ANSIEDADES
Procuro não manter a ansiedade,
O lobo mau que a vida devora;
Crio o mundo à imagem da bondade,
Tudo o que não presta, deito fora.
Meus desejos, por vezes bloqueados,
Jardim florido na vertical,
Gostos e gestos são despejados,
Num sentir do desejo final.
Tocam os sinos na passagem da vida,
A Múmia permanece deitada
Como se a vida fosse distraída,
No jardim de floreira ajeitada.
O lobo bom, avança por fim,
Dominando o outro lobo mau,
A vida nem sempre é um jardim,
Nem porto seguro que abriga a nau.
Deixo cair toda essa ansiedade,
Na escada da vida que sustento,
Pelo mundo procuro a mocidade,
Que foi perdida no seu lamento.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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