DOR
Abro as portas dos segredos,
Com meus flutuantes dedos,
Nem sei, sequer, se me viste,
Como de alegria triste,
Se tratasse todos os medos.
Essa dor forte, imprevista,
Que sempre me turva a vista,
Quando havia de vir, veio,
Amor metido no meio,
Nas folhas duma revista.
Na doçura da magia,
Não vou jurar que me via,
No sentir que já não penso,
Neste meu deserto imenso,
Viver sem sua alegria.
Num passado que passou,
Nas juras que se jurou,
Quem viu a sombra da luz,
Desse mal que te seduz,
Triste amor que sempre amou.
Há quantos anos que foi?
A saudade que me dói,
No peito ainda guardado,
Um beijo como legado,
Nesta dor que me corrói.
Nesta minha mente sana,
A enorme dor humana,
Na linha do horizonte,
O suor preso na fonte,
Dum amor que não engana.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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