VIDA
E eu aqui tão perto sem a alcançar,
Onda branca envolta na espuma leviana,
Vida fugidia fingindo seu doce olhar,
Ar que respiro que a própria alma desengana,
Com todo esse seu adocicado embalar
A vida mistério escondendo a sua dor,
Como a fria neve pelo tempo jorrada,
É vida sofrida numa canção de amor,
Educação incompleta nessa jornada,
Lançada em escombros com todo o seu pavor.
Seja meu pranto, minha alegria e tristeza,
Essa vida que respiro sem a alcançar,
Como arco-íris que traça a sua beleza,
Fantasia que a criança quer alcançar,
Com seu puro olhar dúbio de tanta incerteza.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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