O DESPIR DA LUA
Despe-se a noite de luar,
No interior do imenso mar.
O brilhante silêncio da loucura,
No corpo de mulher a doçura,
Do forte desejo em ser sentida,
No momento de ser possuída.
Dos sentires presentes na mente,
A bela magia que o corpo sente.
Os retoques sentidos no amor,
São pinceladas na alma sem cor,
Do corpo em constante desatino,
De uma mente sem o seu destino.
Cruzados caminhos que se revela,
Nas noites escuras à luz da vela,
De uma alma que ama intensamente,
A liberdade que o corpo consente.
Traços de aromas em plena lua,
Da beleza que se apresenta nua,
Forma o arco-íris de mil cores,
Dos bons amantes e seus amores.
Neste constante e belo movimento,
A translação desde o seu nascimento,
Revela o amor que a alma sente,
No brilho da lua sempre presente.
Romântico néctar da fecundação,
Na ternura liberta de forte paixão,
Duma flor silvestre no chão perdida.
A mulher com a sua alma dorida,
Melodia de um perfume sem prosa,
Na terra sem vida, colhe a sua rosa.
No belo encantamento envolvente,
O toque de loucura no corpo ardente.
Palavras vestidas de azul veludo,
Gestos sentidos num olhar mudo,
De um corpo que grita por paixão,
Com belas tatuagens de pura ilusão.
Sonhos na intimidade da saudade,
Dos tempos vividos na mocidade,
De uma estrela que se diz cadente,
Mas mantém o corpo e alma ardente.
Ser carta aberta e fechada no sentir,
De um corpo maduro que quer florir,
Com um toque suave de pura magia,
Na loucura que a sua mente recria.
Saber e sentir, ter muito para dar,
Com o seu corpo pronto para amar,
Na alegria que a própria alma sente,
Nos sonhos floridos da sua mente.
Carlos Cebolo
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