AGARRA O TEMPO QUE CORRE
O tempo não pára!...
Como o vento, rodopia constantemente,
Numa aspirai elíptica sem fundo,
Que no seu próprio mar, amara.
Altos e baixos que a vida pressente,
Nos caminhos sinuosos deste Mundo,
Onde o corpo se sente quente
E a alma sente os perigos da mente.
Sinto-te no vento que gira!...
Em ti, vejo florais aromas de primavera,
No teu fechado olhar de sedução.
Neste tempo que não se retira,
Com o seu voar em constante espera,
De um tempo, no tempo de uma união.
O querer viver a vida num belo presente,
Vive-se a felicidade que a vida consente.
Se parasse o tempo por um momento
E poisasse meus olhos no teu olhar,
Com lábios mudos, falava-te do meu amor.
Escolheria no tempo o belo momento,
Sentido e vivido no secreto amar,
Deste pobre coração com a sua dor.
Falar-te-ia com o olhar sorridente,
Tudo o que a pobre alma sente.
Se por um momento pudesse parar,
O tempo que não pára no seu correr,
Falar-te-ia dos meus segredos…
Teu belo corpo, corria a abraçar,
Com o meu coração sempre a tremer
E o desejo a formigar nos meus dedos.
Mostrava-te a ternura que a alma sente,
Ao querer-te na vida, sempre presente.
Agarrava no tempo, o tempo que corre,
Para os profundos confins do firmamento,
No silêncio da boa magia da vã procura,
Da felicidade desejada que não morre.
Fosse qual fosse o eterno momento,
Certamente seria o momento de ternura,
De quem procura na vida estar presente,
Oferecendo o amor que a alma sente.
Carlos Cebolo
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