BRECHA
07/12/20\12
Percorro-te lentamente!...
Rasgo horizontes na noite crua,
Beijo os teus seios suavemente
E sinto a frieza que é só tua.
O meu prazer nos teus sentidos,
A brisa quente dos teus lábios,
Provocam em mim gemidos,
Que em ti, são sons baldios.
No silencio da noite escura,
Procuro a tua boca adormecida
E desta minha triste procura,
Não encontro a meta apetecida.
Sopram brisas de saudades,
De sensações sentidas no passado,
Que lembram eternidades,
Vividas com a chama do pecado.
O céu nebuloso de tons cinzentos,
Esconde o fogo da tua ternura,
Que perturba os meus sentimentos,
Na tua magia divina, pura e nua.
Abre-se uma brecha no meu coração,
Por te amar perdidamente,
Com amor louco de eterna paixão,
Que me faz querer-te eternamente.
Migalhas recebidas do teu consolo,
Em frias carícias do verbo amar,
Destroem todo o meu controlo,
Como as ondas perdidas do alto mar.
Brecha aberta e sentida,
Onde se mergulha no silêncio do nada,
Abre uma triste e nova ferida,
Na alma de pétalas adornada.
Quero sentir a tua voz ofegante,
No nosso delírio explosivo,
Sentir-te leoa provocante,
Em todos os sentidos sem motivo.
Continuar a minha viagem sem fim,
Pela brecha que ficou aberta,
Levar o teu corpo agarrado a mim,
Florir a tua doce alma deserta.
Carlos Cebolo
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