REGENTES
O voar irregular da perdiz,
Anuncia o raiar da alvorada,
Como a água do lindo chafariz,
Refresca os lábios da minha amada.
Depois da verdade, existe quem
Bem mais alto que nós se alevanta,
Que a certeza do Universo tem,
Nessa vontade que em nós se adianta.
São deuses de uma ciência falhada,
Entre pacientes com suas dores,
No calmo Olimpo de uma arvorada,
Tão amados como lindas flores.
Não são visíveis na sua beleza,
Com este esforço que não percebem,
Controlam a vida na incerteza,
Sem ao menos nos compreenderem.
Fazem deste Mundo, seu vassalo,
Do Ser humano, escravo criado.
No pecado a força desse abalo,
E do dom arbitral, nosso legado.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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