TALVEZ
Talvez eu seja a distância que nos separa,
Sonhos que morrem sem serem vividos,
O incenso de um perfume que não existe.
Talvez seja a madrugada que não te ampara,
Essa dor de solidão nos silêncios sentidos,
A imaginação do nome com que te despiste.
Talvez seja o calor de antigas auroras,
Por onde as lágrimas soltas se desfizeram,
Depois de serem vencidas ou roubadas.
O aumento das lágrimas tristes que choras,
Os inúmeros pedaços das almas que repousaram
Nessa tristeza das esperanças desmanchadas.
Talvez seja a sombra que te turva o pensamento,
Que não te deixa ver com toda a clareza
Que na poesia se canta sentimentos e emoções.
Ser teu refúgio secreto trazido pelo vento
Que te abrigue do frio da tua incerteza,
Iluminando-te nos becos escuros das sensações.
Carlos Cebolo
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