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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quinta-feira, 29 de agosto de 2013




AMIZADE

Um grande aperto no coração,
Saudades sentidas na inocência,
De quem na nossa vida aparece.
À nossa volta tudo é recordação,
De uma vida passada na vivência,
Que o voar do tempo não esquece.

Palavra amigo é grande tesouro,
Na intimidade guarda o amor,
Na ausência a sentida amizade.
Riqueza mais valiosa que ouro,
Sentida na separação grande dor,
Da perda do apoio e da verdade.

Amigo existe no espelho da mente,
Onde depositamos os nossos segredos,
Sempre que a situação se faz triste.
Felizes com a amizade que se sente,
Na cumplicidade sem os seus medos,
Da verdadeira amizade, quando existe.

Confiança mútua numa grande amizade,
Onde sentimos o apoio de abrigo seguro,
Nas confidências da alma sem condições.
Amor e amizade se confunde na realidade,
Em gestos, sem palavras no valor maduro,
Onde guardamos as nossas confissões.

Amizade é algo que nasce sem querer,
Na confiança que o outro nos transmite,
Com atitudes, gestos e palavras sentidas.
É não ser indiferente com o nosso sofrer,
È procurar ajudar, sem esperar convite,
É cantar na tristeza, as maravilhas vividas.

Carlos Cebolo


quarta-feira, 28 de agosto de 2013



DEPRESSÃO

Abre-se a noite no meu horizonte;
Oiço a tua voz no meu interior,
Tua imagem de mim se esconde,
Numa cavalgada febril e de dor.

Vejo fantasmas na minha mente,
Pesadelos com os meus anseios,
Por te amar assim perdidamente,
Com trevas constante no meu seio.

A loucura do futuro a enegrecer,
Prendem-me à húmida e fria cama,
Como se a alma estivesse a morrer.

Vejo a noite fria que se desfaz…
Consumida nas cinzas da quente chama
E o novo dia nasce com a cor lilás.


Carlos Cebolo

terça-feira, 27 de agosto de 2013



O DESPIR DA LUA

Despe-se a noite de luar,
No interior do imenso mar.
O brilhante silêncio da loucura,
No corpo de mulher a doçura,
Do forte desejo em ser sentida,
No momento de ser possuída.
Dos sentires presentes na mente,
A bela magia que o corpo sente.

Os retoques sentidos no amor,
São pinceladas na alma sem cor,
Do corpo em constante desatino,
De uma mente sem o seu destino.
Cruzados caminhos que se revela,
Nas noites escuras à luz da vela,
De uma alma que ama intensamente,
A liberdade que o corpo consente.

Traços de aromas em plena lua,
Da beleza que se apresenta nua,
Forma o arco-íris de mil cores,
Dos bons amantes e seus amores.
Neste constante e belo movimento,
A translação desde o seu nascimento,
Revela o amor que a alma sente,
No brilho da lua sempre presente.

Romântico néctar da fecundação,
Na ternura liberta de forte paixão,
Duma flor silvestre no chão perdida.
A mulher com a sua alma dorida,
Melodia de um perfume sem prosa,
Na terra sem vida, colhe a sua rosa.
No belo encantamento envolvente,
O toque de loucura no corpo ardente.

Palavras vestidas de azul veludo,
Gestos sentidos num olhar mudo,
De um corpo que grita por paixão,
Com belas tatuagens de pura ilusão.
Sonhos na intimidade da saudade,
Dos tempos vividos na mocidade,
De uma estrela que se diz cadente,
Mas mantém o corpo e alma ardente.

Ser carta aberta e fechada no sentir,
De um corpo maduro que quer florir,
Com um toque suave de pura magia,
Na loucura que a sua mente recria.
Saber e sentir, ter muito para dar,
Com o seu corpo pronto para amar,
Na alegria que a própria alma sente,
Nos sonhos floridos da sua mente.

Carlos Cebolo


segunda-feira, 26 de agosto de 2013


O CONTRASTE DO VERÃO

Gosto da lua e do luar,
Tenho pelo mar, paixão!...
Tempo perfeito para amar,
No calor ardente do verão.

Corpos ao sabor do vento,
Os pés na areia molhada,
O amor daquele momento,
Com a felicidade partilhada.

Sem queixume, sem lamento,
Olhares encontrados e cruzados,
O florir do doce sentimento,
Nos prazeres físicos desejados.

Murmúrios e vozes da malta,
Trazidos pelo suave vento,
Nas maré rasa, ou maré-alta,
A salgada água do encantamento.

Praia, quente praia, frio mar,
Corpos ardentes em satisfação,
No refrescar dos corpos o olhar,
De quem ama e procura a perfeição.

Este quente verão que nos intimida,
Sempre fogos lavrados no olival,
Tem na onda do mar, uma amiga,
E no incêndio que mata o seu mal.

O Acre-doce da mãe Natureza,
Que à beira mar forma alegria,
Fora dele, fomenta a tristeza,
No fogo que aparece por magia.

No humano, o coração saltita,
À procura de alguém para amar,
A beleza nem sempre interdita,
Naquele cantinho junto ao mar.

Seu corpo também pega fogo,
No incêndio da alma animada.
No flirt tem o seu forte jogo,
Para convencer a sua amada.

Passado o verão e o momento,
Do amor temporário e ardente,
Na bela praia apenas o lamento,
Da paixão que o corpo sente.


Carlos Cebolo




sexta-feira, 23 de agosto de 2013




O SENTIR DA POESIA

Navego com o vento
Por trilhos soltos duvidosos.
Oiço o triste lamento,
Dos espíritos receosos.
Chamam por mim!...
Perguntam por ti!...
Dizem que cheguei ao fim
Da triste vida que escolhi.
Recuso a aceitar!...
Sons marinhos numa concha vazia,
Choro errante do acordar
De um mar triste na maresia,
Lembram-me o teu olhar.
O fascínio do mistério,
O cheiro ardente do adultério,
No meu pensar de loucura,
Acentuam a minha amargura.
Como opaca e negra rocha,
Que no teu caminho se atravessa,
Reacende a fraca tocha,
Da esperança que regressa.
Coração duro como o diamante,
Percorre por maus caminhos,
Na felicidade do mau amante,
No calvário coroado de espinhos.
Procuro fugir!...
Tua sombra em perseguição
Neste meu triste florir,
Aperta forte a minha mão.
Desejo forte sentido,
Passo a passo na madrugada,
Deste triste amor sofrido
De uma alma amaldiçoada.
O que fiz para o merecer?
Nada que tenha na mente,
Para este constante sofrer,
Que a pobre alma consente.
Sonho vivido em poesia,
Atinge alguém no seu sentir,
Com a firmeza da magia,
Da poesia no seu exprimir.

Carlos Cebolo


quinta-feira, 22 de agosto de 2013



O FASCÍNIO DA LUA

A Lua cheia me fascina!...
Lobo uivante sonhador,
Espírito selvagem em evolução.
O forte brilho da lua que ilumina,
A busca constante do amor,
Sem encontrar grande solução.
Nesta constante infeliz procura,
O eterno avançar da triste loucura.

Ser vampiro, espírito sugador,
De um amor forte e carnal,
Que a lua cheia sempre agita.
Estrela cadente do eterno amor,
Num sentimento feroz animal,
Que a sua própria alma grita.
Forte indício da triste loucura,
De uma vida vivida e já madura.

Lua cheia do meu encantamento!...
O teu brilho em mim se reflecte,
Na magia do grande amor errante,
Deste sofrer no derradeiro momento.
Sonho na esperança que se repete,
Na procura daquele futuro radiante,
Do tempo em constante contratempo.
No brilho da lua a felicidade perdura,
Em contraste com a vida de amargura.

Loba solitária de pensamento errante,
Que cruzas o firmamento no teu correr,
Atrás do querido Sol, sempre sorridente.
Ao teu amante apresentas-te brilhante
E por ele morres e voltas a nascer,
Sempre com o mesmo sentido presente.
Beijar o Sol na tua constante loucura,
Nos momentos que o seu eclipse dura.

Lua cheia, brilhante, fria e sonhadora,
Que poetas procuram cantar em verso,
No deslizar da pena, o encantamento.
Continuas com a tua beleza tentadora,
A enganar os amantes deste Universo,
Com romance eterno sem sofrimento.
Nessa tua incessante e triste procura,
Acentuas na bela poesia, a sua loucura.


Carlos Cebolo

quarta-feira, 21 de agosto de 2013


MEDO

Medo!...
Sim. Tenho medo…
Do querer e não poder,
De amar e não ser correspondido,
Do ter e do perder,
Medo de ser esquecido.
Medo!...
Sim. Tenho medo…
De querer sem merecer,
De escrever e não ser lido,
Medo de sofrer…
De ser um espírito perdido.
Medo!...
Sim. Tenho medo…
De ter um sentimento de culpa
De ser a causa do mal,
De fazer sofrer e não pedir desculpa,
De agir como um animal.
Medo da mentira,
Da tristeza sentida,
De ser tomado pela ira,
Medo da triste partida.
Medo!...
Sim. Tenho medo…
Da vil solidão,
Da felicidade perdida,
De não ter quem me estenda a mão,
Na derradeira despedida.
Medo de não sonhar,
Da alma entristecer,
De não ter a quem amar
Das faculdades perder.
Medo!...
Sim. Tenho medo…
Não tenho medo de morrer,
Não tenho medo de tentar,
Tenho medo de viver a sofrer
E de um dia deixar de andar.
Medo!...
Sim. Tenho medo…

Carlos Cebolo


segunda-feira, 19 de agosto de 2013




AGARRA O TEMPO QUE CORRE


O tempo não pára!...
Como o vento, rodopia constantemente,
Numa aspirai elíptica sem fundo,
Que no seu próprio mar, amara.
Altos e baixos que a vida pressente,
Nos caminhos sinuosos deste Mundo,
Onde o corpo se sente quente
E a alma sente os perigos da mente.

Sinto-te no vento que gira!...
Em ti, vejo florais aromas de primavera,
No teu fechado olhar de sedução.
Neste tempo que não se retira,
Com o seu voar em constante espera,
De um tempo, no tempo de uma união.
O querer viver a vida num belo presente,
Vive-se a felicidade que a vida consente.

Se parasse o tempo por um momento
E poisasse meus olhos no teu olhar,
Com lábios mudos, falava-te do meu amor.
Escolheria no tempo o belo momento,
Sentido e vivido no secreto amar,
Deste pobre coração com a sua dor.
Falar-te-ia com o olhar sorridente,
Tudo o que a pobre alma sente.

Se por um momento pudesse parar,
O tempo que não pára no seu correr,
Falar-te-ia dos meus segredos…
Teu belo corpo, corria a abraçar,
Com o meu coração sempre a tremer
E o desejo a formigar nos meus dedos.
Mostrava-te a ternura que a alma sente,
Ao querer-te na vida, sempre presente.

Agarrava no tempo, o tempo que corre,
Para os profundos confins do firmamento,
No silêncio da boa magia da vã procura,
Da felicidade desejada que não morre.
Fosse qual fosse o eterno momento,
Certamente seria o momento de ternura,
De quem procura na vida estar presente,
Oferecendo o amor que a alma sente.


Carlos Cebolo

sexta-feira, 16 de agosto de 2013




MEU CASULO

Este refúgio que me acalma,
Escrever o que dita a alma,
Quase sem querer escrever,
A poesia que me faz crescer.
Como a flor que suporta o frio,
Também cresce à beira do rio,
Como se fosse um ser mudo,
Tendo a incerteza em tudo.

Refugio-me na hora que dorme,
Da noite que se tornou enorme,
No passar das minhas mágoas,
Como o riacho de soltas águas.

Meu casulo forte e seguro,
Faz do sonho forte muro,
Onde guardo meus segredos
E amadureço meus medos.

Na magia em que a alma vive,
Também ali me sinto livre.

No casulo dos meus sonhos,
Guardo pesadelos medonhos,
Que procuro aos poucos soltar,
Nas noites escuras sem luar.
Pesadelos que desaparecem,
Nas noites que arrefecem,
Bem no meio do arvoredo,
Da floresta que causa medo.

Saco de emoções no peito lacrado,
Pedra falante do meu pobre ser,
Este casulo em que me resguardo,
Nos tristes momentos do escurecer.
Pensamento de pesar da triste alma,
Que no escrever procura a calma,
Neste triste Mundo amargurado,
Onde fui buscar, o meu triste legado.


Carlos Cebolo

quinta-feira, 15 de agosto de 2013


MANTO MAR

Ó mar eterno e sedutor,
Manto de água salgada,
Que o belo corpo afaga.
Tua energia produz calor,
No corpo sedento de amor,
De um coração magoado,
Num espírito amaldiçoado.

Linda musa do meu versar,
Porque me deixas agora só,
Nesta tristeza que mete dó?
Cubro-me com o manto mar,
No aconchego do meu sonhar,
Nesta noite que fico acordado,
Com este meu fado malfadado.

Bela ilusão sentida na magia,
Do manto de água acolhedor,
Deste mar sedento da triste dor,
Que afasta toda a minha alegria.
Do carinho que outrora sentia,
Neste pobre coração amargurado,
Sem o calor do amor desejado.

Procuro-te dentro do meu sonhar,
Mas neste meu sonho não te vejo,
Nem sinto o calor do doce beijo.
Aprofundo o meu eterno procurar,
Na esperança dos teus lábios beijar,
Neste ilusório arco-íris dourado,
Que na onda do mar está guardado.

Cobre o meu corpo arrefecido,
Seca as lágrimas do meu sofrer,
Com o teu lindo manto de poder.
Na areia molhada está adormecido,
Este corpo jovem mas já sofrido,
De um amor que se diz abençoado,
Mas que continua a estar estagnado.

Carlos Cebolo



quarta-feira, 14 de agosto de 2013


MEU SILÊNCIO

No recanto do jardim ao luar,
Sinto o silencioso odor da flor,
Do incessante esvoaçar de dor,
Que procura no seu rodopiar,
O colorido e frágil beija-flor.

O Silencio da corrente água,
Do riacho saudoso em alcançar,
Na sua glória, o imenso mar!...
Sinto o ruído da triste mágoa,
Da alma triste que quer amar.

Flor murcha da mágoa sentida,
No sugar constante do beija-flor,
No seu esvoaçar de grande amor.
Na certeza da felicidade perdida,
A verdade sentida na grande dor.

Meu silêncio ouvido num grito,
Nos estames abertos da bela flor,
Convida sorridente o beija-flor,
Ao mergulho no cálice bendito,
Na ânsia de encontrar o amor.

O silencioso som da natureza,
Ouvido na profundeza do ser,
Acalenta a esperança do querer.
Neste meu silêncio a incerteza,
Do amor que não pára de crescer.

Carlos Cebolo










MÁGICOS MOMENTOS

Linda musa em que te perdeste,
Nos confins do amor eterno,
Morto e renascido na tua emoção.
A paixão que nunca tiveste,
Do amor, fizeste teu inferno,
Doce elixir da tua perdição.
Teu corpo na fraqueza agora sente,
Toda a dor sentida na tua mente.

Linda musa do eterno encanto,
Inspiração divina do pensamento,
Neste triste momento encantado.
Sobre mim, estendes o teu manto,
Que realça todo o belo momento,
De amores e desamores encantados.
Toda a alegria que a alma sente,
Com o teu encanto sempre presente.

Aquele forte feitiço por ti lançado,
No despertar do sentimento do amor,
Talha os pobres e sofridos corações.
Poder que fica para sempre gravado,
Na mente de quem sofre a grande dor,
Com as tristes e sofridas recordações.
Com a tristeza marcada na mente,
De quem julga ser amor, o que sente.

No meu querer incessante de felicidade,
Vício louco em ousadias misteriosas,
Projecto momentos mágicos sem cor.
Invento volúpias com a tua ansiedade,
Na alma do corpo em falas silenciosas,
Projectadas no ecrã de um jovial amor.
Oiço os violino no profundo da mente,
Na loucura que a alma agora sente.

Com a noite, sinto o teu suave perfume,
Fragrâncias suaves do fresco jasmim,
Que embriaga meus sonhos perturbados.
Ver-te em outros braços, o meu ciúme,
Que aos poucos corrói e dá cabo de mim,
Nos momentos mágicos em ti imaginados.
Fogo ardente que atormenta a triste mente,
De quem sofre a dor, que o corpo sente.

Oiço o olhar do chamamento na solidão,
Suaves suspiros dos dedos em carícias,
No silencio da eterna e quente madrugada.
Sinto o pensamento no toque da visão,
No teu corpo bebendo as doces delícias,
Na nudez da pétala silenciosa apagada.
Aquele aroma celestial, em ti envolvente,
Traz até mim, o belo odor de sexo ardente.

Vejo o corpo voar, nas asas da escuridão,
No momento mágico do calor que produz,
Sons ouvido no prazer da noite, com doçura.
Em suspiros soltos, as lágrimas do coração,
No mágico momento em que se fez a luz,
Que me levou ao delírio da doce loucura.
Na ansiedade do desejo que o corpo sente,
A ilusão do belo prazer sentido na mente.

Carlos Cebolo



quinta-feira, 8 de agosto de 2013


ESPÍRITO SELVAGEM

Alma solta em espírito aberto,
Flor silvestre do belo jardim,
Que do teu olhar me desperto,
Tocado pelo teu manto de cetim.

Selvagem sedução em liberdade,
Flor solitária que morre e renasce,
No jardim florido da eternidade,
Solta do pecado que entristece.

O teu perfume soprado pelo vento,
Canto em teus lábios ensaiado,
Procura no meu corpo o sustento,
Em voador galope desesperado.

Procuro-te nos meus pecados,
No sentir adormecer do teu sorriso,
O calor e os desejos guardados.

Espírito selvagem em cavalgada,
Liberto do corpo que lhe dá pudor,
Encara a vida, na nova caminhada,
No esperado contacto com o amor.

Sonhos sentidos na madrugada,
O poder da mente em revelação,
No mistério da noite desesperada,
Secam as tristes lágrimas da solidão.

Perfumada com o néctar da tua essência,
A alma despida na melodia da paixão,
Sente o beijo doce da tua ausência
E sussurra-me palavras de sedução.

Desvendas segredos da alma pura,
Num tempo sem tempo para a alegria,
Carícias que gritam os sons da loucura,
À procura de uma eterna harmonia.

És o lindo desafio no meu adormecer,
Dona do sonhar que a paixão provoca,
Que desapareces no triste amanhecer,
Deixando o gosto a mel na minha boca.

Carlos Cebolo




RENASCER DA ESPERANÇA

Ouvidos vazios na tristeza,
Era incerteza
Dos pensamentos em oração,
Que maltratam o coração,
Na vida que despreza.
Alma da vida esquecida,
Entristecida
No adormecer da solidão,
À procura de afeição
Numa triste despedida.

Vivido o triste momento,
No lamento
Dos sonetos de desejo,
Um suave beijo
Reacende o sentimento.
Como oferta do ser divino,
O som do violino
Ouvido no recanto da dor,
Reacende o amor
Traçando um novo destino.

O livre e feliz pensamento,
Do momento
Sentido na alma sem dor,
É sorriso de amor
No renascer do sentimento.
O renascer da esperança,
É confiança
Em sentir novamente o calor,
Do amor
Que traz na lembrança.

Dias de pesadelos sonhados,
São passados
De uma difícil situação,
Sem perdão
Pelos presentes envenenados.
Actos de uma vida imatura,
São censura
Da juventude vivida e passada,
Amargurada
Na presente vida madura.

Uma tempestade que arrepia,
Na magia
Do novo florescer do amor,
Sem dor
Na felicidade que merecia.
Viver uma nova união,
Na sensação
De sentir novamente a felicidade,
Na amizade
Sem impor qualquer condição.

Com o passado no pensamento,
O momento
De reviver uma grande paixão,
A sensação
De acabar com o sofrimento.
Entrega o corpo intensamente,
Na carícia quente
Do prazer de querer amar,
Naquele eterno namorar,
Que agora o seu corpo sente.

Felicidade sentida no coração,
A paixão
Que agora a alma consente,
Sente
O conforto da eterna união.
Este despertar dos sentidos,
Ouvidos
Numa entrega do amor carnal,
È normal
Nos grandes amores vividos.

O Renascer de uma vida perdida,
Muito sentida
Na esperança do amor renascido,
No merecido
Fecho da triste e antiga ferida.
Brecha deixada aberta na emoção,
Da velha paixão
Destruída com a tua partida,
Na despedida
Da antiga, sentida e triste união.

Carlos Cebolo







quarta-feira, 7 de agosto de 2013


AMAR SIMPLESMENTE

Quero-te inteira,
Clara como o dia,
Na beleza verdadeira,
Com toda a tua alegria.

Solta como o vento,
Quero-te no meu querer,
Com o teu sentimento,
Com todo o teu sofrer.

Na minha triste solidão,
Deixo fluir o sentimento,
Na dor forte do coração.

Quem ama, tudo consente,
Seja qual for o momento,
Para amar simplesmente.


Carlos Cebolo

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

         


        OIÇO-TE

Oiço-te no silêncio da saudade,
Das flores abraçadas ao vento,
Que procuram agarrar a eternidade,
Na ânsia de salvar o pensamento.

No nascer do arco-íris da ilusão,
Liberto-me em mistérios e ousadias,
Onde escrevo em tons de solidão,
Os sons das madrugadas tardias.

Oiço a tua voz em melodias de amor,
Doce água que desagua no meu mar,
Que arrepia a minha pele com ardor,
Na doçura que me abraça sem tocar.

Viajo na eternidade da paixão,
No éter do amor em melodia,
Divago na sensação da emoção,
Tocando o ponto alto da magia.

Estás ausente em espuma branca,
Em devaneios de pura sedução,
Entre luares, estrelas e aliança,
O mistério da tua forte paixão.

Oiço-te em sons belos da Natureza,
Lamentos do suave vento sem fim,
Onde falas de amores na incerteza,
Em ecos encontrados dentro de mim.

Oiço-te nas cores da água abençoada,
Formas de soluços em pingos de calor,
Entre as tuas tristes frases inacabadas,
Que prometem propostas do teu amor.

Sentidos tristes nas baladas tocadas,
Sem harmonia da beleza realidade,
Das sinfonias que ficaram adiadas,
Na gaveta do sentimento da verdade.

Oiço o teu amargo silêncio de alerta,
No incessante grito louco da tua alma,
Neste profundo silêncio que desperta,
A realidade triste, do sentir que acalma.

Oiço no toque dos teus dedos em mim,
Um profundo sentir do teu desespero,
No sentimento que renasce por fim,
Selado com o beijo que julgo sincero.

Demónios e santos em forte disputa,
Na liderança do libido prazer carnal,
Tentação da alma em constante luta,
Na difícil escolha do bem e do mal.

Oiço teu corpo combater a alma,
Nesse feroz combate pela moral,
O anjo da guarda na noite calma,
Em contraste com o dia infernal.

Oiço-te dizer sem te ouvir falar,
Vem a este combate derradeiro,
Preparada estou para te amar
E oferecer-te o corpo por inteiro.

Carlos Cebolo