MANTO MAR
Ó mar eterno e sedutor,
Manto de água salgada,
Que o belo corpo afaga.
Tua energia produz calor,
No corpo sedento de amor,
De um coração magoado,
Num espírito amaldiçoado.
Linda musa do meu versar,
Porque me deixas agora só,
Nesta tristeza que mete dó?
Cubro-me com o manto mar,
No aconchego do meu sonhar,
Nesta noite que fico acordado,
Com este meu fado malfadado.
Bela ilusão sentida na magia,
Do manto de água acolhedor,
Deste mar sedento da triste dor,
Que afasta toda a minha alegria.
Do carinho que outrora sentia,
Neste pobre coração amargurado,
Sem o calor do amor desejado.
Procuro-te dentro do meu sonhar,
Mas neste meu sonho não te vejo,
Nem sinto o calor do doce beijo.
Aprofundo o meu eterno procurar,
Na esperança dos teus lábios beijar,
Neste ilusório arco-íris dourado,
Que na onda do mar está guardado.
Cobre o meu corpo arrefecido,
Seca as lágrimas do meu sofrer,
Com o teu lindo manto de poder.
Na areia molhada está adormecido,
Este corpo jovem mas já sofrido,
De um amor que se diz abençoado,
Mas que continua a estar estagnado.
Carlos Cebolo
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