ONDE NASCI
Naquela terra formosa,
Vivi eu a juventude,
Na terra assim tão airosa,
Cheia de vício e virtude,
Colheu-se a boa semente,
Com todos os filhos na mente.
Minha Angola que ruiu,
Ergueu-se com outra grei
E da maneira que surgiu,
Eu por cá já perdoei,
Um passado que não mente
E que o povo ainda sente.
A terra vermelha e bela,
Com riqueza sem igual,
Já não lembra a caravela,
Que veio de Portugal,
Com alma tão diferente,
Plantando a nova semente.
E tudo que a terra tem,
Aos filhos provoca a dor,
Por não encontrar ninguém
Que governe com amor,
Essa Angola que
consente,
Os filhos de outra
gente.
Terra que me faz chorar,
Com tudo que aconteceu,
Nesta mente vai ficar,
O amigo que morreu,
Por apenas querer ser valente,
No meio daquela gente.
Má memória atribulada,
Da história que se sentiu,
Na lembrança desgastada,
Promessa não se cumpriu
Pois só vence quem mais mente,
Sobre a dor que o povo sente.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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