MEDO
E o tormento, do imaginário se apodera,
Ouve-se duendes e gnomos nesse fraco luar
Que o vento tem dificuldade em explicar,
Na floresta sossegada, o silêncio espera
Entre sombras sentidas, com esse seu passar.
Naquela ilusão das sombras com o seu tormento,
Brisa lenta que passa no temor da folha,
Sem nada se ver com todo esse movimento,
Imagina-se o seu passar quando se olha,
Com o imaginário criado nesse momento.
E o seco frio percorre o corpo dorsal,
Fraquejo das pernas com todo esse sentir
Que o faz tremer, com o pensamento nesse mal,
Das almas atormentadas no seu partir,
Deixando o medo dessa solidão fluir.
Nem mesmo o chamamento da fada de luz,
Madrinha desse sossego ainda esperado,
Pode acalmar o medo que a noite produz,
No espírito que se supõe desesperado,
Com o medo que a própria imaginação induz.
Carlos Cebolo
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