OUTRO DESTINO
Num espanto, todo o horror,
Duma laje a soar a oco,
E sem sequer estar louco,
A morte traz sua dor.
Uma vida amortecida,
Loucura do verme Ser,
Mórbido prazer no ver,
Ter a vida por vencida.
É a morte, essa traidora,
Que comanda este destino,
Visto aos olhos de um menino,
Que nasceu na manjedoura.
Ímpio templo do prazer,
Desse vil verme asqueroso,
Que será pra sempre odioso,
Simples facto de morrer.
Na glória da redenção,
Surge esse amor salvador,
Para amainar aquela dor,
Confortando o coração.
E sem se dar por vencida,
A alma segue outro destino,
Com todo aquele desatino
Sentido com a partida.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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