MEMÓRIAS DE ABRIL
Uns choram!...
Outros cantam.
Nas asas da liberdade a opressão,
Da lei imposta sem condição.
Vive-se pensando na saudade,
De tempos que não voltam mais.
Tempos vividos na mocidade,
Hoje lembrados com ais.
Os ses sempre presente,
Na boca do povo que sofre,
As injustiças que o corpo sente.
E tudo o mais se consente,
A democracia guardada no cofre,
Desta pobre, mas nobre gente.
Festejos da data querida,
Com sonhos de vida mudada,
Da liberdade prometida,
O povo não vê nada.
Mudam-se os tempos,
Mantêm-se as vontades.
A liberdade plena do povo,
São apenas contratempos,
Onde se escondem as verdades,
De uma ditadura de novo.
Abril de vermelhos cravos,
Gaivotas da liberdade,
Formam novos escravos,
Na política da desigualdade.
Carlos Cebolo
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