Acerca de mim

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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quarta-feira, 31 de julho de 2019




COMPANHEIRO FIEL

O Sol raiado da manhã, ergue a sua voz,
Este vento troa por entre as ondas do mar,
Lembrando bem alto que por cá, não estamos sós
E depois de nós, outros virão por cá ficar.

Não adianta pois, impor toda a nossa vontade,
Como se dono do mundo, a humanidade fosse,
Único Ser pensante com toda essa verdade,
Ser dono e senhor e de tudo isto ter sua posse.

Por cá, o grande amor não é apenas humano,
Noutro qualquer peito bate um forte coração
E o amor maior, está no animal de estimação.

Por ser amigo fiel e não se dar ao engano,
Nas horas tristes é o verdadeiro companheiro
E mesmo maltratado, no auxílio é primeiro.

Carlos Cebolo


terça-feira, 30 de julho de 2019




PATRONOS

Existe mundos dentro de mim,
Seres que ditam as leis do seu invento,
Madrugada serene sem ter fim,
Controlo constante do pensamento,
Que faz este mundo lindo assim.

Vem ver o lindo sol renascer,
Entre outras, a vontade crescente,
Desse novo e alegre amanhecer
Que em tons de marfim, ainda sente,
Esse amor a rejuvenescer.

Fios de prata com seu calor,
Na beleza desse entardecer,
Sente em si, todo esse seu fervor.
Vem ver o lindo sol renascer,
Alimente esse já grande amor.

Os gritos que não são meus somente,
Mundo que existe num só sentir,
Colhe frutos sem plantar semente,
Entre mudos sons deste meu sorrir,
O veneno mortal que não se sente.

Voa esse tempo com o seu pensamento,
Quando de tudo isso se apercebe,
Sem sorver todo o belo momento
Dessa fonte, onde a fresca água bebe,
Perde a frescura do seu invento.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 29 de julho de 2019


SINAIS

E vejo o silêncio da tua voz,
Naquele olhar sentido da ilusão,
Canto essa canção que chama por nós,
Nas memórias espalhadas pelo chão.

Portas fechadas da recordação,
Desse mundo que não te ofereci,
Sentido na beleza da confusão,
Entre as lembranças que não mereci.

As palavras que nunca foram ouvidas,
No silêncio que marca o padecer,
Lança seus sinais que no tempo olvidas.

A dor que te serve de companhia,
Alimenta todo esse teu sofrer
E o silêncio é visto como mania.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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sexta-feira, 26 de julho de 2019



INOCENTE ALEGRIA

Esse positivo no olhar da criança,
Espalhadas por este mundo ateu,
Alegria sentida, sonho seu,
Visando ao longe a fugidia esperança.

São tantas quanto as estrelas deste céu,
Sem contar, soma superior a milhão,
Do nada, sentem o sustento na mão,
Sem água e luz, medonha noite breu.

Mesmo assim, transmitem sua alegria,
Mostrando a este mundo a felicidade,
Só Sentida em África, terra de magia,
Vivida com estranha necessidade.

É à noite que voa o seu pensamento,
Com tanto espaço e pela chuva vergado,
O tempo de crescer traz o lamento,
Num futuro se sentir desejado.

Seu sanitário é mesmo ali ao lado,
Junto ao local onde também se alimenta,
No chão, a coberto do céu estrelado,
Mas da criança, a alegria não se ausenta.

Carlos Cebolo


quinta-feira, 25 de julho de 2019




VIDA E MORTE

Entre o morrer e a saudade,
Fica uma vida vazia,
Com a outra identidade,
Duma alma que se esvazia
Ao perder a mocidade.
Água corrente não volta,
A passar pela paisagem,
Por onde já passou solta,
Seguindo a sua viagem,
Levando a sua revolta.
P’ra trás ficou a saudade,
Da vida primaveril
Com toda a realidade,
Duma doença febril
Que traz a mortalidade.
Passa-se a vida a correr,
Com Stress que se criou,
Tanta pressa p’ra morrer,
Com o tempo que se andou,
Nesta vida sem viver.
Com um egoísmo presente,
Que torna vazia a vida,
No correr que a alma sente,
Ser a morte merecida,
Neste Mundo que nos mente.

quarta-feira, 24 de julho de 2019




ESTÍMULO

Quando a madrugada se tornar triste,
Responderei a esse teu chamar,
Uma linda rosa te vou ofertar
E sem nada dizer, colhes o que existe.

Acordar-te-ei com o meu doce beijar,
Na humidade do lindo mês de Maio,
Perfume suave desse teu desmaio,
Vertendo calor, nesse teu acordar.

Tua manhã voltará a sorrir,
Perfumado com o cheiro da linda rosa,
Numa sinfonia tocada em prosa,
Entre os poemas do meu e teu sentir.

Acordar-te-ei como se acorda um menino,
Com a ternura e calor de um doce beijo,
Segredos guardados desse desejo
E o mundo se tornará pequenino.

Carlos Cebolo

terça-feira, 23 de julho de 2019




BORBOLETA

Por mim passou uma borboleta,
Com o seu ondular colorido,
Poisou na rosa, jasmim, violeta,
No malmequer do jardim florido.
Borboleta porque voas assim,
Sem destino certo pensado?
Não vês que provocas em mim,
Lembranças do meu amado?
Meu amado p’ra guerra foi guerrear,
Deixando-me aqui sozinha,
Sem ter alguém para amar,
Que triste sina a minha.
Traz-me o perfume da rosa,
Do malmequer e do jasmim!...
Óh! minha linda mariposa,
Tem um pouco pena de mim.
Leva-me nas tuas asas,
Para junto do meu amado,
Procura em todas as casas,
Notícias do meu passado.
Lembras-me com o movimento
Que fazes com o teu voar,
As ondas do mar no silêncio,
Na noite de belo luar.
Da praia distante que ficou
No mundo que já foi meu,
Do tempo que já passou,
E o momento que não morreu.
Minha terra amada distante,
Não me atormentes assim.
Teu chamamento constante,
Ainda dá cabo de mim.
A guerra que nos separou,
Não foi tão ruim assim,
O meu amado voltou,
E já está junto a mim.
Obrigado borboleta linda,
Por me fazeres feliz assim!...
Mesmo longe da terra querida,
Não te esqueceste de mim.
Carlos Cebolo
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segunda-feira, 22 de julho de 2019



FLOR DESFOLHADA

Por entre os recantos do meu jardim,
Arco-íris sentido na primavera,
O teu pensar ficou longe de mim
E o que te ofereci, ficou à espera.

As pétalas coloridas da minha flor,
Que em ti depositei com muito agrado,
Foi secando uma a uma sem ter dor,
Sem pudor, desvendaste o meu pecado.

A bela flor desfolhada ficou,
Sem as pétalas, perdeu a linda cor
E assim seu perfume também exalou,
Levado no bico pelo beija-flor.

Beija-flor levou o meu doce néctar,
Na esperança do entregar ao meu amado,
Procurando assim de novo o cativar
P’ra continuar a ser meu namorado.

Voa, voa, meu lindo beija-flor,
Procura por essa terra distante,
Encontra por lá esse meu grande amor,
Faz nascer em mim, esse dia radiante.

O dia voltou a nascer cinzento,
No meu inverno, há um frio inconstante,
Sem luz, meu jardim vive esse lamento
E a minha flor, sente esse frio cortante.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/



sexta-feira, 19 de julho de 2019




ERGUE A TUA VOZ

E o mar de cristal se tornou um mito,
O tempo ganha musgo sem memória
E desse passado se fez história,
De um silêncio tenaz em que acredito,
Poder sentir no futuro, essa glória.

Do meu nascimento, me fiz proscrito,
Deixei de ouvir vozes provocatórias,
De um império formado com suas glórias,
Reservo para mim, o abafado grito,
Aclamando bem alto, tais vitórias.

Mas no fundo, esta alma que não se abala,
Dando valor ao berço onde nasceu,
Abafa a dor do tormento que viveu
E em defesa de um passado não se cala,
Reclamando à Trindade o que foi seu.

Profundo sentir que é a minha voz,
A realeza sentida no momento,
Mostrou a fibra desse sentimento
E no grito surdo não estamos sós,
Nem sós, sentimos aquele tormento.

Ergue a tua voz da imagem sentida,
Só quem amou, se lembra de tal feito,
Na mistura de cores dessa partida,
Com esse sentir triste de um preconceito,
Nessa mentira inventada e retida.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/



quinta-feira, 18 de julho de 2019




SILÊNCIO

Não grito, não choro e às vezes me envergonho,
E por não gritar, não chorar, nada acontece.
Este silêncio das palavras é medonho,
Quando se espera um gesto, num corpo que estremece.

Palavras sentidas mo silêncio do olhar,
Apenas deixam um sentimento imaginado,
De como seria esse efeito do meu sonhar,
Naquele meu grito surdo que não foi gritado.

As breves palavras daquele silêncio atroz,
Na tremenda escassez que forma a solidão,
Deixa ao Mundo, a recordação da tua voz.

O perfume que corre no silêncio do rosto,
Naquela intolerância da desilusão,
Deixa no ar, o som e o sabor de outro gosto.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 17 de julho de 2019




O VOAR DOS PÁSSAROS

Pensamentos alados, enchem o ar,
Traçando com mágoas a noite clara,
Imitando pássaros num belo voar,
Numa figura gigantesca e rara
Que numa outra vertente quer ficar.

No seu olhar, trazem o brilho estrelar,
As raízes do cosmos em nostalgia,
Banhando seus corpos na luz do luar,
Traçando com amor, toda essa magia
Que se sente com aquele rodopiar.

Na nudez da orgia, bicam o pão,
Da farinha alva do milho marfim,
Na colheita espalhada pelo chão,
Brilhando na noite negra sem fim,
Deixam no ar, toda a sua emoção.

Conseguindo os sonhos com os seus desejos,
Desaparece o espectro do pensamento
E na consumação de uns quentes beijos,
Se ausenta da glória desse momento,
Colhendo no amor, apenas sobejos.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/



terça-feira, 16 de julho de 2019




PLANTAR

No mundo certo da sua frieza,
O amor não nasce sem ser estrumado,
É preciso plantar o desejado,
E todos os efeitos da sua beleza.

Debaixo das estrelas ou sobre o mar,
Na esperança com as duas mãos abertas,
Por entre a madrugada que desperta,
O sonho dourado é preciso plantar.

Futuro criado, na noite ausente,
Por entre as noites tristes e desgarradas,
Esse amor, deverá estar presente.

Entre os caminhos de uma liberdade,
É preciso plantar as caminhadas,
Que nos levarão à felicidade.

Carlos Cebolo

segunda-feira, 15 de julho de 2019




UMA OUTRA ERA

Cabelo branco é saudade,
Saudade é meu desengano,
Verdades da realidade,
Que o tempo baixou o pano.

Teatro na vida sentida,
Traços da terceira idade,
Da verdade convertida,
Na ilusão da mocidade.

Assim vejo toda a gente,
No sentir de uma ilusão,
A saudade que se sente,
No reacender da emoção.

E as Caldas que já foi palco,
Símbolo do nosso passado,
Tem já, um cheirinho a falso,
Do passo que não foi dado.

É sempre bom recordar,
Amigos que ainda são,
No tempo sempre a rodar,
No nascer de uma ilusão.

Falta-nos essa coragem,
Para esquecer aquele passado,
Fazermos a nossa viagem,
No tempo que não ficou parado.


Carlos  Cebolo


sexta-feira, 12 de julho de 2019



VEM VER O SOL NASCER

Anda amor. Vem ver o sol nascer,
Sorriso doce da madrugada,
O sol que vem neste amanhecer,
Amor que se abastece na aguada.

Água fresca que quero beber,
Nos teus lábios tingidos de mel,
Afogando no meu corpo o fel,
Amargura deste meu sofrer.

Anda amor, vem ver este sol-posto,
No horizonte da nossa memória,
Lembrança de toda a nossa glória,
Nesse arco-íris tingido a teu gosto.

Vem ver esta luz desabrochar,
Frescura da nossa juventude,
Que este tempo nos preocupa e ilude,
Escondendo a vontade de amar.

Vem amor, vem ver este futuro,
Desenhado na sombra da lua,
Vontade de te querer bela e nua,
Na doçura de um fruto maduro.

Carlos Cebolo





quinta-feira, 11 de julho de 2019



ESCALDANTE NOITE

Finalmente, heis que chega,
Noite quente sem fim,
Suor que não aconchega,
É o verão dentro de mim.

Se fixa o escuro breu,
Sem brisa que o refresque,
Corpo nu, santo e ateu,
Aroma de moleque.

Silenciosa e dramática,
Chega a noite sem sono,
Ode sem ser poética
De mim se torna dono.

Descanso perturbado,
Do Ser que em mim se encontra,
Com o tempo agastado
Que esta noite confronta.

Chega o raiar do dia
E o corpo desmaiou
No calor com que ardia
E o dia assim raiou.

Sem sossego e lânguido,
Com o calor que o atormenta,
Ficará adormecido
O corpo que lamenta.

Carlos Cebolo




terça-feira, 9 de julho de 2019




É VERÃO!...
É Verão!...
Sentido na emoção,
Um lance de amor,

Do corpo que pede calor,
No momento de solidão,
Sem outra condição
E sem outro sentimento,
Apenas viver o momento.
É verão!...
Corpos sedentos ao Sol,
Procuram o bronzear,
Sem medo do escaldão,
Como se fosse um girassol,
Acabado de germinar.
Com todo este movimento,
Esquecem o sofrimento.
É verão!...
Areia mar,
Água salgada,
Em perfeita comunhão.
É tempo para arrumar,
Esta vida abençoada.
Sempre com o amor presente,
Na felicidade que se sente.
É verão!...
O amor que não se toca,
O amor que não se Vê,
No sentir do coração…
O desejo da troca,
O perigo que não se prevê,
No irresistível chamamento,
De um bom acolhimento.
É verão!...
A linguagem do olhar,
O riso divertido,
O gesto de sedução.
Na forma de andar,
O convite escondido.
O amor que a alma sente,
Naquele momento presente.