VISÃO
Mas que visão esta que me turva a mente,
Nesta imaginação, a tua figura
Que aparece entre névoa de amor ardente,
Deste desassossego que na alma perdura.
Por ver claro nas entrelinhas do tempo,
Sem forçar a visão que se torna turva,
Surge a tua imagem neste passatempo,
Que a própria vida traça com sua curva.
Curva de um prolongamento da distância,
Que separa toda a triste realidade,
Duma visão fraca na sua cadência.
Vê a alma o que a vista não quer alcançar,
Por não saber o que consiste a verdade,
Dessa ilusão onde a visão quer ficar.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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