvolver brincando o seu intelecto e umas guloseimas de vez em quando. A ti pai, onde quer que estejas, um grande abraço e o meu muito obrigado.

1 comentário:

  1. é mesmo verdade!que bonita homenagem...palavras tão simples e tão poderosas...mensagem recebida....mensagem entendida.beijos

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