ESPLENDOR
Naquele sorriso franco e solidário,
De vermelho em horas silenciosas,
Acompanha o eterno solitário,
Por entre o jardim de flores ditosas.
Pudesse eu ser lenço de seda bela,
Onde ela limpa a lágrima singela.
Pele morena como as doces africanas,
Seios firmes na sua indecisão,
Naquela altivez próprio das ciganas,
Faz fraquejar este meu coração.
Fosse eu os seus vestidos alongados,
E pudesse escutar os seus pecados.
Naquela noite de perfeito luar,
Ecoa o seu grito silencioso,
De mulher frágil que só quer amar,
Com seu belo encanto malicioso.
Pudesse eu ser lua com o seu luar,
E seu belos lábios poder beijar.
Aquelas noites belas e saudosas,
No jardim ricamente ornamentado,
Por entre as flores frescas e amorosas,
Foi o seu amor também renegado.
Pudesse eu ser o sol da sua vida,
Não a queria assim, arrependida.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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