NO SILÊNCIO DA NOITE
Num canto, o desencanto daquilo que não foi!
Nem será algum dia neste meu encanto,
A salvação ciente daquela dor que não dói,
Nem é sentida na lavagem deste meu pranto.
Então, porque correm pérolas deste meu rosto,
Nesta triste palidez que se tornou desgosto?
Nesse não sentir dessa imperfeita sensação,
Canto aquelas mágoas de interpretações de sonhos,
Que arrebatam e fazem sofrer o coração,
De quem, por amor, sorve e sente sabores medonhos.
Só, no silêncio da noite cercado de luar,
O sonho vagueia voando a seu belo prazer,
Na procura de outra alma, nesse seu caminhar,
Naquela distância que se nega a adormecer.
E neste meu sentir de algures alguém tocar,
Canto, escrevendo emoções neste meu versejar.
Embebido em sonho solto, naquele repousar,
Fantasmas que invadem a mente na sua escuta,
Percorrem sem clareza, iludindo aquele luar,
Por onde em sono perturbado, essa alma se oculta.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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