SAUDADE
Na idade da vida a minha saudade,
Sulcos profundos da mocidade,
Que o velho tempo não quer selar,
Nem mesmo essa saudade apagar.
Como uma raiz exposta ao vento,
Assim endurece o pensamento,
Com toda essa amargura vivida,
Tristes lembranças da despedida.
Tempo onde a saudade ainda habita,
Reduz a memória em que acredita,
Ter vivido a vida verdadeira,
Nessa glória que foi passageira.
E nem tudo por lá foram flores,
Houve carências e seus horrores,
As belas rosas e os seus espinhos,
Amores traçando outros caminhos.
Essa saudade virou semente,
Criou raízes na própria mente,
Brotou flores com sua ternura
Minha alma ficou muito mais madura.
Naquela praia havia miragem,
A jangada ilustrava a paisagem,
Aquele tempo traz recordações
E a saudade toca os corações.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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