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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018



MOTIVO

Porque escrevo o instante que não existe?
Com a minha vida saudável e completa,
Imagino a vida de quem é triste,
Com o agrado de me chamarem poeta.

No florescer triste do fingimento,
Ser parente de uma vida fugida,
Sem ter gozo por qualquer pensamento,
Talho caminhos da vida perdida.

E assim escrevo esse sentimento mudo,
Um pouco de muito, um pouco de nada,
Escrevo esse amor que na vida é tudo,
Escondendo um pouco essa vida adiada.

Carlos Cebolo


segunda-feira, 29 de janeiro de 2018



RETRATO

Outrora jovem, sorridente de rosto magro,
Sentido dessa vida plena assim tão diferente,
Imagem esbelta desse espírito inconsciente,
Com sorriso nos lábios sem esse travo amargo,
Vivia esse amor, no calor que a vida consente.

Da juventude em mudança que ficou perdida,
Não dei por mim nessa passagem repentina,
Que pouco a pouco, assim deixou de ser sentida,
Naquele tempo alegre dessa vida tão menina,
Aguardando serena, o dia da partida.

Face iluminada do coração palpitante,
De uma juventude em qualquer espelho escondida,
Seguiu com o seu sonho por essa vida errante
E em qualquer dimensão ficou por lá perdida,
Deixando na realidade essa imagem inconstante.

Carlos Cebolo



sexta-feira, 26 de janeiro de 2018



IMAGINAÇÃO

Sinto esse teu olhar,
No momento em que me lês em poesia,
Aveludada e macia,
Pérola do teu chorar,
Nossos toques em perfeita sintonia.

Sem saber o teu gosto,
Na imaginação desse teu doce beijar,
Sinto esse desejar,
Pranto do meu desgosto,
Por não sentir em ti, esse meu sonhar.

Canto louvores à lua,
Serenata do meu desejo sem fim,
Rosa do meu jardim,
Pensar em te ter nua,
Com o toque do teu corpo bailando em mim.

Carlos Cebolo


quarta-feira, 24 de janeiro de 2018


AMOR SILVESTRE

Na margem, a flor triste cansada,
Silvestre malmequer colorido,
Submisso ao tempo e tão querido,
Alma triste assim desejada.

Trevo verde colhido aos molhos,
Travo sabor de belo agrado,
Que em ti se sente desejado,
Pérola solta desses teus olhos.

Veste as suas pétalas de seda,
A bela flor do meu encanto,
Lágrimas soltas nesse seu pranto,
Esperança que o amor lhe conceda.

E por ti, eu achar maneira
De colher os malmequeres teus,
Graças darei ao Senhor Deus,
Ter bela flor à minha beira.

Carlos Cebolo


segunda-feira, 22 de janeiro de 2018


MEDO

E o tormento, do imaginário se apodera,
Ouve-se duendes e gnomos nesse fraco luar
Que o vento tem dificuldade em explicar,
Na floresta sossegada, o silêncio espera
Entre sombras sentidas, com esse seu passar.

Naquela ilusão das sombras com o seu tormento,
Brisa lenta que passa no temor da folha,
Sem nada se ver com todo esse movimento,
Imagina-se o seu passar quando se olha,
Com o imaginário criado nesse momento.

E o seco frio percorre o corpo dorsal,
Fraquejo das pernas com todo esse sentir
Que o faz tremer, com o pensamento nesse mal,
Das almas atormentadas no seu partir,
Deixando o medo dessa solidão fluir.

Nem mesmo o chamamento da fada de luz,
Madrinha desse sossego ainda esperado,
Pode acalmar o medo que a noite produz,
No espírito que se supõe desesperado,
Com o medo que a própria imaginação induz.

Carlos Cebolo







sexta-feira, 19 de janeiro de 2018


PAUSA

A pausa de um momento,
Na vida que se sente e passa,
Marca no tempo o pensamento
Da vida que perde sua graça.
E com o passar do tempo se denota,
Como chamada de atenção,
Que qualquer dia o tempo se revolta,
Impondo a sua condição,
Deixando assim de passar,
Cansado nesse seu caminhar.

E se essa pausa se prolongar,
Por um tempo indesejado,
Deixa a vida de temer o passar
De um tempo já desgastado.
Cansado desse seu percorrer,
Com a crítica que é sentida
Por quem tem ânsia de viver,
Sem sentir a própria vida
Nesse frenético caminhar,
Pede pausa ao tempo, nesse seu passar.
E com a vida assim perdida,
Faz pausa o tempo, com a partida.

Carlos Cebolo



quarta-feira, 17 de janeiro de 2018


DAR-TE-EI UMA PRENDA

Dar-te-ei uma prenda!
Prenda que se deseja,
Sentir na tua mão.
Amor que não se venda
E que ao longe se veja,
Presa num coração.

Dar-te-ei o meu amor,
Enviado num olhar,
Em sinal de confissão.
Meu beijo com calor,
Sentindo esse beijar,
Num amor sem condição.

E em ti poder sentir,
Com doçura e carinho,
O calor de um vulcão
Que em mim fará florir,
O amor que adivinho,
Ao tocar tua mão.

Carlos Cebolo



segunda-feira, 15 de janeiro de 2018


CONTIDO NUM SONHO

Anos que se renovam…
Rebento a rebento se faz a Primavera,
Onde os ventos ecoam
E a vida desespera,
Entre sonhos que com o pensamento voam.

Esse nobre sentimento,
Tocado por lira celeste desafinada,
Distante do pensamento
Da própria alma encantada
Que na distância procura o amor do momento.

Em cantar desafinado,
Que ao longe toca e faz bater esse coração,
Como pêndulo descompensado,
Da varinha de condão,
Nessa sua ilusão, sente o amor desejado.

Carlos Cebolo


sexta-feira, 12 de janeiro de 2018



VIDA POR VIVER

Sinto por ti aquela saudade,
Fruto silvestre no amanhecer,
Na esperança que nos faz reviver,
Toda aquela nossa mocidade,
Vivida no sentido do amor,
Fogo ardente que perdeu fervor.

Passam os tempos, anos e segundos,
Passa o sentir dessa triste dor,
Essa vontade do nosso amor,
Que ficou nos momentos profundos,
Entre olhares e toques de magia,
Como profunda foi essa alegria.

Desperta a mente no amanhecer,
De um bem que se quis naquele passado,
Futuro entre os dois assim sonhado,
Do corpo que sente o entardecer,
Sem ter visto chegar o momento,
No sentir, de um forte sentimento.

Carlos Cebolo



quarta-feira, 10 de janeiro de 2018


ILUSÃO

Tua presença sinto; olhando o mar,
Mar que guarda esse teu íntimo segredo,
Desse devaneio que sente o medo,
De um tardio tempo, sempre a passar.

Sem ti, sonho com essa solidão
Que a onda sente no profundo mar,
Deixando-me histo nesse meu sonhar,
Sem conseguir agarrar tua mão.

Em consciência, escondo esse sentimento
Que nesses meus sonhos, me turva a mente,
No êxtase que o próprio corpo consente,
Como o mar consente o seu movimento.

E ao acordar, sentindo essa ilusão,
Fecho os olhos para voltar a sonhar,
Com essa tua imagem junto ao mar,
Agarrando essa minha solidão.

Carlos Cebolo



segunda-feira, 8 de janeiro de 2018


VIDA

Pálida esta vida que passa,
Passo tímido sem se ver,
Com esse tempo sempre a correr,
Uma sombra nua que esvoaça.

E assim só resta uma memória,
Da juventude que findou,
Por todo esse tempo que passou,
Sem por cá deixar sua história.

Só me resta aquela saudade,
Que o passado assim me revela,
E sentindo hoje a falta dela,
Tento agarrar a mocidade.

Carlos Cebolo



sexta-feira, 5 de janeiro de 2018


MARCAS NA AREIA

Pensar no que não fui,
Contendo minha mágoa,
Rostro banhado em água,
Amor que dali flui,
Num tempo que magoa.

Na areia marcas postas,
Com esse meu pensar,
Na margem desse mar,
Sentires que de mim gostas,
No eterno caminhar.

Sentindo a luz da lua,
No mar desse segredo,
Escondo esse meu medo,
De um dia não ser tua,
Mantendo o meu degredo.

Na noite quero dar,
Meu sonho, meu carinho,
Sentindo-te sozinho,
Controlo o meu sonhar,
Seguindo o meu caminho.

Carlos Cebolo




quarta-feira, 3 de janeiro de 2018


CAMINHADA CONSTANTE

 Por antes ser tão descuidado,
Sem estar triste nem pensativo,
Viver solene e primitivo,
Vivi o tempo indesejado.

Olhava essa estrela tão alta,
Que nessa altivez se fez fria,
Na sua distancia vazia,
Que na própria vida ressalta.

Colhendo esse efeito da ciência,
Com todo o seu momento triste,
Vida que agora não existe,
Com toda essa nova consciência.

Olho hoje essa estrela distante,
Não a querendo por companhia,
Com essa pálida luz vazia,
Na minha caminhada constante.

Carlos Cebolo



segunda-feira, 1 de janeiro de 2018


DESEJO DE TE LER

Grande é minha vontade para te ler,
Nudez em gomos de rosa celeste,
Verdade do sorriso que me deste,
Nesse momento em que te pude ver.

Ler teu corpo em toques de sedução,
Elevando essa fragrância que sinto,
Nesse teu sabor com travo de absinto,
Que afaga a dor de um triste coração.

Sentir na pele o toque de magia,
Em pétala perfumada desse amor,
Que activa no arco-íris a sua cor,
Nesse desejo que pinta a alegria.

Pudesse eu não sentir o uivar do vento,
Que me traz essa ânsia do desejar
Esses teus lábios que quero beijar,
Com essa insistência do meu pensamento.

Nesse teu corpo absorver a leitura,
Do intenso olhar onde sinto esse amor,
Sentindo no meu desejo essa dor,
Que leio no teu olhar com ternura.

Carlos Cebolo